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A Orquestra Filarmonia Santa Catarina dá continuidade à Temporada 2010 com o Programa II "Música Intensa", no dia 21 de abril, quarta-feira, às 21h, no Teatro álvaro de Carvalho. No programa, peças de Johann Sebastian Bach e Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Regência do Maestro Gustavo Lange Fontes. Solistas de violino: João Eduardo Titton e Luiz Fernando São Thiago.

Programa II "Música Intensa"

Johann Sebastian Bach (1685-1750)Concerto Brandenburguês nº3 em Sol Maior
I
- Allegro moderato - Adagio
II - Allegro


Concerto para Dois Violinos e Orquestra em ré menorI - Vivace
II - Largo ma non tanto
III - Allegro

Intervalo

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)Serenata em Dó para Cordas op.48I - Peça Em Forma de Sonatina
II - Valsa
III - Elegia
IV - Finale (Tema Russo)

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Serviço:

O que: Orquestra Filarmonia Santa Catarina - Programa II: Música Intensa

Quando: 21/04/10, quarta-feira, 21h

Onde: Teatro álvaro de Carvalho (Rua Marechal Guilherme, 26 - Centro)

Quanto: R$20 e R$10 (meia) - ingressos à venda na bilheteria do Teatro

Informações: www.orquestrafilarmonia.art.br e 3028-8070 (TAC)

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Sobre o Programa:

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

* Concerto Brandenburguês nº3 em Sol Maior

A maioria absoluta dos concertos foi escrita para um instrumento solista, alguns para dois (concertos duplos), e ainda mais raramente para três (concertos triplos). O concerto desta noite foi escrito para nada menos que nove instrumentos solistas: 3 violinos, 3 violas e 3 violoncelos. O contrabaixo e o cravo se juntam aos outros formando o chamado contínuo, grupo que, além de participar ao intrincado jogo contrapontístico, confere base harmônica e rítmica "continuamente" à música.

Assim, de grande interesse é que se atente ao modo como a voz principal vai passando de um instrumento ao outro, e às peculiaridades que cada instrumentista impõe a um mesmo material musical, renovando-o e depositando-lhe mais e mais energia.

O Allegro inicial é baseado em espirituosas figuras rítmicas associáveis ao júbilo e à alegria, e, após um curtíssimo Adagio, constituído unicamente de uma singela e expressiva cadência frígia, ondas e avalanches de notas revelam-nos a exuberante e imperiosa força da natureza em um virtuosístico Allegro finale.

Johann Sebastian Bach (1685-1750), Concerto para Dois Violinos e Orquestra em ré menor

Neste concerto duplo, podemos observar de maneira mais aprofundada e sutil como os dois violinos solistas complementam-se, contrastam-se e imitam-se, e, por sua vez, relacionam-se com os "tutti" orquestrais (intervenções em que a orquestra assume a função principal). Não é fascinante que dois diferentes músicos e seus dois diferentes violinos nunca produzam exatamente a mesma música, ainda que executem de fato a mesma música?

No primeiro movimento observamos sobriedade e ordem com suas estruturas em fugato. No segundo, o único em modo maior, os violinos solistas "molto cantabile" flutuam por sobre o "basso ostinato", que é quando os baixos "obstinadamente" mantêm a mesma figura rítmica por todo o movimento, trazendo-nos a "melancolia feliz" dos ariosos bachianos. O terceiro movimento, em compasso ternário, é decidido e virtuosístico, suscitando-nos o afeto da ira.

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) Serenata em Dó para Cordas op.48

Este compositor russo tornou-se conhecido do grande público, sobretudo, por seus balés clássicos, como O Lago dos Cisnes e O Quebra-Nozes, e seu 1º Concerto para Piano e Orquestra. Entretanto, sua música não é somente configurada por delicadas danças características e pela dramaticidade de inspiradas melodias, mas também por sua convincente estruturação formal e harmônica. Exemplo contundente disto dão-nos suas 3 últimas célebres sinfonias (4, 5 e 6 "Sinfonia Patética").

Esta noite, ouviremos sua Serenata para Cordas. As serenatas eram originalmente canções calmas ou "serenas", destinadas à execução à rua, ao cair da tarde, em honra da mulher amada. Todavia, com o passar dos tempos, o gênero foi assumindo diferentes conotações. No sentido em que o emprega Tchaikovsky, serenata é um gênero musical para formações instrumentais de médio porte, em vários movimentos, e situado musicalmente entre a complexidade de uma sinfonia e a simplicidade de um divertimento. Intensidade e estrutura, dança e leveza, tundra e onirismo, e, finalmente, pátria e apoteose, talvez estes substantivos definam, respectivamente, cada um de seus 4 movimentos.

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Gustavo Lange Fontes - Regente e Diretor Artístico

Gustavo Fontes iniciou seus estudos em contrabaixo no projeto para formação de músicos da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina. Prosseguiu seus estudos sob a orientação dos professores Henrique Autran Dourado (USP, bacharelado), Christoph Schmidt (Frankfurt, Exame de Solista como bolsista da Fundação VITAE) e Veit-Peter Schüßler (Colônia, Exame de Orquestra). Sua experiência orquestral abrange passagens por diversas instituições no exterior, como as Orquestras Sinfônica da Rádio de Colônia, Filarmônica de Hamburgo, Filarmônica de Stuttgart, Sinfônica do Baixo-Reno (Solo) e Orquestra de Câmara de Hannover (Solo). No Brasil, participou da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, Orquestra de Câmara da USP e Orquestra Experimental de Repertório. Desde seus primeiros anos universitários o contrabaixista tem se dedicado à literatura solo para o contrabaixo, especialmente à divulgação e produção de música contemporânea. è atualmente Regente e Diretor Musical da Orquestra Filarmonia Santa Catarina.

João Eduardo Titton - Solista de violino

Mestre pela University of Cincinnati (EUA), Titton atuou como spalla e solista em projetos da Orquestra de Câmara de Curitiba e da Camerata Florianóplis, bem como participou dos conjuntos Quarteto Brasilis, Quinteto de Cordas de Curitiba, Quarteto de Cordas UDESC e Duo Titton/Zamith. Atualmente é professor e coordenador do Departamento de Música do Centro de Artes, o Programa UDESC Musical e o projeto Orquestra UDESC.

Luiz Fernando São Thiago - Solista de violino

Natural de Florianópolis, iniciou seus estudos de música e violino na Escola de Música da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, onde estudou com Luís Soler Realp. Graduou-se Bacharel em violino nesta mesma instituição, na classe do professor João Eduardo Titton.
Exerce intensa atividade como professor de violino no Estado, sendo responsável pela formação de diversos núcleos de ensino de instrumentos de cordas. Foi integrante de várias orquestras e conjuntos de câmara em Santa Catarina, com destaque para o duo com o pianista Guilherme Amaral com o qual foi vencedor do XXIII Concurso Latino-Americano Rosa Mística, na categoria Música de Câmara.
é um dos Diretores e Fundadores da Orquestra Filarmonia Santa Catarina, onde atualmente ocupa o cargo de spalla dos segundos violinos.

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