O Ateliê de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor), vinculado à Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), ganhou um novo aliado na tarefa de preservar e restaurar obras de valor histórico para Santa Catarina: um microscópio eletrônico de varredura com analisador de raio-x. A tecnologia holandesa é capaz de ampliar em até 100 mil vezes a imagem das amostras de obras e esculturas de arte, facilitando a identificação dos elementos e morfologia dos materiais e proporcionando resultados mais precisos e confiáveis do que com o método clássico de análise por reação química.
"É nosso dever zelar pela preservação de obras importantes para a história e cultura catarinense e este investimento vem a somar nesta busca por excelência em nossos serviços de conservação e restauração", comenta a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin. O laboratório do Atecor é pioneiro em Santa Catarina em pesquisas relacionadas à química aplicada à conservação de bens culturais.
"O microscópio Phenom Pro-X de bancada irá auxiliar as demandas de análises de rotina solicitadas pelos conservadores-restauradores do Atecor, ajudará a propor medidas mais seguras nos processos de intervenção em determinados tipos de materiais e, quando possível, na datação de obras pelo tipo de material encontrado na amostra", explica o químico responsável pelo Ateliê, Thiago Guimarães da Costa.
Um dos projetos que ganhará impulso com a aquisição do equipamento é o que a FCC realiza em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina em busca da autoria de obras datadas do século XIX que fazem parte do acervo do Museu Histórico de Santa Catarina (saiba mais). A compra do microscópio representou um investimento na ordem de R$ 270 mil em recursos da FCC.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Com informações da assessoria da Bienal
Cozinha pedagógica ao ar livre é a experiência que alunos de gastronomia vivenciam no 1º Past Food – Sabores Sambaquianos, projeto que o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) e a Universidade da Região de Joinville (Univille) promovem até o dia 29 de maio.
O evento responde ao tema da 13ª Semana de Museus: Museus para uma Sociedade Sustentável. A ideia é levar o público a pensar o museu como laboratório de práticas sustentáveis, além de divulgar dados científicos obtidos de escavações arqueológicas e outros estudos.
A atividade é realizada dentro das disciplinas de Metodologia Científica e História da Alimentação e Habilidades de Cozinha. A base para todo o processo foram oito artigos de arqueologia cedidos pelo MASJ. “Eles extraíram de leituras aquilo que seria possível utilizar nesta prática experimental”, conta Roberta Meyer, coordenadora do museu.
O Past Food nasceu em 2013, a partir de pesquisas da equipe técnica do museu. “Pensamos numa forma mais fácil de mostrar à comunidade como muitos costumes dos povos coletores-caçadores-pescadores estão atrelados à nossa realidade alimentar”, completa Roberta.
O combustível dos estudantes são os insumos alimentares, a exploração de recursos naturais, o possível modo de coleta e de preparo e a criação de receitas adaptadas de modo a ficarem mais próximos à tecnologia do passado. Saem fogões, fornos e microondas e entram fogueiras de chão.
A prioridade é dada a alimentos encontrados no ecossistema da região norte, observados na dieta dos grupos estudados nos sambaquis Cubatão I, Espinheiros II, Morro do Ouro, Enseada e Itacoara. Assim, tais registros primitivos dialogam com as práticas modernas.
Como a primeira edição se concentra na dieta alimentar dos sambaquianos, os alunos foram separados em sete grupos: peixes, berbigão, batata-doce, milho, marisco, pinhão e cará. Para isso, todo o processo contou com suporte teórico da equipe técnica do Museu de Sambaqui. “Além de observamos a evolução de hábitos alimentares, trazemos para o dia a dia a herança cultural desses povos antigos”, comentou Carmen Amaral, estudante e cozinheira profissional.
Perto da cozinha, artefatos antigos são expostos no bistrô, como pontas de lança e machadinhas. Os materiais ancestrais se confundem com os utensílios domésticos usados pelos alunos para limpar cada alimento. Todos estavam trajados conforme as exigências sanitárias.
Robalos, berbigões e batatas-doce aos poucos eram dispostos em argila, folhas de bananeiras ou panelas de barro. De tempero, no máximo sal. Nada de óleo ou panela de inox. Os preparados seguiam para pedras em buracos improvisados no pátio, com fogo obtido de gravetos. “Hoje é tudo ágil, simples e prático. É legal tentar compreender como nossos antepassados cozinhavam”, falou a estudante Elaine Sales, que pela primeira vez teve contato com cará.
A organização é do curso de Gastronomia e da pós-graduação de Arqueologia, ambos da Univille, em conjunto com o Museu de Sambaqui. Na semana que vem, as atividades continuam. Haverá degustação pública das receitas testadas e uma palestra no dia 29. Ainda será produzido um artigo científico a ser apresentado no Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, em setembro.
Programação
Dias 22, 25 a 29 de maio – atividades experimentais em dois horários (8h30 às 12h e19h às 22h30). Alunos de Gastronomia da Univille fazem releituras de receitas a partir dos insumos consumidos pelos grupos pré-coloniais.
Local: curso de Gastronomia. Equipe do MASJ participa da atividade.
Dia 25 de maio – seminário científico em dois horários (8h30 às 12h e 19h às 22h30).
Local: Centro de Artes e Design da Univille. Equipes do MASJ e Univille.
Dia 29 de maio – degustação e palestra com a professora Mariana Corção (UFPR).
Atividade aberta ao público, a partir das 19h.
Local: Centro de Artes e Design da Univille.
(Publicado originalmente no site da Prefeitura de Joinville)
Fonte: Prefeitura Municipal de Joinville
Fonte: Página do evento no Facebook
Em junho, a Banda Stagium 10 recebe seus convidados para uma noite de homenagens a compositores brasileiros no show Pérolas Musicais, dentro da programação do CIC 8:30 - Grandes Encontros, projeto mensal da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis. O espetáculo contará com a participação da Banda Sabor Brasil, e dos músicos Elizabeth Faraco e Jorge Coelho no dia 10, às 20h30min, com ingressos a R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada.
Há cinco anos a Stagium 10 apresenta o show Pérolas Musicais, com o objetivo de proporcionar ao público uma boa informação musical, com repertório de Música Popular Brasileira selecionado dentre as músicas mais conhecidas. Entre os compositores que fazem parte do espetáculos estão grandes nomes como Tom Jobim, Paulinho da Viola, Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Milton Nascimento, Edu Lobo, além de um artista da terra que é homenageado a cada edição. De cada um, o público fica conhecendo um pouco da história e algumas de suas preciosas composições.
A Stagium 10 é formada pelos músicos José Ribeiro - Maestro Zezinho (violão, guitarra e direção musical); Nelson Padilha (piano e acordeon); Valter da Silva (contrabaixo); Luiz Roberto Ribeiro (bateria); Paulo Vinicius Rampinelli (flauta e saxofone); Patrícia Ribeiro (vocais e produção geral); Débora Machado (vocais e direção artística); Ana Claudia Mondini Ribeiro (vocais); e Gisele Garcia Vianna (vocais).
A banda existe desde a década de 1970, quando foi formada por músicos remanescentes das orquestras do Clube Doze de Agosto e do Lira Tênis Clube que se juntaram para tocar na famosa "Sexta Feira de Casais", no Clube Doze de Agosto. A sintonia do grupo deu certo e eles passaram a tocar em festas e eventos, renovando-se constantemente nestas últimas quatro décadas.
Banda Sabor Brasil
Uma das convidadas da noite nasceu em 2008, quando um grupo de amigos se reuniu decidido a trazer o melhor da bossa nova e da MPB de volta aos bares de Florianópolis. O grupo recebeu o nome de Sabor Brasil, pois valoriza vocais e piano nas suas apresentações. Os referenciais são os conjuntos vocais da bossa nova, como o Quarteto em CY e o MPB-4. As vozes da banda são de Luciane Daux, Leonora Damerau, Wolney, Leandro, Tirzinho, Belinha, Regiani, Spiri e Aurélio das Antigas.
Jorge Coelho
Começou a tocar violão aos 16 anos de idade, influenciado pela beatlemania e pela jovem guarda. Aos 18 anos, passou a integrar-se a grupos musicais da região Sul de Santa Catarina, onde também se destacou como compositor em vários festivais.
Em 1967 transferiu-se para Florianópolis, onde foi contemplado com o prêmio Cultura Viva, da FCC, que incentivava a gravação de CDs por artistas catarinenses. O primeiro CD, Paixão Açoriana, foi lançado em 1997 com 10 composições próprias, além de duas canções de autoria de Zininho e Luiz Henrique Rosa. Em 1999, lançou o trabalho Zimba, com 13 faixas autorais; e em 2003 foi a vez do álbum Farol dos Naufragados.
Elizabeth Faraco (Beta)
Natural de Florianópolis, pós-graduada em Serviço Social pela UFSC, escolheu a música como sua segunda profissão, embora seu coração diga que é a primeira. Nasceu numa família numerosa e musical, onde o que mais se ouvia eram peças de ópera.
Estudou piano e aprendeu violão com seus irmãos. Seu primeiro contato com o canto foi no grupo jovem do Emaus. Passou a cantar em cerimônias de casamentos e diversos eventos. Participou de algumas edições do projeto Vozes da Primavera, do grupo Acorde Vocal, além de musicais no teatro.
Serviço:
O quê: Pérolas Musicais - CIC 8:30 - Grandes Encontros
Quando: 10/06/2015, às 20h30min
Onde: Teatro Ademir Rosa - Centro Integrado de Cultura (CIC) - Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Ingressos: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada
Informações: (48) 3664-2628 (bilheteria do Teatro)
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC