A nova exposição virtual do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) traz imagens feitas pela artista Adriana Füchter. A mostra "Espia" é composta por 20 fotografias que podem ser conferidas clicando aqui. O material tem relação com o Palácio Cruz e Sousa, sede do MHSC, localizado no centro da capital. São enfatizadas algumas das estátuas existentes no teto da edificação.
Adriana Füchter nasceu e vive em Florianópolis, formou-se em Administração pela UFSC em 1988. Desde a infância está ligada às artes, das artesanais às mais sofisticadas. Estudou dança, pintura e música pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. Seu lado aventureiro, a fez ser mochileira, viajar pelo mundo e fazer o Brevê. Movida por sua paixão pelas artes e em especial pela fotografia, foi em busca do conhecimento e estudou com renomados fotógrafos no Brasil e no exterior. Seus trabalhos conquistaram dezenas de prêmios e participaram de salões, feiras, além de exposições coletivas e individuais. Desde 2014 faz integra o Núcleo de estudos em fotografia e arte - NEFA.
Texto da autora:
“As imagens...
Uma a uma, elas contam minha história...
Partilho do belo e terno...
O que encontro...
O que capto...
Quem sabe efêmero...
Quem sabe eterno...”
Adriana Füchter
Texto da curadora:
ESPIA
fotografias de ADRIANA FÜCHTER
a história das estatuas sem história
O olhar da manezinha da ilha Adriana Füchter tem intimidade com todos os cantos de Florianópolis. E é com este olhar que ela vai construindo o seu acervo do visível e, muitas vezes, descobrindo uma cidade invisível. Como ela mesma diz: “é como se eu olhasse através de janelas silenciosas e omissas de história”.
Muitos se referem à construção do Palácio Cruz e Sousa, que abriga o Museu Histórico de Santa Catarina como “a casa rosa da praça”. E não é só o nome da instituição que é desconhecido de grande parte da população. Os detalhes neoclássicos da sua construção são quase invisíveis para a maioria dos transeuntes que circulam todos os dias na região da Praça XV de novembro.
Mas não importa que não os enxerguemos, eles estão lá, impávidos, nos vendo. É como se a antiga construção, que foi o primeiro Palácio de Governo de Santa Catarina nos espiasse (e olha que tem muitas histórias de fantasmas ali) e as estátuas vigiassem a cidade que cresceu em torno da praça.
Lucila Horn
Núcleo de Estudos Fotografia e Arte (NEFA)