No dia 8 de março, às 19h, o Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no centro de Florianópolis, recebe as apresentações do Villa Duo, série de concertos didáticos fundada em 2011 pela violinista Waleska Sieczkowska e o violoncelista Anderson Fiorelli. No programa da apresentação gratuita, a dupla de músicos executará obras de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Alessandro Rolla, Reinhold Glière e Halvorsen-Händel.
O Villa Duo já realizou diversos concertos, destacando-se a participação em 2011 no "Concerto pelo Japão" - realizado em prol das vítimas do terremoto no país asiático - e sua turnê "Série Concertos Didáticos" pelo Estado de Santa Catariana em 2013. Em 2014, tem previsto diversos concertos no Estado de Santa Catarina e na Europa.
Sobre os músicos
Anderson Fiorelli - Violoncelo
O violoncelista catarinense Anderson Fiorelli iniciou seus estudos na Escola de Música de Videira. Concluiu sua graduação na Escola de Música e Belas Artes do Paraná na classe de Maria Alice Brandão e recebeu o Diploma de Concertista da Zürcher Hochschule der Künste em Zurique-Suiça onde estudou com Roel Dieltiens. Especializou-se em violoncelo barroco com o professor Gaetano Nasillo. Em masterclasses e cursos de aperfeiçoamento teve contato com grandes nomes da música erudita mundial, dentre estes Anner Bylsma, Jaap ter Linden, Alexande Rudin, Gautier Capuçon e Antonio Meneses.
Venceu o Concurso para Jovens Solistas da Ospa em 2012 e foi premiado no Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio (2011) e no Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil em Piracicaba-SP (2003). Recebeu bolsas de estudo da Fundação Ernst Widmer (Aarau-Suíça) e do Rahn Kulturfonds (Zurique-Suíça).
Integrou a Orquestra Sinfônica do Paraná e a Camerata Florianópolis ocupando o posto de spalla dos violoncelos. Colaborou com a Nova Camerata da UFPR, Camerata Antiqua de Curitiba e outros. Apresentou-se como solista a frente das orquestras: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Camerata Florianópolis, Filarmônica da EMBAP, Orquestra Filarmônica da UFPR e Orquestra Filarmônica Mahle.
Anderson integrou diversos grupos especializados na música contemporânea e na interdisciplinaridade das artes, dentre eles o Arc en Ciel (Zurique) e os grupos curitibanos: Entrecompositores e DezConcertante. Com estes realizou a estreia mundial de várias composições. Com o espetáculo teatral-musical Die verlorene Kunst do diretor Thom Luz participou de espetáculos na Suíça e Alemanha durante as temporadas de 2009 e 2010.
Entre 2010 e 2013 lecionou em projetos sócio pedagógicos em Santa Catarina e no Paraná, destacando o seu trabalho com a classe de violoncelos da Escola de Música de Videira e a direção da orquestra de estudantes Camerata Videira.
Na Europa participa de concertos, festivais e gravações com diversos grupos e orquestras ressaltando suas colaborações com o Ensemble Explorations (Bélgica), Silete Venti (Itália), Orquestra Sinfonica Verdi di Milano (Itália), Quarteto Quixote (Espanha) e foi o principal violoncelista do Ensemble Turicum (Suiça) de 2005 a 2010. Já se apresentou em importantes salas como o BOZAR de Bruxellas, a Tonhalle de Zurique e o Arcimboldi de Milão.
Atualmente reside em Munique (Alemanha) e é mestrando no curso de violoncelo barroco da Hochschule für Musik und Theater-München na classe de Kristin von der Goltz. Além disso é violoncelista do Arte Piano Trio e do Villa Duo e com estes tem diversas apresentações marcadas no Brasil para o ano de 2014.
Waleska Sieczkowska - Violino
Bacharel pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2010), a florianopolitana Waleska Sieczkowska iniciou seus estudos com o professor Jeferson Della Rocca, prosseguindo-os com Oliver Yatsugafu, Leonardo Piermatiri (UDESC), Paulo Bosísio (RJ) e Elisa Fukuda (SP).
Aos onze anos passou a integrar a Camerata Florianópolis, na qual ocupou a cadeira de spalla em 2009 e 2010. A frente da mesma orquestra atuou como solista diversas vezes, apresentando grandes obras do repertório violinístico como: Tzigane de Ravel (2011), Concerto no. 2 de Wieniawski (2010) e as Quatro Estações de Vivaldi (2008). Integrando o naipe dos primeiros violinos, participou de várias gravações de CD/DVD, concertos e turnês tanto no Brasil como no exterior.
Como camerista, Waleska foi primeira violinista do Quarteto Jurerê Classic – do qual é uma das fundadoras – e junto ao violoncelista Anderson Fiorelli forma o Villa Duo. Realizou a gravação de trilha sonora de filmes como: “Ensaio” e “Nem o Céu nem a Terra”.
Participou de diversas oficinas e workshops com os professores Hagai Sharam (Israel), Tim Vogler (Alemanha), Frank Harmer (Alemanha), Boris Brovtsyn (Rússia), Gerhard Peters (Alemanha), Carl Purdy (EUA), Peter Zazofsky (EUA), Arianna String Quartet (EUA), dentre outros. Em 2008 e 2009 fez parte do programa de intercâmbio da Universidade da Georgia-EUA, onde se aperfeiçoou com o violinista Levon Ambartsumian (Rússia-EUA).
Foi bolsista diversas vezes do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, onde trabalhou sob a regência de renomados maestros como Marin Alsop, Alberto Guerreiro e foi indicada ao Prêmio Eleazar de Carvalho em 2010. No ano de 2011 participou do programa Pré – Estreia da TV Cultura paulista. Em novembro de 2012 foi homenageada pela Revista Contemporânea.
Waleska trabalhou como professora em projetos sociais no interior do Estado de Santa Catarina e em 2012 ministrou máster classes na Sexta Semana da Música em Chapecó.
Atualmente reside em Milão onde se especializa em violino barroco com o professor Stefano Montanari e realiza concertos em diversas cidades europeias. Em 2014 tem previsto diversas apresentações com o Villa Duo no Brasil.
Serviço:
O quê: Villa Duo
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa (Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis)
Abrindo a agenda do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa em 2014, a exposição A Eterna Procura da Cidade Azul, do artista Laércio Luiz, com curadoria de Franzoi, reunirá 27 trabalhos que abrangem uma produção de pinturas e objetos criados entre 1989 e 2013. A mostra fica aberta até 9 de março, na Sala Martinho de Haro, e conta com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Fundação Catarinense de Cultura, com recursos do Fundo Cultural (Funcultural). O projeto, que conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, prevê uma conversa de artista no dia 19 de fevereiro e oficina de Pigmentos Naturais com dois turnos, um matutino e outro vespertino. As duas ações, oficina e conversa, ocorrerão no dia 19 de fevereiro (mais informações abaixo).
Com 20 anos de pesquisa sobre os pigmentos naturais, Laércio Luiz desejou compartilhar os resultados de uma longa atividade que embasou uma produção artística sintonizada com a natureza. Da terra, das pedras, das plantas, das folhas, raízes, seivas e de nódoas, ele recolhe e cataloga material que, em misturas alquímicas ou bem simples, transforma em cores numa larga paleta. Vermelho, azul, verde, laranja, ocre, roxo, magenta, bordô, amarelo, amarelo ouro. Preto, extraído de areias. O marrom de alguns húmus, de cogumelos. Por seu caráter inédito e profundo, o trabalho de duas décadas merece um novo olhar.
Em Florianópolis, onde vive, Laércio Luiz potencializa a sua pesquisa em torno dos pigmentos naturais. Sob a chancela do curador, verifica-se a trajetória, os caminhos adotados e outras possibilidades no cotidiano de um artista que transita num viés regional, com forte atuação como arte educador e um escultor inserido com mais de dez trabalhos na arte urbana da cidade.
O conceito curatorial proposto é o diálogo entre a produção artística do passado e a contemporânea, inédita. Os 27 trabalhos abarcam oito séries: Entropia da cor (1987-88), Autorretrato (1989), Neo orgânico (1990), Portais (1994), Espírito (1992-94), Poesias sopradas (1994), Somos todos iguais (2012) e Objetos extraídos (2013).
A poética de Laércio Luiz bebe nas fontes de Meyer Filho, Eli Heil e Franklin Cascaes, com referência no imaginário simbólico da Ilha de Santa Catarina. O artista investiga a cultura no espaço e no tempo, envolvendo crenças, costumes, linguagem, mitos, religião, rituais, valores, entre outros aspectos ligados a antropologia cultural.
“Ao apresentar pinturas a partir de pigmentos extraídos da natureza, o artista provoca uma reação alquímica-pictórica, ao mesmo tempo em que estabelece uma aproximação entre o universo fantástico, o folclórico e o naturalismo da Ilha. Derruba barreiras quanto à extração da cor do veio da terra e alcança resultados surpreendentes em diferentes tonalidades”, situa o curador Franzoi.
Serviço:
O quê: Exposição A Eterna Procura da Cidade Azul
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa - Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Abertura: 06/02/2014, às 19h30min
Visitação: de 07/02 a 09/03/2014. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 16h.
Informações: (48) 3028-8091 / 3665-6363
Entrada gratuita
O quê: Oficina Pigmentos Naturais
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa - Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Quando: 19/02/2014. Duas turmas - 9h às 12h e 14h às 17h.
Público-alvo: educadores da Rede Pública de Ensino
Quanto: Gratuito, com limite de 25 alunos por turno
O clima de Natal ainda pode ser conferido no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no centro de Florianópolis, com a permanencia da exposição coletiva Presépios Brasileiros. A mostra foi prorrogada até o dia 20 de janeiro de 2014 para contemplar os visitantes que estão no Estado.
A agenda cultural inclui ainda a primeira exposição do presépio de Jone Cezar de Araújo, premiado em 2005 em Roma, na Itália, na 30ª Mostra Mundial Dei 100 Presepi, onde concorreu com obras de 35 países.
Iniciada na UFSC pelo historiador e folclorista Franklin Cascaes, a tradição de confeccionar um presépio rústico em tamanho natural foi levada para a praça central na década de 1970, por incentivo do museólogo Gelci Coelho, o Peninha, que queria tornar pública a arte presepista de Cascaes. Após a morte do pesquisador catarinense, em 1983, Peninha continuou o projeto e, a partir de 1994, Jone Cezar de Araújo assumiu.
De 20 de dezembro de 2013 a 02 de fevereiro de 2014 o público poderá ter acesso a oito obras do acervo de pinturas do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro de Florianópolis. A exposição Portas Abertas: o acervo oculto do Museu Histórico de Santa Catarina apresenta obras que revelam parte da composição da coleção de arte do museu.
Entre os trabalhos expostos estão criações de Sebastião Vieira Fernandes, Martinho de Haro, Darkir Parreiras e L. Auj. Moreau. A exposição aproxima o público de personagens que marcaram diferentes momentos da história catarinense.
As obras
De Darkir Parreiras (1894 – 1967) será exposto o quadro O Extermínio da Família Dias Velho. Feita em 1927 com a técnica de óleo sobre tela, a obra retrata o bandeirante paulista, Francisco Dias Velho, fundador do povoado da Ilha de Santa Catarina, e sua família. Do mesmo autor, será exposto ainda o trabalho Garibaldi e Anita, de 1921. O óleo sobre tela mostra Anita, conhecida por ser uma lenda nas lutas liberais nos dois lados do Atlântico e, por isso, é conhecida como “Heroína dos dois mundos”, e Giusepe Garibaldi, revolucionário italiano que participou da Revolução Farroupilha em terras catarinenses.
O pintor L. Auj. Moreau é representado por duas telas: Retrato de Jacinto José da Luz, de 1885, que traz o abastado comerciante na região de Desterro, esposo de Joaquina Ananias Neves e pai do ex-governador Hercílio Luz; e Barão de Cheneburg, do mesmo ano, com a imagem de Maximiliano Von Schneéburg, alemão que morou no Brasil e por cerca de 40 anos se dedicou ao governo como capitão do Imperial Corpo de Engenheiros e diretor da colônia Itajahy (Itajaí), cujo cargo ocupou até 1867.
Sebastião Vieira Fernandes (1866 -1943) é lembrado com a obra São Gerônimo, cujo ano não foi identificado, no qual retrata o santo que foi escritor e intelectual erudito, dono de uma das mais célebres bibliotecas do mundo e também conhecido por transpor pela primeira vez o Antigo Testamento em hebraico para o latim. Do mesmo autor, o público poderá contemplar, ainda, o trabalho Primeira Missa no Brasil, uma cópia de 1929 da célebre obra de Vitor Meirelles (1860) em referência ao momento histórico que representa o contato oficial dos europeus com os indígenas no Brasil. Sebastião foi discípulo e aluno de Meirelles em 1866 na Academia Imperial de Belas Artes.
De Martinho de Haro será exposta a obra O Gaúcho, de 1976, em óleo sobre tela. A exposição traz ainda o quadro Almirante Jesuíno Lamego Costa (Barão de Laguna), de autoria e data não identificadas, com a imagem de Jesuíno Lamego Costa (1811-1886) natural de Laguna, que além de militar foi deputado geral (1860 a 1872) e senador (1872 a 1886) do Império Brasileiro.
Serviço:
O quê: Exposição Portas Abertas: o acervo oculto do Museu Histórico de Santa Catarina
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa (Praça XV de novembro, 227 - Centro - Florianópolis/SC)
Quando: de 20 de dezembro de 2013 a 02 de fevereiro de 2014.
Visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 16h.