No dia 20 de novembro de 2013 ocorreu no Museu Municipal Histórico e Geográfico Augusto Casagrande, em Criciúma, um debate para a construção do plano museológico da instituição. O encontro teve como objetivo socializar conhecimentos sobre a história e a geografia criciumense, como também sobre o patrimônio histórico da cidade.
O museólogo Rafael Muniz de Moura iniciou o debate enfatizando a importância dessa reflexão sobre a cidade de Criciúma e o museu, entendendo esse momento como fundamental para as discussões em torno do plano museológico. Para conduzir o debate foram convidados um geógrafo e duas historiadoras.
O geógrafo Mauricio Câmara discorreu sobre as transformações do espaço geográfico criciumense enfatizando uma periodização da geografia em três fases. A partir destes três períodos, Câmara buscou analisar as mudanças no cotidiano da cidade, enfatizando as transformações econômicas e sociais.
Dando continuidade ao debate, a historiadora Marli de Oliveira Costa, discorreu sobre a constituição de uma cultura do carvão. O cotidiano das vilas operárias, a alta taxa de mortalidade infantil e as atividades de lazer foram alguns pontos destacados, como também os processos de modernização e higienização desenvolvidos nesses espaços. Marli encerrou sua fala evidenciando a importância da memória, e de ouvirmos as narrativas daqueles que vivenciaram diferentes experiências.
Nesse contexto, de reflexão sobre história, memória e identidade, a historiadora Michele Gonçalves Cardoso fez uma breve apresentação sobre os bens tombados do município e situou a criação do Museu Augusto Casagrande no período da comemoração do Centenário de fundação da cidade. Nesse sentido, foi realizada uma problematização sobre discurso étnico do período de formação do museu, assim como, sobre a constituição de seu acervo.
Após as falas o museólogo Rafael Muniz de Moura, salientou a importância de refletirmos o museu no contexto da cidade e percebermos a instituição como um espaço dinâmico de problematização das identidades criciumenses.
Fonte: Museu Augusto Casagrande
Visitantes e moradores da Grande Florianópolis podem conhecer mais sobre a cultura açoriana no Museu Etnográfico Casa dos Açores, espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no município de Biguaçu. Fácil acesso, belo visual e um grande espaço ao ar livre são apenas os bônus disponibilizados pelo museu que conta com exposições permanentes e temporárias que resgatam as origens e hábitos do povo que colonizou a região.
Situado às margens da BR-101, no Balneário São Miguel, o prédio forma, junto com a Igreja de São Miguel, a chácara e os arcos do antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico. Logo na entrada o visitante encontra um acervo de móveis, roupas e outras peças que remontam os costumes da cultura açoriana. Uma miniatura de um Engenho tradicional, produzida pelo artesão Bruno Manoel Lopes na década de 1980, reproduz todo o processo produtivo da farinha e derivados da cana-de-açúcar. Na parte externa, o público pode conferir um carro de boi em tamanho natural.
As fortalezas construídas entre 1739 e 1744 para proteção da Ilha de Santa Catarina contra possíveis invasores estrangeiros também estão retratadas em um espaço especial da casa. As maquetes das fortalezas de Santo Antônio, Santa Cruz e São José da Ponta Grossa fazem parte do projeto Fortalezas, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de preservar esses patrimônios catarinenses.
Em homenagem ao município que teve como berço a localidade de São Miguel da Terra Firme, onde está localizado o museu, uma sala abriga o primeiro cofre da prefeitura, ainda com a grafia antiga (Biguassu). Placas com nomes de algumas ruas importantes da cidade e um quadro com a foto do primeiro Superintendente, João Nicolau Born, que esteve no cargo entre os anos de 1893 e 1898 e foi responsável pela transferência da sede do município de São Miguel para Biguaçu, completam o acervo.
Outro personagem importante para a história da cidade, o Cônego Rodolfo Machado, também tem uma sala com exposição em sua homenagem. Fotos de celebrações e momentos da vida do Cônego, livros e objetos eclesiásticos fazem parte da mostra que fica no andar superior do edifício.
No lado externo, em meio ao belo gramado localizado nos fundos do museu, está o Rancho das Canoas, com informações sobre a pesca artesanal, além de duas canoas usadas para a prática da atividade que durante décadas foi a principal forma de subsistência dos moradores da região. O espaço abriga, ainda, ossos de baleias, relembrando os anos em que o Balneário serviu como armação para a pesca do mamífero.
Temporada
Durante os meses do verâo o museu atinge seu pico de visitação, chegando a receber um público de 1 mil pessoas por mês. Além da localização e do acervo, o belo prédio atrai turistas e moradores da região devido à área de mais de 1500 metros quadrados nos fundos do museu. Propício para atividades ao ar livre, o gramado conta com um belo gramado onde estão plantadas árvores furtíferas que proporcionam sombra fresca e o contato direto com a natureza. O espaço é perfeito para um passeio com a família, que pode aproveitar para usar o quiosque com churrasqueira localizado ao lado do museu.
Além disso, neste ano o Museu conta ainda com um atrativo a mais: a exposição de curta duração intitulada Vivências, da artista plástica Salete de Oliveira, a Solí. Aberta à visitação até março de 2014 a mostra traz o olhar romântico de Solí para elementos que a artista considera mágicos em cenas do cotidiano. São 19 quadros e oito esculturas que retratam os costumes e o folclore catarinense, principalmente do litoral. Estão presentes nas obras o boi de mamão, a renda de bilro, o pão-por-Deus, a pesca artesanal, a olaria, o terno de reis, a festa do divino, entre outros símbolos da cultura açoriana.
História
A Casa dos Açores, que abriga o Museu Etnográfico, é um dos mais esplêndidos registros materiais da passagem dos colonizadores açorianos pela localidade de São Miguel, nos séculos XVIII e XIX. Administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o imóvel foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979.
Para compreender a importância histórica da Casa dos Açores - Museu Etnográfico, é preciso relembrar fatos importantes que ocorreram na região de São Miguel. No século XVII, Frei Agostinho da Trindade, vigário de Desterro (como se chamava Florianópolis na época), sugeriu ao rei de Portugal, D. João V, o envio de gente para povoar os arredores da Ilha de Santa Catarina. O rei viu nessa sugestão uma oportunidade para resolver os graves problemas dos habitantes dos Açores, um arquipélago português a meio caminho entre a Europa e a América do Norte, devastado pela fome.
Isso fez com que milhares de famílias das Ilhas do Pico, Terceira - em maior número; Faial, Flores e Santa Maria - em menor número - partissem para a aventura de colonizar uma região da qual nunca sequer tinham ouvido falar. Dentre as inúmeras freguesias fundadas na época (por volta de 1750), estava a de São Miguel, às margens da Baía Norte, fronteira à Ilha de Santa Catarina.
Pouco depois, os espanhóis invadiram a região, e São Miguel foi refúgio da população ilhoa, tornando-se capital provisória da Capitania. Assinado o Tratado de Santo Idelfonso, em 1778, foram-se os espanhóis e São Miguel voltou a sua vida pacata de aldeia de pescadores, sacudida apenas pela célebre visita de D. Pedro II a Desterro, em 1845, ganhando então sinos novos para a Igreja.
O velho casario desaparecia com o tempo, à medida que São Miguel perdia importância econômica e a população jovem partia para Biguaçu e Desterro. Da arquitetura açoriana, testemunha de uma época de opulência, sobressai-se o sobrado, construído na primeira metade do século XIX, pelo fazendeiro e senhor de escravos, João Ramalho da Silva Pereira.
Depois, o imóvel foi adquirido por Manoel Joaquim Madeira, que o reformou em 1865. Em 1978, após ter passado por vários proprietários, foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina que o restaurou e o transformou em museu com objetivo de preservar e estudar a cultura açoriana.
Serviço:
Museu Etnográfico Casa dos Açores
Endereço: BR-101, km 189 - Balneário São Miguel - Biguaçu/SC
Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada gratuita
Site: www.fcc.sc.gov.br/casadosacores
Contato: (48) 3243-4166 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Mostra Estadual de Cinema Infantil chega no dia 22 de dezembro ao Museu do Vinho Mário de Pellegrin, em Videira. A primeira ocorrerá no sótão do Museu, às 16h.
Os Filmes de curta-metragem fazem parte do Projeto “Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis” que tem como objetivo levar cinema gratuito e de qualidade para as crianças de todos os municípios de Santa Catarina. Todos os filmes são nacionais, direcionados ao público infantil, além de apresentar ao público a diversidade cultural dos diversos estados brasileiros, os filmes também podem ser assistidos por portadores de necessidades especiais.
Programação:
Bud's Songs Time. (3m50s, animação)
O Macaco e o rabo (8m10s.desenho)
Tadinha (5m, desenho)
A mula Teimosa e o Controle Remoto (15m15s, curta)
Fadas de Areia (16m, curta)
A Bruxinha Lili e a Baleia Belena (5m, curta)
Com atividades para as crianças após os filmes.
As vagas são limitadas e gratuitas.
Para reservas: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (49) 3566-6133.
Realização: Secretaria de Turismo e Cultura, Núcleo de Artes Visuais e Museu do Vinho.
Fonte: Museu do Vinho
A última edição de 2013 do Masc Museu Musical, projeto promovido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e que tem atraído cada vez um público maior, terá o tango como trilha sonora das exposições Fotografia(s) Contemporânea Brasileira: Imagens, Vestígios e Ruídos e Fotografias de Paulo Greuel na Coleção Chateaubriand. O grupo Capotango se apresenta no dia 19 de dezembro, às 19h30min, no espaço central do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis. O grupo é formado pelo trio de músicos Paulo Greco (bandoneon), Pablo Lazarte (violão) e Gustavo Lorenzo (voz e percussão) e pelos bailarinos Alexandre e Elisa; Fransley e Laura. Participação especial de Lautaro Greco (bandoneon) e Emiliano Greco (piano).
O trio nascido em Florianópolis em 2009 mistura vários ritmos como tango, bolero, samba, jazz, rock, soul e blues em arranjos próprios interpretados com instrumentos acústicos como o violão e Cajon peruano; típicos do tango como o bandoneon e do samba como o pandeiro. A larga experiência do maestro Pablo Greco e sua forma intensa de interpretação se juntam à versatilidade no violão e baixo de Pablo Lazarte com a força e dramaticidade vocal de Gustavo Lorenzo para formar este sólido trio. O resultado é uma mistura única e consistente de ritmos.
Paulo, Pablo e Gustavo gravaram, em 2009, um CD independente com canções que vão do tango tradicional ao eletrônico passando pela bossa nova, bolero e folclore argentino. Em 2010 fizeram turnê por países da Europa (Itália, França, Luxemburgo, Alemanha, Hungria, Bélgica, áustria, República Tcheca, Dinamarca e Holanda) e América do Sul (Argentina e Brasil) apresentando o Show Capotango´s European Tour. Atualmente participam das noites de tango do Restaurante João de Barro, em Florianópolis, e da companhia Capotango apresentando os espetáculos Tango e Brasil, História do tango, Tango Novo, Tango e o Cinema, entre outros.
Serviço:
O quê: Capotango - Masc Museu Musical
Quando: 19/12/2013, às 19h30min
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis/SC
Entrada gratuita
Informações: (48) 3953-2319 / 3953-2380
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC