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A Fundação Catarinense de Cultura já tem o resultado do Edital Prêmio Cinemateca Catarinense/FCC - Edição 2011. A lista dos vencedores será anunciada segunda-feira (12) às 14h, na SOL. Neste ano, foram distribuídos R$ 1 milhão e 850 mil para 18 projetos. O prêmio principal continua sendo para a produção de um longa-metragem.

O Edital contemplou quatro categorias: longa-metragem, curta-metragem, vídeo e pesquisa e desenvolvimento de projeto de longa-metragem. A premiação foi criada com a intenção de estimular a produção audiovisual no Estado, mover o mercado e gerar empregos. "Diversas produções percorrem Santa Catarina com esse estímulo, que agrega fotografia, música, teatro e arte em um único produto", enfatiza o presidente da FCC, Joceli de Souza, entusiasmado com o resultado.

DESDE 2001 - O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Fundação Catarinense de Cultura, realiza o Edital Catarinense de Cinema / Prêmio Cinemateca Catarinense - Fundação Catarinense de Cultura desde 2001.

A quantidade de projetos inscritos cresce a cada ano. De acordo com o administrador do Museu de Imagem e Som (MIS-SC) Ronaldo dos Anjos, que acompanha o Edital desde sua primeira edição, este ano teve um diferencial. "Pela primeira vez, cada proponente poderia inscrever apenas um trabalho, ao contrário dos outros anos", explica. Ronaldo dos Anjos pede aos selecionados que fiquem atentos à data de encaminhamento da documentação, sob o risco de perderem para o suplente: "Os projetos vencedores tem 10 dias úteis para apresentarem a documentação complementar exigida pelo Edital, caso contrário o proponente suplente assume a vaga e assim, sucessivamente", enfatiza.

Na primeira edição do Edital foram distribuído R$ 1 milhão e 100 mil, sendo R$ 800 mil destinados ao longa-metragem "Seo Chico - Um Retrato", de José Rafael Mamigonian. Em 2002, foi repassado R$ 1 milhão e 530 mil, com R$ 900 mil para a produção do longa "A Antropóloga", de Zeca Pires. O Governo do Estado destinou R$ 1 milhão e 488 mil para a edição de 2005. O longa-metragem selecionado naquele ano para receber R$ 760 mil foi "Doce de Coco", de Penna Filho.

Em 2007, o prêmio total foi de R$ 1 milhão e 600 mil, com R$ 900 mil para o longa-metragem "Querido Pai", de Chico Faganello. Em 2008, o edital distribuiu R$ 1 milhão e 900 mil, sendo R$ 900 mil para o longa "Amores Raros", da Acqua Fredda Cine e Vídeo Ltda. Em 2009, o valor disponibilizado foi o mesmo de 2008. "Rendas no Ar", da Vagaluzes Produções de Filmes Ltda, recebeu R$ 880 mil reais.

Os inscritos

Foram inscritos 136 projetos sendo habilitados 117 assim distribuídos: nove Longa_Metragem, 45 Curta-Metragem, 45 Vídeos, e 18 Pesquisa e Desenvolvimento de Projetos

Os prêmios

ü Foram selecionados 18 projetos assim distribuídos:

ü um de Longa-Metragem de R$ 900.000,00

ü sete de Curta-Metragem de R$ 100.000,00 cada

ü cinco Vídeos de R$ 40.000,00

ü cinco Pesquisa e Desenvolvimento de Projeto de Longa-Metragem de R$ 10.000,00 cada.


Os jurados:

O Corpo de Jurados, escolhido em comum acordo entre a Cinemateca Catarinense e a FCC, foi composto pelos seguintes profissionais:

Silvio Tendler

Carioca de 1950, cineclubista, em 1970 saiu do Brasil para o Chile, e de lá foi para a França estudar cinema no Institut des Hautes études Cinématographiques (IDHEC), em Paris. Fez cursos do cineasta Jean Rouch e foi assistente de direção de Chris Marker no filme La spirale (1973/75). Em 1976, já de volta ao Brasil, começou a reunir material para o documentário Os anos JK, uma trajetória política (1980), um de seus filmes mais importantes, prêmio de melhor montagem no Festival de Gramado e ganhador do troféu Margarida de Prata, da CNBB.

Após este filme, dirigiu propaganda política para partidos de esquerda e foi chamado para dirigir programas para a TV Manchete. Em 1981 dirigiu O mundo mágico dos Trapalhões, um documentário em longa-metragem. Realizou em seguida Jango (1984), premiado nos festivais de Gramado e Havana. Em 1999 finalizou Castro Alves.

Tendler leciona na cadeira de Comunicação Social da PUC-Rio. Em 2004, lançou o documentário de longa-metragem Glauber, o filme - Labirinto do Brasil e iniciou a preparação de mais quatro: Milton Santos ou O mundo global visto de cá, Utopia e barbárie - que estreou em 2010 - Verger por Verger e Ter 18 anos em 1968 - este último, um projeto em parceira com a editora Garamond e que envolve, além do filme, um livro. Além disso, tem planos de rodar um documentário sobre Tancredo Neves, cujo centenário de nascimento foi comemorado em 2010.

Clélia Bessa

Produtora de documentários, programas de TV, videoclipes, longas e curtas-metragens, sócia da Raccord Produções, empresa que teve como um de seus primeiros projetos de destaque o longa-metragem Como ser solteiro (1998), de Rosane Svartman. Atualmente é membro do Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual (SICAV), do Rio de Janeiro.

Nascida em Curitiba, em 1963, formou-se em sociologia e entrou para o cinema quando trabalhou no departamento cultural da Embrafilme, no final dos anos 80. Depois de trabalhar com Guel Arraes na Rede Globo, trabalhou com Zelito Viana na produtora Mapa Filmes e com Júlio Worcman na Synapse Distribuidora, além de ter passado pela Fundação do Cinema Brasileiro e pela Funarte. Foi coordenadora de produção de Veja esta canção (1995), de Carlos Diegues, quando conheceu a diretora Rosane Svartman, de quem se tornaria sócia. Na Raccord produziu os curtas-metragens Anjos urbanos (1997), O cabeça de Copacabana (2001), ambos de Rosane Svartman, e Suspiros republicanos ao crepúsculo de um império tropical (2002), de Rosane Svartman e José Lavigne, além do média-metragem Ismael e Adalgisa (2001), de Malu de Martino, de uma série de TV baseada nos personagens de Como ser solteiro, e dos documentários As mulheres no cinema brasileiro, de Sonia Nercessian, e A cobra fumou, de Vinícius Reis, co-produzido com a BSB Cinema. Produziu também o documentário de longa-metragem O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas (2000), de Paulo Caldas e Marcelo Luna, e Separações (2002), de Domingos Oliveira, melhor filme e ator no Festival Internacional de Mar del Plata. Em 2004, produziu o longa-metragem Vida de menina, de Helena Solberg, vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri popular no Festival do Rio 2004 e melhor filme, roteiro, fotografia, trilha, direção de arte e prêmio do público no Festival de Gramado. Produziu ainda Nossa Senhora do Caravaggio (2005), de Fábio Barreto, Cafuné (2005), de Bruno Viana, Mais uma vez amor (2005), de Rosane Svartman, em parceria com a Total Entertainment, além do documentário Cartola (2006), de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.

Virginia Flores

Montadora de som e imagem, começou em 1974 como continuísta e assistente de direção e de montagem em filmes como Garota dourada (1983), de Antonio Calmon, Noite (1986), de Gilberto Loureiro, e Sonho sem fim (1986), de Lauro Escorel. Hoje possui seu próprio estúdio de som. Nascida em 1954, no Rio Grande do Sul, vive no Rio de Janeiro, onde realizou seus primeiros trabalhos como editora de som: Eu sei que vou te amar (1984), de Arnaldo Jabor e Ele, o boto (1986), de Walter Lima Júnior. Pequeno dicionário amoroso (1995), de Sandra Werneck, foi seu primeiro trabalho como montadora de longa-metragem, que lhe valeu o prêmio de melhor montagem no Festival de Brasília. Em 1988, fez aperfeiçoamento em montagem sonora no National Film Board do Canadá. Fez a edição de som digital de diversos filmes, entre eles, Carlota Joaquina (1995), de Carla Camurati.

Betse de Paula

Depois de três curtas-metragens, fez seu primeiro longa em 2001, a comédia romântica O casamento de Louise. Em seguida, dirigiu Celeste e Estrela (2002), seu segundo longa-metragem, selecionado para a abertura do Festival de Brasília e premiado no festival Cinesul 2003. Seu primeiro curta foi S.O.S. Brunet (1986) e o segundo, Por dúvida das vias (1988), recebeu o prêmio de melhor curta segundo o júri popular do Festival de Gramado. Com Feliz aniversário Urbana, recebeu os prêmios de interpretação feminina e trilha sonora do Festival de Brasília. Em 1999, realizou dois curtas, Leo-1313, e The book is on the table. Filha do cineasta Zelito Viana, antes de dirigir seu primeiro filme trabalhou em outras funções no cinema, principalmente como assistente de direção.

Ari Candido Fernandes

Ari (Londrina, 1951) cursou cinema na Universidade de Brasília, tendo como professores Vladimir Carvalho, Geraldo dos Santos e Fernando Duarte. Em 1971, ameaçado pelo artigo 477 da Lei de Segurança Nacional, partiu para a Suécia. De Estocolmo foi para Paris, onde, continuou sua formação em cinema na Nouvelle Sorbonne. Seu primeiro curta, Martinho da Vila Paris 1977, capta a passagem do sambista carioca por Paris. Em 1978, foi para a áfrica documentar o conflito entre eritreus e etíopes, um dos últimos capítulos da história de independência dos países africanos. Realiza Por quê a Eritréia?, filmado em plena guerrilha, testemunho da luta pela independência do país Ari Candido também atuou como fotógrafo para diversas agências de notícias européias. No Brasil, realizou mais três filmes: O rito de Ismael Ivo (2003), retrato biográfico do bailarino negro; O moleque (2005), ficção baseada num conto do escritor Lima Barreto; e Pacaembu, terras alagadas (2006), documentário sobre o bairro paulistano. Reconhecido ativista da comunidade negra, Ari Candido coordenou o Projeto Zumbi e foi um dos idealizadores do Dogma Feijoada - movimento cinematográfico disposto a questionar os esteriótipos e o modelo perverso de representação do negro veiculados pelo cinema e pela TV.

Fonte: Marilene Rodrigues