Nesta quarta-feira, 28, será lançado o livro com a tradução para o português da obra O Conto dos Contos, escrito por Giambattista Basile no século XVII. A tradução e os comentários foram feitos por Francisco Degani, em seu pós-doutorado, realizado sob a supervisão da Profa. Andreia Guerini, no Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana (Neclit), da Ufsc. O lançamento será às 19h, na Biblioteca de Arte e Cultura, localizada no Centro Integrado de Cultura (CIC).
Sobre a obra
Era uma vez um conto de fadas recheado por outros 49 contos de fadas. Assim é O conto dos contos, com que Giambattista Basile nos presenteou no início do século XVII.
Escrito em napolitano para entretenimento da corte, o livro inspirou mestres da literatura como os irmãos Grimm e Charles Perrault, ou do desenho animado como Walt Disney. Nos cinquenta contos que o compõem, ogros horrendos de bom coração, donzelas não muito castas, príncipes valentes e princesas mimadas, dragões malvados, rapazes tolos, mas audazes, animais falantes, belíssimas fadas, reis e rainhas, são elevados pela primeira vez à categoria de personagens da literatura, com seus encantamentos e magias. O Conto percorre o imaginário popular, sobretudo o napolitano, mas também vai buscar seus argumentos na mitologia e na tradição de outros povos. Histórias que circulavam entre o povo miúdo e no mais das vezes eram contadas às crianças, são reelaboradas em chave irônica, quase iconoclasta, trazendo as marcas da oralidade, o vozerio das ruas e a villanella dos campos, o cheiro dos mercados e das vielas, o calão dos portos, os longos diálogos que, por vezes, parecem monólogos, pontuados por anexins, metáforas e frases de efeito, tudo é parte de um cortejo mágico em que ressoa forte a poesia do povo, a poesia da vida.
As histórias do Conto dos contos sempre circularam entre nós, e agora chegam à nossa língua vestidos de graça e de bonomia, com o toque peculiar de seu autor/coletor, que jamais escamoteia o que têm de universal. Em seu conjunto, os contos que oscilam entre o sublime e o grotesco, integram o patrimônio cultural comum, que, se quisermos, podemos chamar de inconsciente coletivo, e que faz da humanidade, em que pesem as diferenças, e, certamente, por causa delas, uma mesma e barulhenta família. Entrar no mundo mágico e exuberante criado por Basile é participar do maravilhoso e do atemporal, do fascínio de quase quatrocentos anos de literatura.
Era uma vez um conto de fadas recheado por outros 49 contos de fadas. Assim é O conto dos contos, com que Giambattista Basile nos presenteou no início do século XVII.
Escrito em napolitano para entretenimento da corte, o livro inspirou mestres da literatura como os irmãos Grimm e Charles Perrault, ou do desenho animado como Walt Disney. Nos cinquenta contos que o compõem, ogros horrendos de bom coração, donzelas não muito castas, príncipes valentes e princesas mimadas, dragões malvados, rapazes tolos, mas audazes, animais falantes, belíssimas fadas, reis e rainhas, são elevados pela primeira vez à categoria de personagens da literatura, com seus encantamentos e magias. O Conto percorre o imaginário popular, sobretudo o napolitano, mas também vai buscar seus argumentos na mitologia e na tradição de outros povos. Histórias que circulavam entre o povo miúdo e no mais das vezes eram contadas às crianças, são reelaboradas em chave irônica, quase iconoclasta, trazendo as marcas da oralidade, o vozerio das ruas e a villanella dos campos, o cheiro dos mercados e das vielas, o calão dos portos, os longos diálogos que, por vezes, parecem monólogos, pontuados por anexins, metáforas e frases de efeito, tudo é parte de um cortejo mágico em que ressoa forte a poesia do povo, a poesia da vida.
As histórias do Conto dos contos sempre circularam entre nós, e agora chegam à nossa língua vestidos de graça e de bonomia, com o toque peculiar de seu autor/coletor, que jamais escamoteia o que têm de universal. Em seu conjunto, os contos que oscilam entre o sublime e o grotesco, integram o patrimônio cultural comum, que, se quisermos, podemos chamar de inconsciente coletivo, e que faz da humanidade, em que pesem as diferenças, e, certamente, por causa delas, uma mesma e barulhenta família. Entrar no mundo mágico e exuberante criado por Basile é participar do maravilhoso e do atemporal, do fascínio de quase quatrocentos anos de literatura.