O Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) recebe nesta quarta-feira ( spetáculo faz parte da programação de reabertura do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC).
A Cantora Careca, peça teatral escrita pelo dramaturgo Eugène Ionesco em 1950, tem sua concepção estética vinculada ao movimento e gênero denominado teatro do absurdo. O pensamento do teatro do absurdo propõe uma dramaturgia desprovida de sentido, lógica, racionalidade e de comunicação inelegível. Em cena, personagens caracterizados colocam em contradição as convenções sociais por meio de sua linguagem non sense, que se realiza através de diálogos absurdos, os quais tornam a comunicação uma ação sem sentido e desprovida de significados.
Em um pequeno apartamento no subúrbio inglês, o casal de classe média alta Sr. e Sra. Smith recebem a visita do casal Sr. e Sra. Martins. Os personagens, representantes do modelo e estrutura social burguesa, estão presos em um ciclo de repetições, trivialidades e do vazio existencial, sendo a releitura e representação do encarceramento da sociedade contemporânea. À medida em que os personagens vivem as situações, tornam-se provocadores e enunciadores das críticas sociais, simultaneamente, suas criticas recaem sobre eles próprios ao apresentar um mundo em desordem, ilusório, que não se comunica.
A concepção cênica retoma a realidade social mediante uma comunicação que não se comunica, onde a linguagem não diz, trazendo à tona as contradições da existência humana permeada pelos conflitos e desigualdades sociais. Imersos nesse ambiente em desordem, onde está a Cantora Careca?
Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/a-cantora-careca/2855612
O Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz traz à cena "Florbela Espanca", um espetáculo que revela a complexidade e a força da poetisa portuguesa Florbela Espanca, cuja obra foi marcada pela luta contra a opressão e a busca por reconhecimento em um mundo dominado por vozes masculinas. A montagem, com apresentação única no dia 18 de março, às 20h, integrando a programação especial de reabertura do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), promete provocar reflexões sobre o papel das mulheres na sociedade contemporânea.
A peça apresenta um monólogo poderoso interpretado pela atriz Diana Adada Padilha, que assume a persona da poetisa em um ato teatral que transcende o tempo, despertando o espectro de Florbela que, após sua morte, busca reivindicar sua dignidade e legado. A dramaturgia inédita é uma obra de arte que não apenas resgata a história de uma mulher que foi sistematicamente silenciada, mas também reflete sobre as dores e conquistas que ainda reverberam na luta das mulheres nos dias atuais.
Sob a direção sensível de Sulanger Bavaresco, "Florbela Espanca" é descrita como um "Teatro de Mágoas", que denuncia as injustiças experimentadas por Florbela ao longo de sua vida no século XX, incluindo as tentativas de apagar sua memória e deslegitimar sua obra durante e após sua existência. Florbela foi uma figura crucial na literatura portuguesa, e seus escritos, que abordam amor, erotização, angústia e sofrimento, ecoam com a relevância de questões contemporâneas sobre a expressão feminina.
O espetáculo, que já recebeu aclamação em apresentações anteriores em Florianópolis e São Paulo, alia excelência técnica a uma reflexão social profunda. Ao dar vida a uma poetisa que enfrentou a opressão com coragem e audácia, O Dromedário Loquaz não só ilumina uma figura histórica, mas também assegura um espaço para que as vozes femininas sejam ouvidas em sua plenitude. "Florbela Espanca" é um manifesto artístico que enaltece a força do feminino e confronta as narrativas que tentaram silenciar as mulheres ao longo da história. O público é convidado a mergulhar em uma experiência que celebra a poesia e a resistência, refletindo sobre a trajetória de mulheres que, como Florbela, têm desafiado as normas e reivindicado seu lugar na história.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia e Direção: Sulanger Bavaresco
Elenco: Diana Adada Padilha
Iluminação: Marco Ribeiro
Cenografia e Adereços: Dromedário Loquaz
Figurinos: Sulanger Bavaresco
Pesquisa Trilha Sonora: Sulanger Bavaresco
Operação Trilha Sonora: Luiza Faé Mantovani
Preparação Vocal: Luiza Faé Mantovani
Produção Técnica: Magda Scors Campos
Design Gráfico: Mariana Barardi
Fotografia: Nathália Daiana
Assessoria de redes sociais: Welington Hors
Assessoria de imprensa: Gisele Palma
Realização: Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz
Classificação indicativa: 14 anos
SINOPSE
O espetáculo coloca em cena o espectro de Florbela Espanca, que desperta de seu sono de morte para defender a honra e a obra da poetisa portuguesa que, na primeira metade do século XX, foi perseguida e execrada pela Igreja Católica e pela ditadura Salazarista. Florbela reencontra e enfrenta seu passado e algozes, conduzindo o espectador a trilhar os caminhos tristes e perturbadores que marcaram sua existência, testemunhando o calvário de perseguições e difamações que se perpetraram mesmo depois de sua morte.
SOBRE O GRUPO
O Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz completará 44 anos em 2025, possui sede na cidade de Florianópolis/SC, e entre seus fundadores estão o ator Ademir Rosa (1948-1997) e o diretor Isnard Azevedo (1950-1991). Atualmente, o grupo é formado por 20 integrantes entre técnicos, atores, músicos e cantores. Com mais de 40 espetáculos e ações cênicas em sua trajetória, o grupo reverencia seu passado e aposta no futuro, se reinventando com a participação de novos integrantes e parceiros artísticos, o que revela fôlego para continuar a existir e resistir ao acreditar em um mundo melhor através da experiência e vivência artística.
Ingressos à venda no site Sympla
Duração: 65 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Um dos reencontros mais aguardados do ano ocorreu na noite desta sexta-feira, 14 de março: o do Teatro Álvaro de Carvalho e seu público, que lotou o TAC para uma noite de música, dança e história no palco mais querido de Florianópolis. O Governo do Estado, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), devolve este importante patrimônio cultural a todos os catarinenses totalmente reformado, após aquela que é considerada a maior intervenção já realizada no prédio que em 2025 completa 150 anos de existência.
"Tenho muito prazer e alegria de estar aqui essa noite. Este Teatro é histórico, tem 150 anos. Fizemos a maior obra de recuperação dessa sua história centenária para ele continuar triunfando aqui nesse palco, desfilando talentos, revelações, cultura, aquilo que todos nós merecemos", completou o governador Jorginho Mello. "Viva o TAC!", exclamou, encerrando sua fala sob os aplausos do público.
A presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin, agradeceu a equipe da Fundação, empenhada na reabertura do Teatro."Essa não é uma reforma simples, porque este é um equipamento tombado e ele deve assim ser restaurado, cheio de respeito e de bondade para com ele", ressaltou.
Programação de reabertura
Na noite de reabertura, restrita a convidados, o público foi recepcionado pelo Octeto de Cordas da Camerata Florianópolis e atores locais. Em seguida, uma cerimônia marcou a entrega da obra aos catarinenses, com a participação de autoridades e artistas na plateia. Para encerrar a noite, a Focus Cia. de Dança apresentou o espetáculo "As canções que você dançou pra mim". A apresentação voltará ao palco do TAC no sábado, dia 15 de março, com ingressos gratuitos disponíveis para o público em geral no site Disk Ingressos.
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(Fotos: Fernanda Peres / ASCOM FCC)
A programação de reabertura do TAC está com uma agenda repleta de atrações que se estenderão até o fim do mês. Serão realizados espetáculos de teatro, dança e música para todas as idades, com entrada gratuita em algumas atrações e preços populares em outras.
Entre os convidados para a reestreia do palco do Teatro estão grupos e artistas que tradicionalmente se apresentam no local. Na agenda estão apresentações da Camerata Florianópolis, Grupo Dromedário Loquaz, Grupo Armação, a programação da Maratona Cultural de Florianópolis 2025, Orquestra Filarmônica Catarinense acompanhada do pianista Pablo Rossi, Estúdio Silvia Brâgagnollo, Orquestra Cordas da Ilha, Carol Ferrari, Grupo de Teatro Independente de Valdir Dutra e Gustavo Bardim & Duo Viocello.
>> Confira a programação completa e mais informações sobre os espetáculos
Além disso, artistas e produtores interessados em se apresentar no palco do TAC já podem enviar suas solicitações de pauta para eventos entre os dias 2 de abril e 19 de dezembro de 2025. A FCC abriu nesta sexta-feira (14) o formulário para envio dos pedidos, que serão analisados pela Comissão de Pauta.
>> Saiba mais sobre os pedidos de pauta para o TAC em 2025
A obra
Esta foi a maior intervenção já realizada no TAC. Foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões. Ao longo do último ano, o Teatro passou por reforma elétrica (troca de fiação e da estrutura, instalação de subestação externa); substituição das poltronas; pintura interna e externa; recuperação do pavimento de madeira; troca da vestimenta cênica (cortinas, passadeiras e carpete); modernização dos sistemas de som, de iluminação e de climatização; instalação de paineis de led; reforma do telhado; entre outras melhorias. Além disso, os vitrais históricos do TAC foram restaurados, bem como lustres e outras peças antigas.
Sobre o Teatro Álvaro de Carvalho
O Teatro Álvaro de Carvalho teve sua pedra fundamental lançada em 29 de julho de 1857, mas a inauguração oficial só ocorreu em 7 de setembro de 1875. Mesmo antes disso, entre 1871 e 1872, o Teatro já era utilizado e tinha o nome de Santa Isabel - em homenagem à Princesa Isabel. A partir de 1894, o prédio foi batizado com o nome de Álvaro de Carvalho, tenente e comandante da Marinha Brasileira, considerado o primeiro dramaturgo catarinense. Álvaro de Carvalho foi uma personalidade relevante do cenário cultural, falecendo aos 36 anos em Buenos Aires. É patrono da Cadeira nº1 da Academia Catarinense de Letras, criada em sua homenagem.
O TAC teve, ao longo do tempo, diversos usos. Em outubro de 1893, o prédio foi designado como quartel da Guarda Nacional, opositora ao governo provisório da nova República do Brasil. Mais tarde, com a retomada do poder pelo Exército, muitos presos políticos do General Moreira Cesar foram levados e detidos no prédio.
O espaço foi, também, o lugar da primeira exibição de cinema em Florianópolis e, nos anos 1920 e 1930, o Teatro virou Cine Odeon e Royal.
Mágicos, ventríloquos, ilusionistas e telepatas também subiram ao palco do TAC em bailes oferecidos por governantes. Também ocorreram festas de aniversário e bailes de debutantes. Como houve tempos em que não havia cadeiras fixas, seu amplo salão era ideal para esses eventos. Reuniões políticas, leitura de manifestos, festivais beneficentes e até visitas de presidentes ocuparam o espaço.
Muito tempo se passou e, desde a década de 1970, o TAC é palco de espetáculos artísticos e culturais que celebram o melhor da produção catarinense. Atualmente, o espaço é administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão do Governo do Estado.
Está aberto o período de solicitação de pautas para realização de espetáculos e eventos entre 2 de abril e 19 de dezembro 2025 no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no centro de Florianópolis. A Comissão de Pauta do Teatro analisará os pedidos e os solicitantes receberão retorno por e-mail com mais informações sobre confirmação de datas e demais procedimentos.
:: ACESSE O FORMULÁRIO DE PAUTAS
As propostas serão avaliadas obedecendo critérios definidos no Regulamento para ocupação dos teatros administrados pela FCC (disponível na íntegra abaixo desta matéria), tais como: cumprimento das normas de apresentação da proposta e preenchimento correto do formulário; adequação do evento às características físicas e técnicas do teatro solicitado; qualificação técnica do proponente; mérito técnico, artístico e cultural da proposta; originalidade da concepção artística; quantidade de propostas previamente aprovadas neste ano para a mesma companhia/artista; e diversidade de linguagens.
É fundamental observar o regulamento para ocupação dos teatros que, além dos critérios, especifica ainda as etapas para a assinatura dos contratos de uso e as regras de uso do espaço cultural. As taxas de utilização dos teatros também foram atualizadas para o próximo ano e podem ser conferidas aqui.
Mais informações podem ser obtidas diretamente com a Comissão de Pautas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
:: Regulamento para ocupação do TAC - 2025
:: Portaria nº 165, de 24/10/2024 - taxas de utilização dos teatros administrados pela FCC
Teatro reaberto recentemente
O TAC foi reaberto em março de 2025, após passar pela maior intervenção já realizada desde sua criação, há quase 150 anos. Foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões em obras de reforma elétrica (troca de fiação e da estrutura, instalação de subestação externa); substituição das poltronas; pintura interna e externa; recuperação do pavimento de madeira; troca da vestimenta cênica (cortinas, passadeiras e carpete); modernização dos sistemas de som, de iluminação e de climatização; instalação de paineis de led; reforma do telhado; entre outras melhorias. Além disso, os vitrais históricos do TAC foram restaurados, bem como lustres e outras peças antigas.
O Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) segue com sua programação especial de reabertura com o espetáculo "As 8 Estações", da Camerata Florianópolis, no dia 16 de março, às 20h. Os ingressos estarão disponíveis no site Blueticket, a preços populares, no dia 13 de março, a partir das 14h.
Após mais de um ano fechado para reformas elétricas e estruturais, o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) reabre suas portas com uma programação especial em março. Com um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões, a reforma revitalizou um dos teatros mais tradicionais de Santa Catarina.
O espetáculo marca o retorno da orquestra ao TAC, reunindo duas obras icônicas: “As Quatro Estações" Opus 8, da obra Il cimento dell'armonia e dell’invenzione, considerada a mais popular obra do italiano Antonio Vivaldi (que nasceu em Veneza em 1678 e morreu em Viena em 1741), e “Las Cuatro Estaciones Porteñas”, do argentino Astor Piazzolla (1921-1992).
Com produção executiva de Maria Elita Pereira, “As 8 Estações” é viabilizado pelo Programa de Incentivo à Cultura (PIC) e conta com o incentivo do Fort Atacadista, CELESC e Tirol.
SOBRE AS OBRAS
“As Quatro Estações”, de Vivaldi, foram publicadas em 1725 como parte do Opus 8, uma coleção que reúne 12 concertos. Sobre elas, o maestro Jeferson Della Rocca comenta: “Diferentemente dos demais, ‘As Quatro Estações’ são ousadas e experimentais, descrevendo cenas da natureza com resultados surpreendentes”.
Ao contrário da maioria dos concertos de Vivaldi, esses quatro vieram acompanhados de sonetos ilustrativos impressos na parte do primeiro violino, cada um relacionado ao tema de uma estação. Embora a autoria desses poemas seja incerta, especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. Este conjunto é considerado um dos primeiros exemplos de música programática, um estilo que se tornaria abundante no Romantismo com a denominação de poemas sinfônicos.
Já “As Cuatro Estaciones Porteñas”, compostas entre 1965 e 1969, também conhecidas como Estaciones Porteñas ou As Quatro Estações de Buenos Aires, formam um conjunto de quatro composições de tango criadas por Astor Piazzolla. Originalmente, elas não foram concebidas como uma suíte, mas como peças independentes. Ainda assim, Piazzolla ocasionalmente as tocava juntas. Compostas para o quinteto do autor, essas obras receberam um arranjo notável para orquestra de cordas e piano trio pelo renomado maestro José Bragato.
O adjetivo "porteñas", que se refere aos nascidos em Buenos Aires, a capital argentina, sugere uma interpretação das estações do ano na perspectiva da cidade. Diferentemente da ordem de Vivaldi, Piazzolla organizou suas “Estaciones Porteñas” como: Outono (Otoño), Inverno (Invierno), Primavera (Primavera) e Verão (Verano).
PROGRAMA
AS QUATRO ESTAÇÕES, DE ANTONIO VIVALDI
IL CIMENTO DELL’ARMONIA E DELL’INVENTIONE, Opus 8
LE QUATRO STAGIONI
1 – CONCERTO No 1 in MI MAGGIORE: LA PRIMAVERA
I – Allegro
II – Largo
III –- Allegro
2 – CONCERTO No 2 in SOL MINORE: L´ESTATE
I – Allegro non molto
II – Adagio
III - Presto
3 – CONCERTO No 3 in FA MAGGIORE: L’ AUTUNNO
I – Allegro
II – Adagio molto
III - Allegro
4 – CONCERTO No 4 in FA MINORE: L’ INVERNO
I – Allegro non molto
II – Largo
III - Allegro
LAS CUATRO ESTACIONES PORTEÑAS, DE ASTOR PIAZZOLLA
1 - Otoño Porteño (Outono de Buenos Aires)
2 - Invierno Porteño (Inverno de Buenos Aires)
3 - Primavera Porteña (Primavera de Buenos Aires)
4 - Verano Porteño (Verão de Buenos Aires)