O professor, historiador e bacharel em Direito José Arthur Boiteux foi um dos idealizadores da criação do Instituto e personalidade bastante atuante no movimento da construção de sua sede própria; foi ainda presença contumaz nas diretorias da instituição ao longo dos anos em que o Instituto Polytechnico funcionou no endereço.
Outras instituições importantes fundadas entre o final do século XIX e começo do XX, registram a participação atuante de Boiteux, entre elas a Academia Catarinense de Letras, instituição que atualmente encontra-se abrigada na Casa José Boiteux.
Devido à relação de Boiteux com a cultura catarinense entre os séculos XIX e XX, teve seu busto esculpido no começo dos anos de 1920 e instalado no hall de entrada, no começo da ocupação do prédio, como forma de homenageá-lo. Este busto está no mesmo lugar até o presente. Boiteux ainda empresta seu nome para identificação do edifício atualmente.
O Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, outra instituição que surge a partir de intensa participação de José Arthur Boiteux em fins do século XIX, está, assim como a Academia Catarinense de Letras, atualmente sediada no edifício, guardando o acervo pessoal dos Boiteux em seus arquivos.
Com a extinção formal do Instituto Polytechnico em 1935, o prédio passou a ser ocupado exclusivamente pela Escola Prática do Comércio, que já atuava no prédio do Instituto desde meados de 1934. (SANSON & NICOLAU, 2006, p. 205).
Em 1935 a Escola Prática passou a ser denominada como Escola do Comércio de Santa Catarina, subordinada ao então Departamento de Educação. Em 1943, com a criação do Curso Superior de Administração e Finanças, passou a se chamar Academia de Comércio de Santa Catarina, nome pelo qual o edifício ainda é conhecido. O nomenclatura, essa popular, dada ao prédio é: prédio da escola "Jacaré". Segundo VIANA , o "Jacaré" derivaria do apelido de um professor que atuou durante décadas na docência e na administração da Academia.
¹Outros fundadores: Joaquim David Ferreira Lima, Carlos Corrêa, Jonas Miranda, Ervino Presser, Felipe Machado Pereira, Agripino de Mello, Francisco de Mattos; os farmacêuticos Paulino Horn, Antônio Mâncio da Costa, Henrique Brüggmann, Francisco Pereira de Oliveira Filho, Diógenes de Oliveira, Christiano Vasconcellos; os cirurgiões-dentistas Achylles Wedekin dos Santos, José Baptista da Rosa, álvaro Ramos; além dos bacharéis em direito Nereu Ramos, Marinho Lobo, Henrique Rupp Júnior, Ivo D" Aquino Fonseca, Cid Campos, Antônio Vicente Bulcão Vianna e do Capitão-tenente Lucas Boiteux
² Disponível em < http://www1.an.com.br/ancapital/2003/mar/30/1ult.htm> acesso 20 jan 2015.