A Casa de Campo do Governador Hercílio Luz, museu que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) administra em Rancho Queimado, está com uma decoração especial para este Natal, com o objetivo de valorizar a Casa, sua arquitetura, ressaltar as araucárias do jardim, sendo algumas centenárias; bem como sensibilizar as crianças, jovens e adultos que a visitam nesta época do ano. A Casa está toda iluminada com cascatas de Natal, presépio luminoso, guirlanda na janela, decoração na sacada e um presépio em madeira no jardim, feito por artesãos locais.
Dentro da casa, o auditório está decorado com um pinheiro alemão, enfeitado com anjos de palha de milho, confeccionados por mãos talentosas da comunidade. Toda essa iluminação e decoração estreou com a abertura da Festa do Morango, no dia 27 de novembro, quando a cidade recebeu muitos visitantes, e se estenderá até 6 de janeiro de 2016.
A Casa de Campo do Governador Hercílio Luz está localizada na rua Paulo Sell, nº 428, no Distrito de Taquaras, em Rancho Queimado. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sexta-feira, das 13h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 17h. Mais informações pelo telefone (48) 3275-1453 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Museu Arqueológico de Sambaqui
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) disponibilizará filmes do cineasta catarinense Penna Filho para instituições culturais e educativas catarinenses interessadas em promover exibições gratuitas dos filmes do cineasta radicado no estado desde a década de 1990. O MIS/SC é administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL).
As instituições interessadas em realizar as exibições em 2016 já podem entrar em contato com o MIS/SC pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (48) 3664-2653 (de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h).
Filmes disponíveis:
Das Profundezas (2013)
Projeto de longa-metragem que resgata a saga dos mineiros do carvão do sul catarinense. Narra a história de uma greve histórica que resultou na primeira experiência de autogestão operária no sul do Brasil, além de mostrar as perigosas e lamentáveis condições de trabalho no interior das minas. Duração: 1h28min
Doce de Coco (2009)
Doce de Coco narra a história de Madalena, uma sacoleira, e seu marido Santinho, artesão sacro, num momento em que a crise econômica do país também abala as finanças da família. Para sair da situação difícil em que se encontra, o casal apela para as apostas na loteria, até que a mulher tem um sonho fantástico: a existência de um tesouro enterrado no cemitério da pequena cidade em que vive, a imaginária Fartura. O problema é desenterrar o tesouro, quando o casal vive situações embaraçosas e hilariantes. Duração: 1h44min
Um Craque Chamado Divino – Vida e Obra de Ademir da Guia (2006)
Longa-metragem documental sobre a trajetória de Ademir da Guia, filho do lendário Domingos da Guia. Através de amplo material de arquivo e depoimentos, Penna Filho faz um resgate da história deste que foi um dos mais expressivos craques do futebol brasileiro dos anos 60 e 70 e maior ídolo do Palmeiras. Duração: 112 min
Alma Açoriana – Vestígios e Memória da Cultura Açoriana na Ilha de Santa Catarina (2002)
O legado cultural da colonização açoriana na Ilha de Santa Catarina, Brasil, na memória e vivência dos descendentes luso-açorianos. Duração: 50min
Fendô – Tributo a uma Guerreira (2000)
Média-metragem sobre a centenária Féndô, uma índia Kaingang de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e sua participação na longa luta para a recuperação das terras da comunidade do Toldo Chimbangue. Duração: 25min
Victor Meirelles – Quadros da História (1996)
Através de uma jornalista fictícia, o filme mostra a carreira e obra do pintor brasileiro Victor Meirelles, com destaque para os quadros históricos A Primeira Missa no Brasil, Combate Naval de Riachuelo e Batalha de Guararapes. Duração: 23min
Naturezas Mortas (1995)
Naturezas Mortas acompanha a trajetória de um trabalhador de subsolo, mostrando sua degradação física, o envelhecimento precoce, a contaminação pela pneumoconiose – doença incurável para quem se expõe à poeira de carvão. Paralelamente, revela a degradação ambiental motivada pela mineração no subsolo a céu aberto. Duração: 16min
Mais sobre vida e obra de Penna Filho
Nasceu em 11 de março de 1936, em Vitória (ES). Jovem, iniciou a carreira nas emissoras de rádio capixabas, exercendo múltiplas funções como locutor, radioator, redator, repórter, produtor e diretor artístico.
Aos 23 anos, transferiu-se para São Paulo, respondendo pelo departamento de divulgação da Organização Victor Costa, empresa composta, na época, pela TV Paulista e rádios Nacional e Excelsior, adquirida posteriormente pelas Organizações Globo.
Após a experiência na emissora, decepcionado com a repressão e censura da ditadura, passou a dedicar-se à sua paixão pelo cinema, atuando como ator, continuísta e assistente de direção.
Sua estreia como diretor foi em Amores de um cafona (1969), uma comédia romântica e intimista, que resultou num filme de “caco” típicos da chamada chanchada carioca; o segundo foi O Diabo tem mil chifres (1970), que a censura do regime militar considerou “imoral e iconoclasta”; e o terceiro foi Até o último mercenário (1971), uma aventura produzida por Ary Fernandes no estilo dos seus seriados Vigilante Rodoviário e Águias de Fogo.
O longa O Diabo tem mil chifres marcou a carreira e a vida de Penna Filho. Foi seu trabalho mais pessoal, retido pela censura até o final dos anos 1970. Durante aquele período, passou afastado do cinema, dedicando-se à televisão com trabalhos na TV Globo (Globo Repórter e Fantástico) e na TV Cultura. A série documental Câmera Aberta, da Cultura, que assinou como editor e para a qual dirigiu vários documentários, teve o reconhecimento da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) em 1982/1983, com o Prêmio de Melhor Programa de Pesquisa.
Envolvido em novos projetos, transferiu-se para Florianópolis (SC), onde se dedicou à publicidade e aos vídeos educativos. Com o curta-metragem Naturezas Mortas (1995), Penna Filho retorna ao filme de 35mm. O curta ganhou o Prêmio Resgate do MinC, o Kikito do Júri Popular, no Festival de Gramado, o Margarida de Prata da CNBB, e o prêmio de Melhor documentário do 25º Festival Internacional de Cinema do Algarve, Portugal.
Em Alma Açoriana (2001), o diretor revelou seu olhar sobre a cultura da Ilha de Santa Catarina, retratando a sabedoria e a simplicidade do povo açoriano. Em 2006, dirigiu o documentário Um craque chamado Divino, sobre Ademir Guia, um dos mais expressivos nomes do futebol brasileiro dos anos 1960 e 1970.
Penna Filho sempre esteve comprometido com as causas sociais e levou para as telas personagens que considerava excluídos da “história oficial”, como Ademir da Guia, o pintor Victor Meirelles e a índia kaingang Fendô e sua longa luta para a recuperação das terras do seu povo, no Oeste de Santa Catarina.
Com Doce de Coco (2009), o diretor voltou à ficção. Vencedor do Prêmio Cinemateca Catarinense, o filme foi visto por mais de 30 mil pessoas e ganhou reconhecimento nacional com a sua seleção para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores das minas de carvão voltaram a ser protagonistas no longa-metragem Das Profundezas, que também recebeu o prêmio da Cinemateca Catarinense. O último filme dirigido por Penna Filho foi inspirado em fatos reais e retrata a greve histórica realizada em 1987, que resultou na primeira experiência de autogestão operária no sul do Brasil. Preparado para atuar em condições extremas, o diretor desceu a mais de 150 metros de profundidade para mostrar as perigosas e lamentáveis condições de trabalho no interior das minas.
Penna Filho faleceu aos 79 anos, em Florianópolis, no dia 30 de abril de 2015, e deixou uma importante obra que a mostra pretende difundir.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Ocorreu nesta quarta-feira (9), às 9h, no Museu Histórico Emílio da Silva, em Jaraguá do Sul, a entrega da indumentária criada pelas alunas do curso Técnico em Modelagem do Vestuário do Senai, que recria o traje de época do fundador de Jaraguá do Sul, Emílio Carlos Jourdan e da esposa, Dona Helena. Trata-se de um projeto aplicado com estudantes do terceiro e último módulo do curso, que conta com a coordenação de duas professoras e uma coordenadora. As peças serão doadas ao museu e expostas na sala temática de colonização do museu. Além de pesquisa sobre a vida do casal e sobre a indumentária da época, o projeto contempla desenho manual e digital dos croquis, a construção dos diagramas e moldes, risco e corte dos protótipos, descrição da sequência operacional, elaboração da ficha técnica, além de confecção e análise da viabilidade dos trajes.
A pesquisa teve início através de uma imagem do período de 1870, que corresponde ao início da trajetória do casal pelo Brasil. A proposta envolveu pesquisa sobre o uso das cores da época, aviamentos, comportamento, tecidos e fibras, que não eram sintéticas, além da não utilização do zíper, segundo as professoras envolvidas, Josiani Momm, da disciplina de Modelagem e Costura, e Carla Feder Wick, de desenho e ficha técnica. Os tecidos da época eram naturais, de acordo com as professoras, à base de algodão, linho e cânhamo.
Uma das dificuldades na produção dos trajes envolveu o reconhecimento das peças, bem trabalhadas e com modelagem complexa, através de uma fotografia em preto e branco que não permite o reconhecimento de muitos detalhes da camisa de Jourdan, por exemplo. As características do traje feminino épico envolvem muitos babados, franzidos, rendas e rufos na gola e mangas, o que denota a dificuldade técnica de execução do projeto. As mulheres da época deixaram de lado a crinolina, uma armação feita inicialmente com crinas de cavalo trançadas e depois, a partir de 1855, produzidas pela indústria, com tirantes e arames de aço, pelo crinolinete, mais confortável, com armação do vestido na parte posterior com a frente reta.
Depois do estudo inicial chegou-se à conclusão de que Dona Helena usava um vestido composto por duas peças (corpete e saia), além de uma espécie de jaqueta, formando uma sobressaia. Na indumentária masculina, três peças principais foram criadas: casaca, colete e calça.
Fonte: Museu Histórico Emílio da Silva
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC