De 25 de agosto a 8 de setembro, o Museu Histórico de Santa Catarina, que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) administra no Palácio Cruz e Sousa, recebe a exposição [ g a v e t a (S) ], desdobramento da disciplina Ação Educativa em Espaços Culturais, oferecida no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), na graduação e na pós-graduação. A mostra, com abertura no dia 24 de agosto, às 19h, conta com obras de Airton Jordani, Ana Sabiá, Denilson Antonio, Fabio Wosniak, Josy Souza, Luciano Buchmann, Maressa Macedo, Neusa Duarte, Sandra Ramalho e Oliveira e Tatiana Cobucci.
A coletiva defende a ideia de que a mediação não deve ser a única atribuição dos educadores de espaços culturais e reivindica que eles participem de todas as etapas de cada exposição, desde a ideia inicial das mostras, até sua divulgação. As várias autorias com liberdade propositiva além de levarem em conta o conceito polissêmico de gaveta, escolhida pelo grupo, tiveram como fundamentos a concepção pedagógica de trabalho de Arte e as ideias dos autores estudados na disciplina da pós-graduação.
"O que se pode observar é que se trata de um grupo formado por pessoas com passado, trajetórias e intencionalidades distintas, o que redunda em conceitos diferentes de memória, além dos diversos modos de abordar a temática. É o que o (S) do plural de gaveta bem o anuncia. Resulta uma mostra multifacetada, mas não diluída, pois a potência dos trabalhos se concentra em um único foco, qual seja, tema memória e sua metáfora, [g a v e t a (S)], assim como no interesse de todos pela arte e pela interação dos seres humanos com ela", explica a professora da disciplina Ação Educativa em Espaços Culturais, Sandra Ramalho e Oliveira.
"Continente sócio-cultural de memórias de gerações, o Museu Histórico de Santa Catarina, também metaforicamente, consiste em uma gaveta no traçado urbano de Florianópolis, cheia de histórias e lembranças. Portanto, é muito oportuno que abrigue esta mostra", completa.
Sobre as obras:
- Gaveta[s] compartilhadas é o título que Josy Souza deu ao conjunto de desenhos, ilustrações que dialogam entre si, compartilhando diversos sentidos em torno da ideia de trocas de memórias, inter-relações mediadas por matéria simbólica.
- Luciano Buchmann intitula seu trabalho de memória subterrânea. Retoma sua trajetória, na qual registrava e dava sentido a “dores, amores, rancores, sabores”. Ele desenha aspirações que contêm a angústia dele e de milhares de brasileiros impotentes diante de forças dominantes.
- Ana Sabiá apresenta um conjunto de três trabalhos, cada qual com três versões, trípticos contemporâneos sob a temática Bela, recatada e do lar, 2016(I, II e III), uma alusão ao momento político vivenciado no país, perspectiva específica de questionamento feminista, seu objeto de estudo permanente.
- Airton Jordani apresenta seu trabalho intitulado Fundo da gaveta, fundo da memória, fotografias antigas de família, reconfiguradas pela técnica criada por Aloísio Magalhães, a partir de colagens de múltiplos cartões postais, denominada cartema.
- Lembrar é Existir é o título dado por Tatiana Cobucci ao produto da sua ideia; apõe a ele outra opção, após essa designação, acrescenta “ou”, e “como viver verdadeiramente se o aqui não o é mais e se tudo é agora?”, o que já diz muito sobre seu trabalho.
- Neusa Duarte intitulou seu trabalho de Por dentro de mim, dizendo que é a criadora e conservadora das suas memórias, que contam sua história, traduzida em gavetas que escondem lembranças às vezes empoeiradas.
- Corpo-Encontro-Acontecimento-Conhecimento ou somente um ensaio sobre o corpo é o título do trabalho de Fábio Wosniak, que nos desafia a “aprender a arte de mal-aprender, de saber que aprender é pensar e pensar é se divertir, pensar sozinho. Ninguém se perde por não entender.”
- Maressa Macedo, em Fique à vontade, só não mexa em nada, questiona: o que determina a memória é o nível de consciência no momento da experiência? Existem níveis diferentes de consciência? Quais as memórias que guardo da infância? Se eu não visse nenhuma foto, lembraria do que elas mostram?
- Denilson Antonio quer despertar o olhar para dentro da ideia De cabeça em cabeça, vasculhando os arquivos da memória e vislumbrando sempre a ação educativa, prioridade sua, por ser ele um educador de museu. A memória olfativa, gustativa e visual dos indefectíveis coquetéis de vernissage também é colocada em xeque, dada a invisibilidade do incompatível entre uma sala de exposição e o empapuço de petiscos gordurosos e calóricos – tema tantas vezes abordado pelo cinema - , salvo se os próprios alimentos fossem a matéria da poética objeto da mostra.
Serviço:
O quê: Exposição [ g a v e t a (S) ]
Abertura: 24 de agosto de 2016, às 19h
Visitação: de 25 de agosto a 8 de setembro de 2016. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Onde: Sala Martinho de Haro - Museu Histórico de Santa Catarina
Localizado no Palácio Cruz e Sousa - Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Informações: (48) 3665-6363
Fonte: Ascom FCC, com informações da organização do event
O Conselho Estadual de Cultura acaba de criar uma ferramenta para receber sugestões para a concessão da Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa deste ano. Entre os dias 17 de agosto e 12 de setembro, o CEC recolherá sugestões da sociedade civil organizada de nomes a serem agraciados com a Medalha. A indicação do candidato pode ser feita por pessoas físicas e instituições e serão recebidas exclusivamente por meio do preenchimento deste formulário.
Após esse período os conselheiros farão a escolha final dos nomes sugeridos e devem selecionar até oito pessoas. Interessados em participar da consulta podem ainda enviar fotos ou vídeos. Nesse caso, o material extra deve ser encaminhado ao email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com o nome sugerido no campo “assunto” do email.
A Medalha do Mérito Cultural “Cruz e Sousa” – criada pelo Decreto 4.892/1994 – é um prêmio simbólico concedido desde 1997 aos autores de obras literárias, artísticas, educacionais ou científicas relativas ao Estado de Santa Catarina e reconhecidas como de real valor, ou a quem tenha contribuído de modo eficaz para o enriquecimento ou a defesa do patrimônio artístico e cultural do Estado.
A cerimônia de outorga será realizada no mês de novembro. Em breve serão divulgados o local e o horário. A relação dos agraciados das últimas edições pode ser acessada aqui.
Estão abertas as inscrições para três oficinas que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) oferece no segundo semestre de 2016 por meio das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC): Linguagem Visual, Papel Reciclado e Teoria das Cores. Interessados têm até o dia 28 de agosto para realizar a etapa on-line de inscrições (links abaixo). As aulas serão ministradas pela professora Patrícia Amante.
Etapa presencial: de 29 a 30 de agosto, das 14h às 18h, na secretaria das Oficinas de Arte do CIC. Haverá sorteio público, para preenchimento das vagas, no dia 31 de agosto, às 15h.
Professora: Patrícia Amante
Dias e horário das aulas: a partir de 02/09, sempre às sextas-feiras, das 10h às 12h, até 25 de novembro de 2016.
Ementa da oficina: Elementos de desenho (conceituais, visuais e relacionais) e de composição visual (formas geométricas). Percepção visual. Teoria da cor. A Teoria da Gestalt e as categorias conceituais. Composição de formas bi e tridimensionais. Técnicas de criatividade para a criação visual.
Número de vagas disponibilizadas: 10.
Local das aulas: Sala 5 das Oficinas de Arte do CIC (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis - SC).
Etapa presencial: de 29 a 30 de agosto, das 14h às 18h, na secretaria das Oficinas de Arte do CIC. Haverá sorteio público, para preenchimento das vagas, no dia 31 de agosto, às 15h.
Professora: Patrícia Amante
Dias e horário das aulas: a partir de 06/09, sempre às terças-feiras, das 10h às 12h, até 29 de novembro de 2016.
Ementa da oficina: A oficina de Papel Reciclado tem como objetivo proporcionar conhecimentos sobre as técnicas de manufatura do papel, desenvolvendo a capacidade criativa e a percepção na construção de papéis, através da prática de ateliê, estimulando a construção criatividade através do processo individual (emoções, vivências, memória). Apresentar os vários processos na fabricação do papel.
Número de vagas disponibilizadas: 08.
Local das aulas: Sala 5 das Oficinas de Arte do CIC (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis - SC).
Etapa presencial: de 29 a 30 de agosto, das 14h às 18h, na secretaria das Oficinas de Arte do CIC. Haverá sorteio público, para preenchimento das vagas, no dia 31 de agosto, às 15h.
Professora: Patrícia Amante
Dias e horário das aulas: a partir de 08/09, sempre às quintas-feiras, das 14h às 16h, até 24 de novembro de 2016.
Ementa da oficina: Fundamentos e princípios básicos da cor. O olho e o cérebro. Percepção e sensação. Forma e cor. Composição das cores. Conceitos (saturação, valor, tom, harmonia, contraste, etc). Cor luz e cor pigmento. Psicodinâmica das cores. Uso da cor no design gráfico e de produto.
Número de vagas disponibilizadas: 15.
Local das aulas: Sala 5 das Oficinas de Arte do CIC (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis - SC).
A Univille promove o simpósio Paisagens culturais e arqueológicas: contribuições para a problematização do patrimônio cultural, que ocorrerá no III Encontro Internacional Interdisciplinar sobre Patrimônio Cultural a ser realizado nos dias 22 e 23 de agosto de 2016, na Universidade, em Joinville. Inscrições e mais informações no site http://www.univille.edu.br/
O evento irá abordar o patrimônio cultural, que entre as suas incontáveis dimensões pode ser pensado a partir da materialidade, essa, é claro, no seu sentido mais amplo que transcende a dicotomia material versus imaterial, e se apresenta como todas as coisas do mundo permanentemente conectadas, humanos, plantas, animais, água, pedras, barro... como as conexões entre humanos e a Árvore das Almas e a divindade Eywa de Avatar. Deste imbricamento tem-se paisagens. Este simpósio propõe reunir pesquisadores que têm pensado sobre as culturas e o patrimônio cultural a partir das coisas e destas enquanto paisagens. Sejam coisas e paisagens atuais, ou antigas.
Ocorreu na tarde desta terça-feira (16), no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), a abertura do curso Museu, Memória e Cultura Afro-Brasileiro que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove, por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC), em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus - Ibram, Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Udesc - Universidade do Estado de Santa Catarina (NEAB/UDESC).
A tarde começou com a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin, dando as boas vindas ao público. Na sequência, foi dado início à mesa-redonda Museu, Memória e Cultura Afro-Brasileira, com a participação de Cinthia Maria Rodrigues Oliveira, coordenadora COMUSE/IBRAM; prof. Paulino de Jesus Francisco Cardoso, coordenador NEAB/UDESC; Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro, analista de Cultura/SOL/Doutoranda HST UDESC; Carolina Freitas, coordenadora dos Pontos de Cultura da FCC; com mediação de Eugenio Pascele Lacerda, da Fundação Catarinense de Cultura. Ao fim da mesa-redonda, a senhora Maria Teresinha Agostini foi homenageada por ser a primeira mulher a assumir a presidência da Irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos em 260 anos de história da instituição.
Na segunda parte do evento, o público participou de conferência com a profª Maria das Graças Teixeira, que falou sobre sua experiência como diretora do MAFRO e professora da UFBA. Para encerrar o evento, a atriz e cantora Roberta Lira apresentou uma emocionante performance no palco do Cinema.
O Curso Museu, Memória e Cultura Afro-Brasileira destina-se a 30 profissionais que estão atuando em instituições museológicas, em Pontos de Memória, Pontos de Cultura e, ainda, a pesquisadores e acadêmicos que atuem na área do Patrimônio Cultural, todos do estado de Santa Catarina.
Com duração de quatro meses, os encontros presenciais ocorrerão mensalmente em Florianópolis, a partir desta quarta-feira (17). As atividades complementares a distância serão desenvolvidas com os participantes ao longo de todo o curso, no espaço virtual Saber Museus/Ibram.
A capacitação será ministrada pela historiadora, museóloga, doutoranda em Museologia e consultora do Ibram/OEI, Maristela Simão. Segundo ela, “o objetivo principal é promover o processo de educação colaborativa referente às questões sobre Museu, Memória e Cultura Afro-Brasileira, envolvendo e estimulando iniciativas e o protagonismo social dos Pontos de Memória e Cultura, e de Instituições Museológicas que tratem da temática em Santa Catarina. O que se pretende é socializar e discutir metodologias, meios e insumos necessários para pesquisar, registrar, preservar e difundir iniciativas culturais sobre patrimônio afro-brasileiro, a fim de garantir sua valorização na cultura nacional, o respeito à diversidade e o fortalecimento de ações e políticas educativas de combate ao racismo e a discriminações”.
A abertura do evento para o público em geral, está prevista para o dia 16 agosto de 2016, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com conferência, mesa-redonda e apresentações culturais. Os encontros terão início no dia seguinte, 17 de agosto, no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis.