Como parte da programação estendida do 3º Festival de Fotografia Floripa na Foto, o Espaço Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), receberá de 19 de fevereiro a 23 de março quatro exposições fotográficas. As mostras Entre Nada e Lugar Nenhum (Otávio Nogueira); Depois da Água (Telma Scherer); Lar, Salgado Lar (projeto coletivo de Daniel Geib, Pedro Cunha, Thiago Santos, Robson Nunes e Victor Piedade); e América Andina (Daniel Mancuso) têm entrada gratuita e contam com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC).
DEPOIS DA ÁGUA, de Telma Scherer
Autorretrato, luz, escuridão e poesia são os ingredientes das imagens fotográficas de Telma Scherer. Sua pesquisa com longas exposições e as brincadeiras com light painting resultam em um ensaio foto/poesia que traz um pensamento leve e ao mesmo tempo profundo sobre o estar no mundo.
ENTRE NADA E LUGAR NENHUM, de Otávio Nogueira
Referindo-se a experiência vivida no metrô do Cariri como lugar nenhum, Otavio Nogueira se apropria do conceito de não-lugar de Marc Augê, quando se refere aos lugares de passagem incapazes de dar forma a qualquer de tipo identidade e o contrapõe ao nada, com tudo aquilo que existe, e que é reiteradamente desconsiderado.
LAR, SALGADO LAR
Projeto coletivo: Daniel Geib, Pedro Cunha, Thiago Santos, Robson Nunes, Victor Piedade
A cidade cresce, e no seu desenvolvimento está cravada a força do trabalho, e a energia do suor de todas as pessoas. Depois de um dia inteiro vivendo a cidade, a melhor sensação é voltar para o conforto do seu cantinho, é poder chegar na porta de casa e dizer “lar, doce lar”. Mas o mundo não para, muito menos a cidade, que só cresce. E como muitas vezes estamos dentro do nosso próprio mundo, nos acostumamos a esquecer quem são aqueles que também empregam sua energia, sua força, o seu suor para erguer o nosso próprio lar.
AMÉRICA ANDINA de Daniel Mancuso
A América Andina foi palco de grandes civilizações, mas, os povos indígenas do altiplano andino sofreram muito com a ocupação do europeu em seu território em meados do século XVI. Atualmente os povos indígenas que habitam regiões dos Andes no Peru e na Bolívia, continuam sofrendo com a situação instável de suas democracias frágeis. A pobreza é muito elevada e a desigualdade social permanece sendo uma das piores do mundo. Contudo esse povo continua a lutar em busca de esperança.
Serviço:
O quê: Exposições Depois da Água; Entre Nada e Lugar Nenhum; Lar, Salgado Lar; e América Andina
Quando: de 19 de fevereiro a 23 de março de 2013
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, das 10h às 19h30min.
Onde: Espaço Lindolf Bell - Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis/SC
O Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura (CIC), será palco do evento Inventar com a Diferença: Cinema e Direitos Humanos em Sala de Aula, promovido pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Universidade Federal Fluminense, com o apoio da FCC. O evento ocorre de 6 a 10 de março (exceto no dia 9) e as inscrições já estão encerradas.
As oficinas de cinema são voltadas a professores da rede pública de ensino. Pensamento, inventividade e ação estão na base do Inventar com a Diferença, projeto de formação de professores da rede pública de ensino de todo o Brasil para a realização de trabalhos com audiovisual em sala de aula. Realizado em parceria pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, a ação visa aproximar crianças e adolescentes do universo temático que cerca o cinema e os direitos humanos.
O evento transcorre em duas diferentes etapas: na primeira, os professores inscritos e selecionados participarão de um curso de formação em audiovisual e direitos humanos com duração de 20h, realizado no mês de fevereiro; na segunda etapa, os educadores realizam oficinas semanais, com duração de 2h, em suas escolas, entre março e maio de 2014, sob a supervisão quinzenal do mediador.
Durante o primeiro semestre de 2014, o projeto atinge até dez escolas de cada um dos municípios selecionados. São eles: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Imperatriz (MA), Fortaleza (CE), Natal (RN), Parnaíba (PI), Belém (PA), Recife (PE), Conde (PB), Delmiro Gouveia (AL), Aracaju (SE), Rio de Contas (BA), Brazlândia (DF), Pirenópolis (GO), Porto Nacional (TO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Paraty e Niterói (RJ), Vitória e Vila Velha (ES), Belo Horizonte (MG), Bauru (SP), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Bagé (RS).
O Inventar com a Diferença é baseado numa metodologia descentralizadora, onde todos os professores e alunos atuam coletivamente na realização e desenvolvimento das atividades. Com essa proposta, fomenta um trabalho colaborativo, sem competição, atento ao outro, aberto às diferenças e às diferentes formas de sociabilidade, convivência e invenção. Fundindo os processos criativos do cinema com a educação, o projeto afirma o direito à diferença e dá a ver um desejo comum, que aponta para a possibilidade de criarmos coletivamente um mundo mais justo, diverso e democrático.
Foi prorrogada até 23 de março de 2014, no espaço expositivo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a mostra Coletiva Floripa na Foto, com trabalhos de um grupo de 16 fotógrafos atuantes em Santa Catarina. A mostra com curadoria coletiva e coordenação de Lucila Horn e Lu Renata, traz a fotografia catarinense para o foco do debate, sobre o fazer fotográfico e as possibilidades criativas.
Entre os artistas/fotógrafos participantes, dividem espaço os veteranos Edu Lyra, Joaquim Araújo, Adriana Füchter , Mara Freire, Luciene Bittencourt Kumm, Walfredo Kumm, Giselle Seibel, Luciana Petrelli, Virginia Yunes e os jovens fotógrafos Henrique Pereira, Larissa Nowak, Marianna Piccoli, Rocha, Sonora Satya, Jackson Inácio e Clara Meirelles.
Poéticas fotográficas:
Adriana Füchter traz para a exposição a ideia sobre as imagens do ovo que buscou no poema de João Cabral, O Ovo de Galinha, onde brinca com as ideias de inicio ou fim.
Edu Lyra apresenta uma séria de paisagens que prendem o olhar e obrigam o observador a refazer/reviver o momento fotográfico.
Giselle Seibel contribui para ampliar nosso olhar além das redomas da zona de conforto e nos leva para as ruas e os contrastes do espaço urbano.
O contraste se faz presente no olhar Larissa Novak, porém aqui o urbano não está presente, mas sim peso e leveza no geométrico de ruínas e no orgânico harmonioso de um corpo que dança.
Jackson Inácio estende o olhar para a recordação afetiva e memória das gerações que vivem no litoral.
Também é a memória o caminho poético de Joaquim Araújo, mas desta vez buscada nas suas raízes e história pessoal, a partir da qual cria uma espécie de homenagem a Diva, sua mãe.
O artista visual Rocha, traz seus duplos em fotografias 3x4 misturadas com desenhos em uma montagem onde muitas fotos falam de uma vida de memórias.
Luciana Petrelli cria um jogo onde busca extratos/abstratos do mundo, sua gramática autoral se revela na sinuosidade das formas, na leveza, nos enquadramentos que nos fazem sentir o vento que move lençóis num varal.
Marianna Picolli com a série "Almar” explora as sensações despertadas na relação com o mar, traz suavidade no tratamento que dá a gradação dos azuis e verdes e uma noção de infinito através do olhar grande angular.
Movimento é a tônica do trabalho de Sonora Satya, que apresenta tomadas espontâneas em um festival de música eletrônica, com participantes em uma festa de lama.
Virginia Yunes, com seu olhar de viajante, um tanto artista, outro tanto antropológico, captou momentos quase surreais em um trem abandonado na Nigéria.
Os viajantes Luciene e Walfredo Kumm apresentam um olhar para o urbano, no olhar documental de Walfredo, que dá a dignidade ao fotografado e no olhar literário de Lucienne, que nos faz pensar na dimensão humana.
Clara Meirelles desenvolve uma poesia visual de amor, em uma composição que envolve fotografia e montagem, onde o suporte e parte fundamental da mensagem visual.
Brincando com o suporte, Mara Freire, faz sua homenagem a Iemanjá, em fotografias impressas em tecido transparente de grande dimensão, criando uma instalação.
Henrique Pereira e suas experiências fotográficas com negativos de médio formato nos possibilita pensar a fotografia como poesia visual.
Serviço:
O quê: Exposição Coletiva Floripa na Foto
Quando: de 27 de novembro de 2013 a 23 de março de 2014.
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min. Domingos, das 10h às 19h30min.
Onde: Espaço expositivo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis/SC
A Comissão de Pautas e Acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), já definiu a agenda de exposições temporárias para 2014. Dos 13 projetos inscritos no edital público, cinco foram selecionados, dois deles como suplentes, que serão acionados em caso de desistência.
As mostras trarão fotografia, vídeo e desenhos. O cronograma das exposições será definido até meados de fevereiro.
Os autores dos projetos não-selecionados terão o prazo de 30 dias para retirada do material encaminhado, junto ao MIS/SC. Após este período o material será descartado. Participaram do processo de seleção proponentes de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
Conheça os vencedores
Alexandra Ungern-Sternberg, de São Paulo, com a mostra fotográfica “A Sombra de uma Origem” -
O trabalho foi desenvolvido com base em uma viagem de pesquisa a uma aldeia indígena na Ilha do Bananal, em Tocantins. As imagens das sombras são das próprias fotos tiradas pela artista durante a viagem.
Armando Fonseca, de São Paulo, com o vídeo “Sessão Especial Desalmados” -
A “Sessão Especial Desalmados” culmina em reels e trailers do novo longa-metragem “Desalmados” de Armando Fonseca, Raphael Borghi e Kapel Furman. Assim como uma retrospectiva de seus filmes e um bate-papo com o público sobre o universo da obra, que também se estende pelas histórias em quadrinhos, estatuetas e colecionáveis derivados.
Eduardo Trauer, de Florianópolis, com a mostra fotográfica “Harmonia | Expresso Rural” - A exposição “Harmonia | Expresso Rural” é formada de 32 + 1 Fotografias. As imagens foram capturadas desde 2007, incluindo shows como o de 25 anos de carreira da banda. O estilo da captação das imagens apresenta detalhes que reforçam o estilo das composições do Expresso Rural.
Fernanda Figueiredo (suplente), de São Paulo, com a mostra (fotografia e desenho) – “Um Oceano Entre” - A exposição é composta por seis trabalhos fotográficos produzidos em 2013. O título “Um Oceano Entre” representa o espaço físico que separa o Brasil da Irlanda e metaforicamente, um espaço de tempo. As fotografias retratam a paisagem da Irlanda e Irlanda do Norte.
Rosane Cechinel (segunda suplemtne), de Florianópolis com a mostra fotográfica “Eros e Thanatus -
A mostra “Eros e Thanatus – Um discurso paralelo” vem com 28 fotografias digitais coloridas, cujo foco de atenção são algumas esculturas pertencentes ao cemitério de Staglieno, na Itália.