Em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o músico Fliblio Ferreira e o diretor de cinema Beto Carminatti lançam o filme-concerto Retrato Selvagem, no dia 6 de setembro, às 20h, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com entrada gratuita. O trabalho, categoria híbrida entre música eletroacústica mista e cinema, foi contemplado pelo Edital Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura - edição 2014/2015, concedido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), do Funcultural e da Fundação Catarinense de Cultura.
O filme-concerto une música e cinema para uma experiência da escuta musical através do uso de imagens. O projeto também é arte engajada e busca a sensibilização do espectador/ouvinte para a delicada situação dos índios de nosso estado.
Sinopse do filme-concerto
Filme: Por meio da narrativa de histórias cruzadas que convergem para um mesmo ponto, guaranis, xoklengs e caingangues, os três grandes grupos indígenas pertencentes ao estado de Santa Catarina, contam um pouco de suas histórias.
Música: Apresenta-se em variadas formas da música incidental para o audiovisual. Há a presença da música diegéstica (que está presente na gravação da própria cena), da música acusmática (feita inteiramente por computador), da música acústica e da música eletroacústica mista (em que músicos tocam em tempo real a trilha sonora, enquanto o som é captado por microfones, processado e distribuído para o sistema de som no cinema). A performance musical está a cargo do Ensemble Móbile, grupo especializado na chamada música nova e constituído de flauta, violão, piano digital, percussão e difusor sonoro.
Sobre o compositor:
Natural de Curitibanos, Santa Catarina, Fliblio Ferreira é vencedor de alguns dos principais prêmios de composição erudita do país, entre eles o Prêmio Funarte de Composição Clássica e o Prêmio Nacional de Composição Música Hoje. Graduou-se no curso superior de Composição e Regência e em Licenciatura em Música pela EMBAP, além de concluir o Bacharelado e a Licenciatura em Letras pela UFPR. Especializou-se em Análise Musical pela EMBAP e, atualmente, é mestrando em música eletroacústica pela UNESP.
Recebeu diversas bolsas para aperfeiçoamento artístico no Brasil e no exterior e para a participação em festivais internacionais, destacando-se o Festival Internacional de Campos do Jordão. Entre a sua produção estão obras para as mais diversas formações instrumentais de música popular e de música de concerto, desde solos até obras para grande orquestra. Membro da Sociedade Geral de Autores e Editores da Espanha, atualmente dedica-se também à produção de música para teatro e cinema.
Sobre a direção cinematográfica:
Natural de Caçador, Santa Catarina, Beto Carminatti é vencedor de alguns dos principais prêmios de cinema do Brasil, destacando-se o Kikito de Melhor Documentário do Festival de Gramado (1986), o Prêmio de Melhor Direção no Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo (2008), e o Prêmio Globo/RPC – Melhores do Ano (2011) nas categorias de Melhor Produção, Filme e Direção.
Em sua obra destacam-se os longas-metragens Amor em Tempos de Guerra e Mystérios; e os curtas-metragens Eternamente, Filme Vencido, Terra Incógnita e B. End. Entre seus principais documentários estão Profissão Insônia, Quem Quer Ser Um Documentário? e As Muitas Vidas de Valêncio Xavier. Seus seriados de TV com maior destaque são Guerra do Contestado e Mistérios do Lagamar. Em sua produção mais recente estão clipes para diversos grupos musicais e o longa-metragem de ficção Cormorant, com trilha sonora original de Fliblio Ferreira.
Ficha Técnica:
Concepção e música: Fliblio Ferreira
Direção cinematográfica: Beto Carminatti
Roteiro: Fliblio Ferreira e Beto Carminatti
Direção de fotografia: Ricardo Kugler
Desenho de som: Rodrigo Janiszewski
Legendas: Jeanine Holtrup
Performance musical: Ensemble Móbile
Difusão sonora: Felipe de Almeida Ribeiro
Flautas: Fabrício Valério Ribeiro
Violão: Eric Moreira
Percussão: Luiz Fernando Diogo
Piano digital: Fliblio Ferreira
Serviço:
O quê: Lançamento do filme-concerto Retrato-Selvagem
Em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o coletivo R.I.S.C.O propõe uma Oficina de Computação Musical com Pure Data e um Concerto de Música Experimental no dia 2 setembro, a partir das 19h30, no MIS.
Oficina
A oficina será ministrada pelo compositor e desenvolvedor Tiago Brizolara e terá uma hora e meia de duração, com capacidade para 15 pessoas, por ordem de chegada. É pré-requisito para participar do curso saber utilizar o computador (é altamente aconselhado levar um às aulas).
Utilizado largamente pela comunidade artística, o Pure Data é um ambiente gratuito, de código-fonte aberto, para programação visual de fluxo de dados, como áudio, vídeo e MIDI. Sua facilidade de uso coloca à disposição de músicos, público-alvo da oficina, artistas visuais e performers possibilidades sem fim para uso de recursos computacionais.
Durante a prática serão trabalhados os conceitos básicos do Pure Data e do áudio digital e serão confeccionados pequenos programas (patches), incluindo sintetizadores e efeitos. Serão mostradas diversas aplicações da ferramenta e recursos gratuitos online. Será demonstrado também o SoMo, um instrumento sonoro por movimento em frente a uma câmera, desenvolvido pelo ministrante em conjunto com Marcos Moritz e que será usado no concerto. O material da oficina também será disponibilizado aos presentes.
Concerto
O concerto experimental contará com apresentações compostas pela interação entre performance instrumental, vocal e dispositivos tecnológicos diversos. Serão apresentadas obras abertas com os duos Rodrigo Ramos (live electronics) e Flora Holderbaum (violino, voz e pedais), André Godoy (drum machine, sintetizadores analógicos e sampler) e a atriz convidada Mhirley Lopes (performance corporal com SoMo), além dos VJs convidados Kaue Costa e Bruno Bez nas projeções. O encerramento será uma improvisação com todos ao final, incluindo Tiago Brizolara (violão 7 cordas).
Participantes
Rodrigo Ramos é formado em cinema pela UFSC e atua como sound designer em cinema, teatro e artes visuais. Sua pesquisa recente está na composição de música eletroacústica manipulando ruídos ambientes e de objetos cotidianos, captados com microfones de contato.
Flora Holderbaum é violinista, poeta, compositora e performer da voz. Explora a intersecção da poesia com o som: a voz, a fala, o violino, sons do cotidiano e eletronicamente manipulados. Bacharel em Artes Visuais-Pintura e Gravura (2006) e em Música-Violino (2014), ambos pela Udesc, é mestre em Música -Teoria Estética e Criação pela UFPR (2014) e doutoranda no NuSom - Núcleo de Sonologia da USP-SP. Atualmente é co-editora da revista eletrônica linda (www.linda.nmelindo.com). Participou de eventos como performer e compositora no Brasil e no exterior, entre eles o Festival Mônaco Eletroacoustique 2013, e a II Bienal de Música Hoje de Curitiba (2013).
Obtuso é criação do DJ e produtor André Godoy, um projeto que explora as sonoridades eletrônicas que vão além da pista de dança, uma performance de improvisação livre usando como ferramentas sintetizadores analógicos, baterias eletrônicas, samplers e sequenciadores. O projeto foi apresentado em diversos eventos nos últimos anos, destacando-se o workshop A improvisação na música eletronica como parte do evento Patchbay: conexões eletrônicas do SESC-SC em julho de 2014, e a apresentação do espetáculo audiovisual Symbiosis no festival AVAV - audiovisual ao vivo, do Epicentro Cultural(SP) em outubro de 2014, uma criação conjunta com o artista visual Javier di Benedictis.
Diogo de Haro é pianista e compositor, concentrando suas atividades em concertos, performances e registros sonoros que exploram as possibilidades da improvisação musical e composição instantânea, bem como do repertório escrito para piano ao longo da história até a atualidade. Pianista de formação clássica (mestre em práticas interpretativas – piano pelo programa de pós-graduação em música da UFRGS e bacharel em música pela Udesc), é um explorador de sonoridades eletrônicas. Em 2016, lança uma série de videoclipes do concerto “Miragem” realizada nas paisagens serranas de Urubici, trabalho em que utiliza sintetizadores analógicos e um velho piano eletromecânico.
Tiago Brizolara é compositor, mestre em Física (UFSC-SC), especialista em Desenvolvimento de Jogos Digitais (PUC-PR) e bacharelando em Música - Composição Musical (UEM-PR). Vem atuando na área de Computação Criativa, utilizando ferramentas de desenvolvimento livres como Processing e Pure Data e na música popular, instrumental e folclórica.
Sobre o R.I.S.C.O
O grupo pretende incentivar, produzir e difundir a música experimental e contemporânea na cidade. R.I.S.C.O. é um coletivo de artistas voltado para a arte sonora e a música contemporânea. Pesquisa o uso de tecnologias aplicadas às novas formas de concepção sonora e musical, ao provocar interação entre performance e diferentes linguagens e modalidades. É composto por André Godoy, Diogo de Haro, Flora Holderbaum, Rodrigo Ramos e Tiago Brizolara.
Serviço:
O quê: 1ª R.I.S.C.O - Reunião Inusitada de Som, Computadores e Outros, com Oficina de Computação Musical com Pure Data e Concerto Experimental
Quando: 2 de setembro.
Oficina: 19h30 / Concerto: 21h
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS-SC)
Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica - Florianópolis
Neste sábado (27), a partir das 16h, tem estreia de curta catarinense na programação do Cineclube Infantil no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com entrada gratuita. O filme O Tesouro do Vovô Jorge será exibido pela primeira vez na programação que inclui, ainda, os curtas Taí ó, Uma Aventura na Lagoa; Nuvem; Campeonato de Pescaria; e O Samba Daqui, todos também de Santa Catarina. As exibições serão seguidas de bate-papo sobre produção audiovisual para crianças. A realização ocorre sempre no último sábado do mês e é uma parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), e a organização da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
Mais sobre os filmes:
Taí ó, Uma Aventura na Lagoa
De Mauricio Venturi / Ficção / SC / 2014 / 15min
Sinopse: A história de João, um garoto que foge de casa e decide ir atrás de sua avó, conhecida como bruxa na Costa da Lagoa, onde só se chega de barco. No caminho, ele conhece Zé, um menino nativo que será seu parceiro e guia nesse desafio. Os dois iniciam uma amizade e uma aventura repleta de descobrimentos pela Lagoa da Conceição, reduto das lendas da Ilha de Santa Catarina.
Nuvem
De Vanessa Sandre / Ficção / SC / 2014 / 15 min
Sinopse: A pequena e sonhadora Franciely vive em um sítio com sua mãe, Irene, uma mulher amargurada. Em uma visita, tia Rose conta que fará uma viagem de avião, e pergunta a Franciely o que ela quer de presente. A resposta é a mais inesperada: um pedaço de nuvem.
Campeonato de Pescaria
De Luiza Lins e Marco Martins / Ficção / SC / 2009 / 14 min
Sinopse: Uma aventura que acontece no litoral catarinense. A comunidade organiza um campeonato durante as férias para as crianças se divertirem. Muita magia em um filme que resgata a emoção da pesca para os pequenos.
O Samba Daqui
De Melina Curi / Ficção / SC / 2014 / 15 min
Sinopse: Descumprindo a promessa que fizeram ao avô José, os irmãos Aninha e Léo comem o marisco tirado por eles mesmos da costa. Para que o avô não veja as conchas, as crianças resolvem escondê-las à noite na praia, quando acabam descobrindo algo muito misterioso.
Estreia: O Tesouro do Vovô Jorge
De Pedro Martins Meditsch / SC / 2015 / 12 min
Sinopse: Durante um jantar em família, vovô Jorge anuncia que vai procurar um tesouro que escondeu na infância. Somente seu neto Miguel se dispõe a acompanhá-lo. No dia seguinte, avô e neto saem em busca do tesouro na beira da lagoa. Enquanto procuram, o avô relata suas lembranças de in fância para o neto, e Miguel descobre um tesouro que não esperava.
Neste sábado (30), às 16h, o Cineclube da Mostra de Cinema Infantil traz para o Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) os curtas preferidos do público na 15ª edição da Mostra. A iniciativa é uma parceria entre a Mostra e a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), e faz parte das comemorações dos 15 anos da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, festival pioneiro no Brasil, que este ano ocorreu entre 2 e 10 de julho em Florianópolis.
Filmes:
Bá
(De Leandro Tadashi, SP, ficção, 2015, 14min)
Sinopse: O menino Bruno é obrigado a lidar com as mudanças que ocorrem em sua vida quando sua "Bá" (de Batchan, avó em japonês) é trazida para morar em sua casa.
Virando gente
(De Analúcia Godoi, SP, animação, 2013, 10min)
Sinopse: Um menino chamado Bruno conta como começou a perceber a si mesmo e o mundo ao seu redor, desde quando ainda estava na barriga da sua mãe.
Meninos e Reis
(De Gabriela Romeu, SP, documentário, 2016, 16min)
Sinopse: Num dos folguedos mais populares do Cariri cearense, o palhaço pinta a cara de preto, crianças aprendem a jogar espada com destreza, e meninas crescem como rainhas. Mas Maria, a rainha de um dos reisados mais tradicionais da região, está no último ano de reinado.
Aquitã, o indiozinho
(De Frata Soares, RJ, animação, 2015, 4min)
Sinopse: Aquitã é um indiozinho muito forte e corajoso. Porém, quando a noite chega trazendo a escuridão, Aquitã rapidamente procura abrigo no colo de sua mãe. O indiozinho, quem diria, morre de medo do escuro.
No fim da trama
(De Patrícia Monegatto, SC, ficção, 2016, 13min)
Sinopse: Léo, um menino de dez anos, está apreensivo. É dia de São João e ele foi nomeado o condutor da dança do Pau de Fitas. Ao lado de Estela, seu par, Léo tenta resistir à pressão exterior e recordar-se de cada passo, para que cada gesto ensaiado saia perfeito. Um passo em falso pode travar a fita, interromper a dança e por um fim na trama.
O melhor som do mundo
(De Pedro Paulo de Andrade, SP, ficção, 2015, 13min)
Sinopse: Vinícius não coleciona figurinhas nem carrinhos, nem gibis. Ele coleciona algo que não pode ser visto nem tocado. Vinicius coleciona os sons do mundo. Mas essa não é uma tarefa fácil, especialmente quando se decide encontrar o melhor de todos: o melhor som do mundo.
A relação do homem com o meio ambiente e os desastres naturais de grandes proporções são os motes da mostra audiovisual 7,7º Memorial de alteração do eixo da Terra, que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apresenta de 6 a 24 de julho. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, no espaço expositivo do Museu localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.
A mostra é fruto da dissertação de mestrado realizada por Gustavo Antoniuk Presta (Guto Presta), no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Ceart/Udesc). Serão exibidos ao público três audiovisuais: O Mar de Omar, Material? e Tapa no OlhO.
Mais sobre os filmes:
O Mar de Omar: parte da pesquisa de mestrado de Guto Presta, o documentário fala sobre a relação do ser humano com a natureza a partir da história de Omar, um pescador chileno que durante 14 anos viveu em uma casa construída com as próprias mãos, sobre as pedras do canto esquerdo de uma praia no Pacífico Sul, utilizando madeiras trazidas pelo mar e materiais recicláveis.
No dia 27 de fevereiro de 2010, o sul do Chile foi sacudido por um dos terremotos mais fortes da história do país, que alterou o eixo da terra em cerca de 7,7º. Minutos depois, um tsunami com ondas de até dez metros devastou a costa chilena. Três anos depois da catástrofe, Guto Presta retornou ao Chile para ver como Omar estaria reconstruindo sua vida após a traumática experiência de perder tudo. A partir das memórias do desastre natural, Omar fala sobre sua vida e sua conexão com o mar e com a natureza.
Material?: o filme relembra o tsunami de 2010 nas ilhas localizadas no encontro do rio Maule com o mar. Em 27 de fevereiro daquele ano, havia mais de 300 pessoas acampadas nas ilhas que foram encobertas por três ondas com mais de 10 metros de altura cada. Passadas as três maiores ondas do tsunami, restavam menos de 10 pessoas nas ilhas para serem resgatadas. Qual é o tamanho e a posição do homem nas escalas das relações naturais? Material? é uma homenagem e uma memória de um desastre que talvez pudesse ter sido evitado.
Tapa no OlhO: ensaio fotográfico apresentado em formato audiovisual. Concentra-se na impossibilidade da fruição visual contemplativa da natureza como paisagem utópica. Através dos lixos registrados em praias desertas, a presença humana negativa se faz visível. É uma reflexão sobre o destino dos dejetos e carcaças que consumimos e conservamos durante a vida. Para onde vai o lixo depois de jogado 'fora'?
Serviço:
O quê: Mostra audiovisual 7,70 Memorial de alteração do eixo da Terra
Quando: de 6 a 24 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.