A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) torna pública a justificativa de inexigibilidade de chamamento público para a realização da edição de 2022 do Festival de Dança de Joinville.
Confira o documento abaixo:
:: Justificativa de Inexigibilidade de Chamamento Público - Festival de Dança de Joinville 2022
Neste sábado (2), das 14h às 17h, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) promove a ação educativa "Prática artística e mediação: diálogos educativos com o 11º Salão Nacional Victor Meirelles". A participação é gratuita, limitada a 15 pessoas e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A ação será ministrada pelo arte-educador do NAE-MASC, Marcello Carpes e tem o objetivo de aproximar os(as) professores(as) com as intenções contemporâneas em relação a arte, por meio de um olhar atento para práticas que envolvem o uso da palavra como elemento disparador de sentidos.
Serviço:
O quê: Prática artística e mediação: diálogos educativos com o 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Quando: 02/07/2022 (sábado), das 14h às 17h
Onde: Espaço Educativo e de Convivência (Claraboia) do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Público-alvo: Professores(as) de Arte
Vagas: 15
Inscrições: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Informações: (48) 3664-2633 (de segunda a sexta-feira das 13h às 19h)
De 12 de julho a 18 de setembro, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe a exposição Hugo Mund Júnior: Obra Gráfica, com pesquisa e curadoria de Sebastião G. Branco sobre o trabalho gráfico do artista, poeta, editor, desenhista, gravador e professor nascido em Mafra/SC, em 1933. A abertura será em 12 de julho, às 19h.
O projeto da Ombu produção apresenta um recorte da trajetória de uma vida toda dedicada à arte, com mais de 80 trabalhos em três eixos da produção de Hugo Mund: ilustrações, edições e poemas visuais. Complementam a exposição um catálogo, aulas públicas, oficina e ações educativas. Aos 89 anos, Hugo Mund vive em Brasília e não exerce mais atividade artística. Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultural (FCC), com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura ∕ Artes – Edição 2019.
O projeto é resultado de três anos de pesquisa e da dissertação de mestrado do curador Sebastião Gaudêncio Branco, que identificou 120 trabalhos e registros em acervos públicos e privados, sendo que parte destes estarão na mostra, e toda a obra foi detalhada em uma cronologia inédita da vida do artista.
Pioneiro das artes gráficas em Santa Catarina, precursor na história do design gráfico e na poesia visual em âmbito nacional, Hugo foi um dos mais jovens colaboradores do Grupo Sul e participante de Bienais e circuitos internacionais de arte postal. É o artista com o maior número de obras no acervo do MASC, foi professor da Universidade de Brasília e membro de círculos artísticos em Florianópolis, Rio de Janeiro e Brasília. Mesmo com essa trajetória, há poucos estudos sobre ele e referências na História da Arte catarinense, que não permitem uma visão total de sua marca como artista. Apesar da relevância de sua produção, permanece relativamente anônimo, com toda sua obra no MASC, em bibliotecas, universidades públicas e coleções privadas.
Foram identificadas apenas duas entrevistas publicadas. Como artista, não sofreu pressão do mercado, atuando sempre em universidades e espaços públicos. A exposição retoma seu legado e possibilita conhecer quem ele é, que circuitos frequentou e como sua produção evidencia sua poética que une forma, palavra e cor.
A produção da exposição contou com informações de seu irmão Clive Mund e de entrevistas gravadas com Fábio Brüggemann, Jayro Schmidt, Onor Filomeno, Silveira de Souza, Tércio da Gama e Ylmar Corrêa, além da visita e apoio dos acervos do Espaço Salim Eglê (FAED), Fundação Hassis, Instituto Meyer Filho, Biblioteca Pública, Biblioteca Nacional, Biblioteca da UnB e Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
Serão apresentadas 84 obras no total. O catálogo e o material didático conversam com a obra “Matriz para um poema”, da publicação "Germens", de 1977. Nas ações educativas, um jornal impresso se transformará num plano de aula para professores. Além das visitas conduzidas pelo setor educativo do museu, a equipe da exposição irá gravar um vídeo de instrução a professores que será encaminhado para a rede pública e ficará disponível no site da Ombu produção. Todo o material educativo será compilado num site.
Trajetória
Filho de Elita Coirolo, uruguaia e Hugo Mund, alemão, chegou em Florianópolis em 1944. Estudou no Colégio Catarinense até 1951. Com apenas 15 anos, em 1949, publica em jornal os primeiros desenhos, uma peça de teatro e contos. Mais tarde funda com Silveira de Souza o Jornal Oásis, de literatura e arte, que teve seis exemplares. Aos 17 anos, Hugo Mund Jr. passa a integrar o Grupo Sul, movimento modernista em Santa Catarina na década de 1950, como ilustrador da Revista Sul e depois redator. Já na época a revista contava com distribuição internacional e dialogava com escritores e artistas do Brasil e do mundo.
O Círculo de Arte Moderna (CAM) era sua principal referência, além de vasto repertório de leitura na infância e juventude. Em 1953 inicia estudos de pintura na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Oswaldo Goeldi em gravura e Henrique Cavalleiro em pintura. Participa da 1ª Bienal do México e da 5ª Bienal de São Paulo. Foi fundador do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis (GAPF) e criou a editora Edições do Livro de Arte com Silveira de Souza. Em 1963 passa a atuar como professor de Desenho de Observação e Xilogravura da UnB e dez anos depois coordena o centro de criatividade da Fundação Cultural de Brasília.
Na década de 1970 colabora com o grupo Poema/Processo e atua como diagramador da revista Cultura e como assessor da Diretoria de Documentação e Divulgação do Ministério da Educação. Em 1985 publica como poeta diversos livros e em 1988 reestrutura as oficinas de arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) nos módulos de Cor, Volume e Linha. Ingressa na Academia Catarinense de Letras com Silveira de Souza. O encerramento de sua trajetória artística se dá em 2008, com a doação de desenhos ao acervo do MASC, quando passa a ser o artista com mais obras na instituição.
Sua obra e memória são preservadas graças aos esforços do MASC, Museu Nacional de Brasília (MNU), Museu de Arte de Brasília (MAB), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP), Biblioteca Nacional (BN), Editora Noa Noa e Academia Catarinense de Letras (ACL).
Eixo ilustração
A exposição inicia com 40 obras e registros, entre gravuras, desenhos a nanquim seco e aguado, e ilustrações para revistas e jornais. Este momento do artista revela um traçado nervoso, hachurado, fluido e também preciso, com uso de régua mas com predomínio da mão livre. A figuração domina com formas humanas e elementos da natureza. Aparenta derivar de desenhos de observação e também de figuras a partir de literatura ou memória.
Eixo poesia visual
Engloba cinco publicações em formato livro: Gráficos (1968), Palavras que não são palavras (1969), Germens (1977), Palavra e cor (1988) e Poema Selo (inédito); publicação Processo, organizada por Neide Sá e Lara Lemos (1969). Este eixo apresenta renovação da produção do artista e expõe a ideia de gráfico, projeto e texto desvencilhados da escrita literária. Trabalha com formas geométricas e orgânicas, fotos, recortes, colagens e caminha do gráfico traçado do desenho para a massa cheia de cor. Abandona parcialmente a estrutura de livro convencional e busca uma apreensão universal de estruturas que comunicam algo. Revela precisão, objetividade, racionalidade.
Eixo edição
Este último eixo diferencia-se dos anteriores pois o artista trabalha com questões tanto de concepção, diagramação, impressão, encadernação, assinatura e numeração quanto se envolve com lançamentos e distribuição. Em síntese este eixo mostra um artista que faz livros. Há aqui as seis edições do Jornal Oásis (1949-1951) e a editora Edições do Livro de Arte idealizada pelo artista e criada com Silveira de Souza, que resultou em três livros: Sonetos da noite (1958), de Cruz e Sousa, O Vigia e a Cidade (1960), de Silveira de Souza e País de Rosamor (1962), de Maura de Senna Pereira (1962). Remete à relação do artista com texto e imagem e também à distribuição da informação sobre a forma de jornal e livro/álbum.
Sobre o curador
Sebastião G. Branco (Lages/SC) vive em Palhoça/SC, é artista visual, professor e produtor. É mestre em Artes Visuais (UDESC/2019) e artista residente na Oficina de Gravura da FCC (2014/2020). Realizou três exposições individuais e participa de coletivas desde 2012. Publicou textos sobre Julia Iguti, Hugo Mund, Rubens Oestroem, Carlos Asp, Cristian Segura e outros. Realiza pesquisas com ênfase em arquivo de artistas catarinenses, vanguardas modernistas e arte contemporânea. Faz produção cultural, escrita de projeto e consultoria para artistas das artes visuais, música, dança e literatura. Atualmente é professor no Ensino de Jovens e Adultos em Palhoça/SC.
ficha técnica
curadoria: Sebastião G. Branco
produção geral: Gabi Bresola / Ombu produção
produção: Anna Moraes e Leila Pessoa
projeto expográfico: Gabriel Villas
design gráfico: Tina Merz
montador: Reno Caramori Filho
assessoria de comunicação: Barbara Pettres
educativo: Rafaela Maria Martins
marcenaria: Venilton Pinho
apoio: flamboiã - feira de publicações de artista
Serviço
HUGO MUND JR.: OBRA GRÁFICA
Data de abertura: 12 de julho, 19h.
Visitação: De 12 de julho a 18 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 21h
Local: Sala 1 do Museu de Arte de Santa Catarina
Centro Integrado de Cultura (CIC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis.
Entrada gratuita. Classificação livre.
Fonte: Assessoria de imprensa da mostra
A sala do Cinema Gilberto Gerlach recebe no dia 5 de julho, às 19h, a exibição da peça-filme "A passagem do hoje". A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos uma hora antes da sessão. A iniciativa tem o apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC).
"A passagem do hoje " é uma peça-filme construída pelo grupo de teatro Agemo, que em 2020 foi contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura para a criação da obra. Dramaturgia própria do grupo, com inspirações do livro "Ponciá Vicêncio" da escritora Conceição Evaristo, a peça busca abordar de uma forma poética e crítica assuntos relacionados ao racismo, violência contra a população negra e a valorização da cultura afro-brasileira.
Sinopse: Entardecer e Meia-noite são energias do tempo, entidades responsáveis pela mudança de períodos do dia. Foram criados por Iroko, orixá do tempo. Com o passar do tempo, Entardecer e Meia-noite se encantaram de forma tão intensa pela humanidade que decidiram fazer uma experiência e viver de diversas vidas como seres humanos.
Serviço:
O quê: Peça-filme "A Passagem do Hoje"
Quando: 05/07/2022, às 19h
Duração 35min
Onde: Cinema Gilberto Gerlach - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Classificação: Livre
Entrada gratuita com distribuição de ingressos uma hora antes da sessão
No próximo sábado (2), às 15h, o coral Guarani Mbora’i vy’a, da Aldeia Tekoá Vya, fará uma visita à exposição Yurupá Território no Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC). Na ocasião, estará ocorrendo a Oficina de Câmera Lambe-Lambe, que faz parte da programação paralela da mostra e tem participação gratuita.
A aldeia Guarani da qual o Coral faz parte estará disponibilizando, no dia, o artesanato indígena, com acessórios de miçangas, sementes, penas, esculturas de madeira (bichinhos da Mata Atlântica), cachimbos (petyngua) e chocalhos (marcás), balaios e cestarias. Além disso, serão aceitas doações de agasalhos e/ou alimentos não-perecíveis para a comunidade.