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Florianópolis irá sediar, de 15 de maio a 12 de julho, a Bienal Brasileira de Design, que neste ano tem como tema “Design para todos”. As atividades - seis exposições, um seminário internacional, ações educativas e interativas e um circuito de ações paralelas - vão acontecer em diversos espaços da cidade com o objetivo de mostrar projetos que atendem a todas as pessoas, independentemente de idade, gênero, classe social ou escolaridade, dentro do chamado design acessível ou design universal.
 
Quatro mostras serão abrigadas em espaços administrados pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Catarinense de Cultura, vinculada a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte. No Centro Integrado de Cultura (CIC), o público poderá prestigiar as exposições ‘Design Tecnológico – os makers e a materialização digital’, no Espaço Lindof Bell; ‘Design para todos’, no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc); e ‘Design participativo – coletivos criativos’, Museu da Imagem e Som – MIS. No Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), que funciona dentro do Palácio Cruz e Sousa, estará instalada a mostra ‘Design holandês no palácio do povo’. 
 
Mais detalhes sobre a Bienal Brasileira de Design e a programação completa estão disponíveis no site do evento.
 
 
Sobre as exposições:
 
Design Tecnológico – os makers e a materialização digital 
Local: Espaço Lindof Bell - Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
De 22 de maio a 12 de julho de 2015
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingo, 10h às 19h30min.
Curador: Jorge Lopes
 
Uma coleção de joias que se chama DNA justamente por ter peças únicas – impressas individualmente em 3D - dá uma ideia do que será a mostra Design Tecnológico – Os “makers” e a materialização digital, uma das mais esperadas da Bienal Brasileira de Design 2015 Floripa. A mostra apresentará um panorama da rápida evolução no Brasil e no exterior da tecnologia de impressão digital em 3D, uma febre entre os designers em todo o mundo. Para o curador Jorge Lopes, a ideia da exposição Design Tecnológico – Os “makers” e a materialização digital é captar o momento novo que essa tecnologia vive hoje: a rápida materialização dos projetos.
 
"Esses projetos são desenvolvidos, de modo geral, por jovens, a partir de uma “cultura de garagem” surgida nos Estados Unidos", conta. "Essa cultura lhes permite construir coisas e imprimi-las digitalmente."
 
 
Design para todos - Para Melhorar a Vida
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) - Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
De 15 de maio a 12 de julho de 2015
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingo, 10h às 19h30min.
Curador: Freddy Van Camp
 
 
Centrada em três visões – design democrático, design especial e design público – a mostra Design para todos- Para melhorar a vida exibirá, sobretudo, produtos, em especial os de fabricação industrial. Estarão representados exemplos de design gráfico, embalagens, ambientes e serviços, além de projetos de todas as regiões do país, o que contempla também projetos artesanais. "Não queremos criar setores no espaço expositivo; ao contrário, a ideia é “misturar” um pouco as coisas, pois é importante que o público possa perceber a presença do design tanto em uma cadeira de rodas como na sinalização de um banheiro ou num conjunto de potes de plástico. Desse modo, fica mais claro para as pessoas que com design se vive melhor", diz o curador Freddy Van Camp. 
 
Dentre os destaques está a presença do carro UP!, da Volkswagen, criado na Alemanha por uma equipe 100% brasileira. "Importaram a equipe inteira do Brasil, o que mostra a força do nosso design", ressalta. "Esse carro é pensado para ser o primeiro carro das pessoas e estará em exposição, para que o público possa conferir."
 
Na área médica, o design pode ajudar a humanizar espaços e equipamentos em geral associados ao sofrimento. Um andador que parece um velocípede, por exemplo, pode fazer toda a diferença para uma criança com paralisia cerebral.  Transformar um tomógrafo computadorizado num submarino de histórias infantis pode mudar tudo na hora de um exame, pois participar de uma aventura é bem mais convidativo para a criança do que entrar numa máquina assustadora. O design é um ingrediente importantíssimo num momento assim.
 
Dentre os nomes e projetos emblemáticos que farão parte da mostra, o curador destaca os abrigos de ônibus assinados por Guto Índio da Costa, criações do escritório Questto Nò, de Levy Girardi, e a ambientação de Gringo Cardia para uma sala de tomografia infantil. "Acho que a grande pegada é mostrar projetos que aplicam o design em situações inusitadas", diz.
 
Freddy chama atenção também para o projeto de humanização das usinas da Vale, que envolve aspectos como o uso de cores e codificações para amenizar os impactos da atividade industrial e tornar os espaços mais agradáveis. "Na exposição, será montado um percurso que reproduz parte da área industrial, para que as pessoas possam conhecer a dimensão desse trabalho", diz.
 
Outra inovação é a máquina de solda que pode ser carregada a tiracolo. "É um equipamento versátil, além de colorido", explica Freddy, que acrescenta que o design de produtos voltados para o grande público também marcará presença. "A garrafa térmica de design moderno que pode ser encontrada em lojas de departamentos vai estar lá também", diz.
 
 
Design participativo – coletivos criativos
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) - Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
De 23 de maio a 12 de julho de 2015
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingo, 10h às 19h30min.
Curadoras: Bianka Frisoni, Simone Bobsin, Katia Veras e Isabela Cielski
 
São arquitetos, jornalistas, designers, artistas. Quatro curadoras e uma dezena e meia de criadores inspirados estão trabalhando para transformar as ruas de Florianópolis. Os pequenos cantos, vãos e desvios da cidade vêm sendo preenchidos com os elementos de um estar amável e prazeroso.  No final do processo, um legado para as comunidades e uma exposição para encher os olhos e a alma.  É este o resultado no qual a Bienal Brasileira de Design 2015 Floripa aposta: de 23 de maio a 12 de julho, a exposição Coletivos Criativos vai mostrar ao público o que construiu pela cidade no hall principal do Museu da Imagem e do Som, no Centro Integrado de Cultura. 
 
"O nosso legado é construído a partir do desenvolvimento de design simples, que cria intervenções urbanas em espaços da cidade", diz a designer Bianka Frisoni, que assina a curadoria com Simone Bobsin, jornalista, Katia Veras, arquiteta, e Isabela Cielski, artista plástica – essa última à frente do coletivo Design Possível.  O grupo aceitou a proposta da Bienal e partiu em busca de adesões para pôr em prática o processo de criação coletiva. "Fomos convidando outros arquitetos e designers, como Abreu Junior, Juliana Castro, Bia Kudelka, João Calligaris Neto, José Luiz Kinceler e Guilherme Lamtada", conta Bianka. "Em pouco tempo o grupo da Geodésica Cultural Itinerante também se juntou a nós e hoje somos umas quinze pessoas", orgulha-se.
 
O grupo realiza intervenções em pequenos espaços, com o uso de objetos componíveis, como bancos e floreiras.  "É mais um meio de provocar, de plantar uma semente", diz Bianka. "Partimos do “estar” como ideia de um espaço acolhedor e interessante. No início não sabíamos direto no que ia dar, mas aos poucos fomos fechando os conceitos, gerando alternativas – e ganhamos o espaço do Museu da Escola para apresentar o trabalho durante a Bienal", conta.
 
 
Design holandês no palácio do povo
Local: Museu Histórico de Santa Catarina, com sede no Palácio Cruz e Sousa 
Praça XV de Novembro - Centro - Florianópolis (SC)
De 17 de maio a 12 de julho de 2015
Visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h;
Curador: Jorn Konijn
 
 
A exposição “Design holandês no Palácio do Povo” vai compartilhar a experiência holandesa no design voltado para o uso diário. Expostas no Palácio Cruz e Sousa, antiga residência dos governadores do estado de Santa Catarina, 40 criações assinadas por designers consagrados e estreantes irão buscar o contraponto entre a casa tradicional, representada pela exposição permanente (que mostra como viviam os governadores) e a nova casa, epicentro de muitas mudanças que acompanham o novo modo de vida e de uso das residências, uma tendência mundial.
 
"A ideia é que a mostra funcione como um espelho que “traduza” a casa para o presente", explica Jorn Konijn, curador da mostra. "A ideia central é o uso da casa no dia a dia, e as transformações desse uso em tempos recentes.  As novas tecnologias – mas também a crise econômica – mudaram drasticamente a função da sala de estar", exemplifica. "Hoje em dia, uma casa pode se transformar facilmente em hotel (veja o “airbnb”) ou em escritório (para quem trabalha em casa).  Além disso, a planta das residências também vem mudando muito depressa. A tevê, por exemplo, não é mais a peça central da sala de estar; na verdade, não parece haver mais um foco central para esse cômodo. A separação histórica rigorosa entre sala, cozinha e quarto também parece estar desaparecendo", constata.
 
Segundo Konijn, o “Design holandês no Palácio do Povo” irá tratar justamente dessas questões e dessas mudanças. "Como os designers lidam com essas situações mutantes? Elas alteram o design desses profissionais? E os profissionais, oferecem novas ferramentas de suporte às mudanças? Até que ponto esse novo contexto mudou o trabalho deles?", questiona o curador, e acrescenta que, no atual contexto europeu, esse tema é extremamente relevante. "Há numerosos exemplos históricos de arquitetos, como Gerrit Rietveld ou Alison e Peter Smithson, que realizaram experimentos bastante aprofundados relativos à sala de estar em transformação.  Experimentos  assim vão acontecer também na mostra de design holandês da Bienal Brasileira de Design Floripa 2015", antecipa.

Fonte: Com informações da assessoria da Bienal