No dia 6 de julho, a partir das 14h, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) será o ponto de encontro dos educandos da Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC) durante o evento Café Cultural. O evento também marca a comemoração pelo 10º aniversário da parceria da ACIC com o Núcleo de Ação Educativa (NAE) do Museu.
Em forma de sarau, os educandos participarão de apresentações de dança e música, declamação de poesia, trocas de experiências sobre livros e filmes. A atividade deve durar cerca de 1h30.
O Café ocorre semestralmente e tem por objetivos auxiliar os educandos da ACIC a perceberem o ato de ler como algo prazeroso, que traz benefícios a todas as instâncias da vida, além de propiciar o acesso a variadas vertentes culturais e aproximar os alunos de múltiplas obras, envolvendo diversos gêneros literários, filmes, música, dança e outros aspectos artísticos.
A relação do homem com o meio ambiente e os desastres naturais de grandes proporções são os motes da mostra audiovisual 7,7º Memorial de alteração do eixo da Terra, que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apresenta de 6 a 24 de julho. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, no espaço expositivo do Museu localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.
A mostra é fruto da dissertação de mestrado realizada por Gustavo Antoniuk Presta (Guto Presta), no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Ceart/Udesc). Serão exibidos ao público três audiovisuais: O Mar de Omar, Material? e Tapa no OlhO.
Mais sobre os filmes:
O Mar de Omar: parte da pesquisa de mestrado de Guto Presta, o documentário fala sobre a relação do ser humano com a natureza a partir da história de Omar, um pescador chileno que durante 14 anos viveu em uma casa construída com as próprias mãos, sobre as pedras do canto esquerdo de uma praia no Pacífico Sul, utilizando madeiras trazidas pelo mar e materiais recicláveis.
No dia 27 de fevereiro de 2010, o sul do Chile foi sacudido por um dos terremotos mais fortes da história do país, que alterou o eixo da terra em cerca de 7,7º. Minutos depois, um tsunami com ondas de até dez metros devastou a costa chilena. Três anos depois da catástrofe, Guto Presta retornou ao Chile para ver como Omar estaria reconstruindo sua vida após a traumática experiência de perder tudo. A partir das memórias do desastre natural, Omar fala sobre sua vida e sua conexão com o mar e com a natureza.
Material?: o filme relembra o tsunami de 2010 nas ilhas localizadas no encontro do rio Maule com o mar. Em 27 de fevereiro daquele ano, havia mais de 300 pessoas acampadas nas ilhas que foram encobertas por três ondas com mais de 10 metros de altura cada. Passadas as três maiores ondas do tsunami, restavam menos de 10 pessoas nas ilhas para serem resgatadas. Qual é o tamanho e a posição do homem nas escalas das relações naturais? Material? é uma homenagem e uma memória de um desastre que talvez pudesse ter sido evitado.
Tapa no OlhO: ensaio fotográfico apresentado em formato audiovisual. Concentra-se na impossibilidade da fruição visual contemplativa da natureza como paisagem utópica. Através dos lixos registrados em praias desertas, a presença humana negativa se faz visível. É uma reflexão sobre o destino dos dejetos e carcaças que consumimos e conservamos durante a vida. Para onde vai o lixo depois de jogado 'fora'?
Serviço:
O quê: Mostra audiovisual 7,70 Memorial de alteração do eixo da Terra
Quando: de 6 a 24 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
O Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), torna público seu Plano Museológico elaborado coletivamente pela equipe, em acordo com o disposto no Estatuto dos Museus (lei 11.904, de 2009) e finalizado em março de 2016.
O Plano pode ser consultado na página “documentos institucionais” do site do Museu.
A Fundação Cultural Badesc, localizada em Florianópolis, recebe duas exposições de arte no mês de julho: Obra, de Diego Passos e Juliano Ventura, fica aberta à visitação no Espaço Fernando Beck de 9 de junho a 14 de julho; O Nômade e o Sedentário, de Diane Sbardelotto, tem visitação até 28 de julho no Espaço 2.
Obra - De Diego Passos e Juliano Ventura
A exposição articula proposições artísticas que abordam elementos e emergências de diferentes espaços vivenciados nas cidades por meio de experimentos gráficos, inscrições, deslocamentos e reorganização de fragmentos urbanos dispersos.
Diego Passos é artista visual mestre em Poéticas visuais pelo PPGAV da UFRGS. Co Editor da edições água para cavalos. Juliano Ventura é artista visual graduado no Instituto de Artes da UFRGS. Mestrando em Processos artísticos contemporâneos no PPGAV, CEART - UDESC. Colaborador do grupo Observatório-móvel. Co Editor da edções agua para cavalos.
O Nômade e o Sedentário - De Diane Sbardelotto
A exposição apresenta trabalhos de uma pesquisa poética iniciada há quase dez anos em torno do “molde” de costura, a partir da experiência de trabalho em uma fábrica de roupas. A partir da trajetória do projeto, para esta exposição as obras tratam de investigações como objeto-roupa-pintura-escultura e foto-performances. O trabalho é permeado por questões do disforme, repetição, maleabilidade, pensadas a partir dos conceitos de nomadismo e sedentarismo. Diane é bacharel e licenciada em Artes Visuais (Unochapecó e UFRGS). Sua trajetória artística é extensa com exposições em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Integra o grupo de pesquisa ARCOE: Arte Corpo Ensigno, da UFRGS, onde pesquisa sobre a professor artista e os aparelhos disciplinares.