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Confira o programa Miscuta de 17 de outubro de 2022, com trilha sonora de Chuck Berry.

Uma parceria entre a Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) e o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos (LABCON) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá aplicar ações de diagnóstico, conservação e restauração na seção de obras raras catarinenses pertencentes ao acervo da Biblioteca localizada em Florianópolis. O Projeto de Extensão em Conservação das Obras Raras Catarinenses já começou seus trabalhos no dia 3 de outubro com a participação de voluntários da Universidade e servidores do Setor de Santa Catarina da BPSC.

Aproximadamente 30 voluntários dos cursos de especialização em Conservação e Restauração de documentos em suporte de papel, Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e História da UFSC participarão do projeto. Os trabalhos estão sendo realizados no Laboratório de Restauração e Conservação (LACRE) na própria BPSC e também no LABCON/UFSC. São três turmas trabalhando às quartas e sextas-feiras, com previsão de término em dezembro de 2023.

As Obras Raras de Santa Catarina são compostas por livros de relevância histórica, entre elas obras publicadas no século XIX e XX dos mais variados assuntos, contabilizando 1.325 obras avulsas e 85 caixas inventariadas, que ficam armazenadas no Setor de Santa Catarina da BPSC. Para a realização do Projeto elas passam por uma seleção e diagnóstico, de acordo com a intervenção necessária: higienização, encadernação e restauro.

Confira o programa Miscuta de 10 de outubro de 2022, com trilha sonora do Balão Mágico.

Confira o programa Miscuta de 3 de outubro de 2022, com trilha sonora de Elis Regina.

IMG 0208Florianópolis tem um novo espaço para leitura, lançamentos de livro e de memória do maior poeta simbolista do país. A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) inaugurou na manhã desta sexta-feira, 30, às 10h, a Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa, localizada ao lado da Praça XV de novembro, no centro da Capital.

O local cumprirá uma tripla função: será um espaço para lançamentos de livros e sessões de autógrafos, terá obras de escritores catarinenses à disposição para leitura no próprio ambiente e contará, evidentemente, a história de Cruz e Sousa. A intenção da FCC, além de oferecer um espaço aos escritores catarinenses, é honrar o nome e a história do poeta, integrando um espaço vizinho ao Palácio que leva seu nome, ao mural dedicado ao Cisne Negro e ao Busto localizado na Praça XV de Novembro.

Como se trata de uma Casa de Literatura, haverá estantes com livros de autores catarinenses à disposição do público visitante para leitura e consulta local. A Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa funcionará de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. O endereço é Praça XV de Novembro, esquina com a Rua Victor Meirelles, no centro de Florianópolis. O e-mail para contato é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Lançamento e autógrafos

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Na ocasião, a Editora Cruz e Sousa lançou o livro "Nós, vovó e os livros", que marca a entrada da educadora Maria Aparecida Rita Moreira e da ilustradora Jéssica Policarpo no campo da literatura infantil. Fruto do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura de 2021, o livro narra em primeira pessoa o gosto do pequeno Arthur pelas histórias infantis mediados pela vovó Cida, autora e personagem do livro, em cenários repletos de livros e fantasia. Vó Cida na companhia dos pequenos Davi e Arthur compõe os personagens dessa história.

Houve, ainda, sessão de autógrafos com a organizadora do livro "Triolé, Triolé, poemas de Cruz e Sousa vamos ler", Eliane Debus, e a ilustradora Anelise Zimmermann. A obra reúne 20 poemas do escritor com a estrutura do triolé, estilo de escrita com rimas e formas fixas, de origem francesa, datado do século XIII.

Sobre o poeta desterrense

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João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Era filho de Guilherme e Carolina Eva da Conceição, negros libertos. Foi apadrinhado pelos antigos proprietários de seus pais, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, que faleceu ainda durante a infância do poeta, e sua esposa Clarinda Fagundes de Sousa, uma das responsáveis por sua educação.

O poeta casou-se com Gavita Rosa Gonçalves, com quem teve quatro filhos. Os três primeiros faleceram precocemente por tuberculose, o que deixou sua esposa em estado de demência em 1896. Foi o escritor quem cuidou da mulher em casa e esse é um dos temas de muitos de seus poemas. Em 1897, o poeta foi diagnosticado tuberculoso e passou a lutar contra a doença e a pobreza.

Com o avançar da doença, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais. Três dias após chegar, faleceu em 19 de março de 1898. O corpo foi “despachado” para o Rio de Janeiro num vagão de trem para transporte de gado – situação um tanto vexatória, se for levada em consideração a sua fama naquele momento. Foi recebido por seus amigos próximos e enterrado no Cemitério de São Francisco Xavier. O filho mais novo nasceu após a morte do poeta, restando, assim, apenas um descendente. Sua esposa faleceu em 1901, também de tuberculose.

Entre seus trabalhos mais famosos, estão Missal, Broquéis e Tropos e Fantasias, além de publicações em jornais e obras póstumas.