O Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, recebe no dia 6 de abril mais duas iniciativas que são desdobramentos da exposição "Ichiran - Um Olhar Sobre a Cultura Japonesa". Às 10h, o público participa de uma oficina de ikebana e, em seguida, às 11h, assiste a uma performance de butoh. Ambas as ações são gratuitas.
Oficina de Ikebana
A oficina irá apresentar noções básicas de Ikebana, técnica de arranjos florais, onde estão presentes a assimetria e a simplicidade tão presentes na estética japonesa. A arte da Ikebana busca elevar o espírito de quem a pratica, de quem a contempla e harmonizar o local em que está por meio do Belo.
A ministrante Angélica Philippe é arquiteta, pintora, instrutora de artes marciais japonesas e praticante de Ikebana.
Inscreva-se em: https://tinyurl.com/ikebanaangel
Performance
Em seguida, o público poderá assistir à performance e vivência de butoh, conhecida como a dança das sombras e definida por seus criadores como, mais do que uma dança, um modo de viver, uma filosofia de vida.
A atividade será conduzida por Fabiana Higa, aluna de butoh de Hiroshi Nishiyama e Ana Medeiros, que por sua vez foram discípulos diretos de Yoshito Ohno Sensei, no Japão. Fabiana, em sua experiência prévia com a dança contemporânea e no trabalho com o corpo em seu ofício de parteira, encontrou no butoh grande afinidade na temática sobre o corpo que nasce, que descobre o novo, que reconhece limites e que é capaz de expressar em autogentileza, essência do sentir e presença plena. A partir de suas investigações e pesquisas das artes do corpo, irá facilitar uma vivência de butoh seguida de uma performance.
Inscreva-se em: https://tinyurl.com/butohiga
No mês de março, o Museu Histórico de Santa Catarina recebe duas novas exposições de curta-duração que fazem parte da programação paralela da mostra "Ichiran - Um Olhar sobre a Cultura Japonesa": "Silêncio Deslocado: Diálogos Entre Haicai e Sumi-ê" e "Recortes de Gion – Fotografias de Annete Awatari".
Exposição "Silêncio Deslocado: Diálogos Entre Haicai e Sumi-ê"
De 2 de março a 5 de abril, a coletiva reúne o grupo de haicai e três artistas do sumi-ê, promovendo o encontro entre as técnicas tradicionais da cultura japonesa e refletindo sobre as transformações de sentido no trânsito Japão-Brasil.
A mostra conta com a participação dos artistas Ana Esther Balbão Pithan, Angélica Philippe, Felipe Paupitz, Fernando Kozu, Gabrielli Antunes Schereda, Ivan Eugênio da Cunha, Lígia Fogagnollo, Nadir Ferrari, Richard Champilou, Silvio Mansani, Sieni Campos, Talita Von Gilsa e Teresa Adada Sell. A equipe curatorial é formada por Estela Camillo, Gustavo Sawada, Hisae Yagura Kaneoya e Rainara Sofia dos Anjos.
Exposição "Recortes de Gion – Fotografias de Annete Awatari"
Exposição com fotografias de Annete Owatari, natural de Florianópolis e participante do Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte. Sua poética traz o interesse pelos movimentos de um tempo e o Japão de seus ancestrais, que aparece com frequência em seus trabalhos.
Serviços:
O quê: Exposição "Silêncio Deslocado: Diálogos Entre Haicai e Sumi-ê"
Abertura: 02/03/2024, às 13h.
Visitação: até 05/04/2024. De terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábados e feriados, das 10h às 14h. Fechado aos domingos e segundas-feiras.
O quê: Exposição "Recortes de Gion – Fotografias de Annete Awatari"
Visitação: de 05 a 30/03/2024. De terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábados e feriados, das 10h às 14h. Fechado aos domingos e segundas-feiras.
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - No Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro - Centro - Florianópolis
Entrada gratuita
No dia 02 de março, na parte da manhã, o Museu Histórico de Santa Catarina receberá duas oficinas gratuitas relacionadas à mostra Um olhar sobre a Cultura Japonesa. Uma delas é de Naginata e a outra, de Sumiê.
A Naginata (alabarda) é uma arma de origem medieval japonesa usada por monges guerreiros (Yamabushis), exército e mulheres samurais. A partir do período Edo, as esposas e filhas de Samurais passaram a treiná-la, e hoje é a arte marcial de armas mais praticada pelas mulheres japonesas. Considera-se que a Naginata ficou mais comum entre as mulheres devido ao fato de que a arma passou a ser deixada na casa dos samurais como peça de ornamentos após o seu declínio no uso em batalhas. Desta forma, as mulheres começaram a praticar a naginata em seu tempo livre, a fim de defenderem seus lares quando fosse necessário.
A oficina acontecerá às 10h no jardim do Palácio Cruz e Sousa.
Já o Sumiê é uma arte com forte influência Zen-budista que chegou no Japão oriundo da China no século XIV. Busca expressar a percepção da alma naquele momento, não permite correção ou indecisão e seus traços devem expressar a beleza na imperfeição. Para além da Arte, também é considerado um caminho, uma filosofia e abandona a inteligência intelectual na busca do essencial. Explora os conceitos de wabi, um conceito filosófico e estético de aceitação da pobreza, simplicidade, transitoriedade e imperfeição. A oficina de Sumiê será realizada às 11h na sala do Núcleo de Ação Educativa (NAE).
Serão oferecidas 10 vagas em cada oficina, para interessados acima de 12 anos.
Informações e inscrições: 48 99608 9500.