Um total de 57 imóveis históricos serão tombados como Patrimônios Culturais de Santa Catarina pela Fundação Catarinense de Cultura. As edificações, na sua maioria casarios germânicos, fazem parte dos Roteiros Nacionais da Imigração e se integram aos atuais 293 bens tombados no Estado. Não haveria ocasião mais providencial para o anúncio, segundo o presidente da FCC, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, do que o Dia do Imigrante Alemão, celebrado na terça-feira (25 de Julho), em Blumenau.
Com as novas inclusões, o número de bens imóveis tombados em Santa Catarina chega a 350, um acréscimo de 20%. As 57 edificações se encontram em sete municípios das regiões Norte e Vale do Itajaí. A cidade de Joinville lidera a lista com o maior número de bens tombados, totalizando 17, seguida por Indaial (10), São Bento do Sul (8), Jaraguá do Sul (6), Timbó (6), Blumenau (5) e Pomerode (5). O próximo passo será a publicação das sete portarias correspondentes aos municípios contemplados com os tombamentos pela FCC para a homologação pelo governador Raimundo Colombo.
O tombamento de bens materiais foi instituído por meio da Lei Estadual Nº 5.846, de 22 de dezembro de 1980, e que dispõe sobre a proteção do Patrimônio Cultural do Estado. Cabe à FCC promover a análise e o chamado tombo, processo esse que requer também o parecer do Conselho Estadual de Cultura (CEC) e consequente ato aprovação pelo governador do Estado. Os 57 imóveis recém-tombados estavam em processo de tombamento desde 2007.
Patrimônio em risco
Blumenau amanheceu na terça-feira (25) festejando o Dia do Imigrante Alemão. A data foi celebrada durante cerimônia na sede da Fundação Cultural da cidade, atualmente abrigada no histórico prédio construído em 1875 pelo fundador Hermann Blumenau. O imóvel, que faz parte dos quase 60 protegidos pelo Patrimônio Cultural de Santa Catarina naquela cidade, passou por uma recente recuperação do telhado, obra que contou com o suporte técnico da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC.
Um dos homenageados durante a solenidade, Rodolfo Pinto da Luz, destacou a tenacidade do município em manter os investimentos em cultura a despeito da crise econômica. "Nós precisamos perseverar, continuar investindo. Esses imóveis agora estão tombados, precisam ser preservados e utilizados plenamente para que esse patrimônio do passado nos ajude a respeitar o presente e o construir um futuro melhor", disse o presente da FCC.
Na tarde da mesma terça-feira, já em Florianópolis, Rodolfo também abriu outro evento singular para a área da preservação. Trata-se da Conferência Sobre Patrimônio Cultural em Risco, promovido pela FCC no Museu Histórico de Santa Catarina. Até quinta-feira (27), profissionais, instituições, estudantes e docentes universitários ligados debaterão temas e ações relacionados a medidas de prevenção, reação, recuperação e preservação do patrimônio cultural brasileiro em risco. "Trata-se de um trabalho contínuo em conhecer e diagnosticar a situação do patrimônio material já diagnosticado pelo Estado, como também estabelecer medidas mais efetivas de preservação", defendeu o presidente da FCC.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC