O violonista Yamandú Costa leva para o palco do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), seu show "Esperançar". A apresentação será neste sábado (25), às 21h.
"Esperançar" tem a intenção de dividir com as pessoas um momento que todos vivemos, um momento que trouxe muita incerteza, onde a música e as artes em geral, tiveram um papel mais fundamental que nunca. Parece que a dúvida que sempre tivemos em relação a esses entretenimentos ficou muito clara durante a pandemia. Sentimos a necessidade de ler um livro, ouvir uma música, de se encontrar na beleza de um quadro. Sentimos profundamente a importância que a arte tem na manutenção do nosso intelecto e do nosso sentimento, do nosso sentir.
"Quando fiquei em casa, durante essa temporada, em que todos os concertos começaram a ser cancelados, entrei numa imersão de composição que foi de alguma maneira algo muito salvador. Do ponto de vista psicológico, consegui colocar metas para atingir e consegui fazer com que o tempo tivesse mais interesse. Esperançar retrata exatamente isso: são músicas que eu vou explicando no decorrer do concerto, do por quê foram feitas, de que forma foram feitas, e pra que foram feitas. Tem músicas que foram feitas em homenagem a lugares que eu não conseguir, em homenagem a situações que eu vivi dentro da minha casa no confinamento. Há muitas experiências, muitas inquietudes, muitas incertezas que todos nós compartilhamos: essa insegurança enorme do que viria pela frente. É muito bom poder estar levando esse concerto ao Brasil mostrando pras pessoas um pouco dessas experiências de uma forma positiva", conta Yamandu.
Sobre o artista
Aclamado pela crítica, Yamandu Costa tem encantado as plateias de todos os lugares onde leva sua incomum habilidade e sonoridade. Em suas inesquecíveis performances – solo, acompanhado de outros músicos ou com orquestras – carrega a marca da música do sul do continente americano, mas incursiona admiravelmente por diferentes gêneros musicais, formando junto com seu violão de sete cordas uma rara simbiose.
Apesar de jovem, Yamandu Costa tem uma longa carreira. Nascido em uma família de músicos do sul do Brasil, subiu ao palco pela primeira vez aos 5 anos de idade, cantando; aos 6 anos seu pai lhe deu de presente seu primeiro violão; aos 21 ganhou o Prêmio Visa Instrumental, então o maior reconhecimento da música brasileira que o possibilitou gravar seu primeiro álbum solo. A partir daí inicia uma profícua carreira: são diversos álbuns, solo ou em parcerias; muitos concertos no Brasil e no exterior; prêmios importantes, entre os últimos, ganhou o Grammy Latino em 2021, como melhor álbum de música instrumental com “Toquinho & Yamandu Costa – Bachianinha” (Live at the Rio Montreux Jazz Festival).
"Tem que ouvir o Yamandu/ com seu violão ligeiro/ parece que é pressa/ mas é só suingue à beça / e bossa e pulsação no corpo inteiro…"