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O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) apresenta uma suntuosa mostra do que será a celebração dos seus 70 anos de criação – a serem comemorados em 2018. São nada menos que cinco projetos, totalizando mais de 300 trabalhos, entre exposições de alcance nacional e internacional, bem como do seu acervo, além da nova ocupação do projeto Clarabóia e uma justa homenagem à artista plástica Eli Heil, que faleceu neste ano. O destaque será a exposição “Sensos e Sentidos”, da coleção de Jeanine e Marcelo Collaço Paulo, que reúne 120 obras que correspondem à produção dos últimos cinco séculos de países como Portugal, Peru, França, Espanha, Itália e Brasil – incluindo notáveis catarinenses como Victor Meirelles.
 
Será uma verdadeira tomada de longa duração deste que é um dos principais museus públicos dedicado às artes do Sul do país. Com curadoria de Josué Mattos e de Edina De Marco, respectivamente administrador e curadora-adjunta do MASC, estas ações ocupam a agenda da instituição até março de 2018, como é o caso da exposição “Sensos e Sentidos” - cuja curadoria técnica iniciou em abril deste ano. Juntos, os cinco projetos (veja a descrição abaixo) totalizam quase cem artistas e mais de 300 obras de valor histórico e inestimáveis. “São ações que marcam o segundo semestre do Masc, mas que também servirão como uma pré-celebração dos 70 anos do museu e que de certa forma dialogam com muita força e representatividade”, destaca Josué Mattos.
 
A exceção da exposição “Sensos e Sentidos”, cuja recomendação é para maiores de 10 anos, os outros quatro projetos têm classificação etária livre. O Masc está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, e está aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, com entrada gratuita. Informações no site fcc.sc.gov.br e pelo telefone (48) 3664-2629. 
                                                                                            
Exposição “Sensos e Sentidos – Coleção Jeanine e Marcelo Collaço Paulo”
Período: 26/10/2017 a 4/03/2018
 
Com curadoria de Edina De Marco e Josué Mattos, a exposição “Sensos e sentidos” propõe recortes dentro da coleção de Jeanine e Marcelo Collaço Paulo, composta por obras e peças oriundas de diferentes escolas e movimentos da história da arte. Inscrita ao longo dos últimos cinco séculos de países como Portugal, Peru, França, Espanha e Itália, a exposição reúne artistas destacados da cena internacional, tais como: Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Eliseu Visconti, Ismael Nery, Jean-Baptiste Debret, Louise Canuet, Pedro Américo, Oscar Pereira da Silva, Othon Friesz, Sonia Ebling e o catarinense Victor Meirelles. Outro ponto forte é a presença de um conjunto significativo de obras de artistas centrais na produção artística catarinense, com Elke Hering, Fernando Lindote, Luiz Henrique Schwanke, Malinverni Filho, Martinho de Haro, Paulo Gaiad, Rodrigo de Haro, Rubens Oestroem, entre outros.
 
Sendo um elemento central na coleção que se compôs nos últimos quarenta anos, a representação do corpo aparece em registros os mais variados, que incluem iconografia cristã, cenas de gênero e retratos, cujos tratamentos encontram filiações tanto em práticas acadêmicas do Brasil e da Europa, quanto na arte medieval europeia, na pintura cusquenha, na arte jesuíta da América do Sul, nas vanguardas históricas e na arte contemporânea.
 
Com aproximadamente 120 obras de diferentes linguagens, incluindo pinturas, desenhos, aquarelas, esculturas e gravuras, a exposição Sensos e sentidos perscruta a ambivalência dos termos, de modo a entender "os sensos" como direção e matriz de sensações. Por sua vez, "os sentidos" são pensados como entendimento de algo, como o conjunto de experiências sensoriais e como a condição humana de produzir significado sobre as coisas e sobre si.
 
 
 
Mostra “Continentes, Ilhas, Quintais: Paisagens no Acervo do MASC”
Período: De 26/10/2017 a 28/01/2018
 
Grande mostra do acervo do MASC, reúne obras de datadas de 1930 até os tempos atuais. Ali estarão representados 46 artistas de renomes regionais, nacionais e internacionais como Alfredo Volpi, Agostinho Maliverni Filho, Carlos Scliar, Djanira Motta e Silva, Domingos Fossari, Eli Heil, Ernesto Meyer Filho, Iberê Camargo, Carlos Henrique Schwanke, Paulo Whitaker, Martinho de Haro, Sergio Bonson, Willy Zumblick, Meyer Filho e Tomie Ohtake. A partir de diferentes olhares, técnicas, impressões, sentimentos e momentos, a mostra estabelece sentidos de paisagens, tendo como referência a primeira representação em pintura da Ponte Hercílio Luz, tela datada de 1930 e de autoria do artista plástico Eduardo Dias. É a partir desta obra que se firma um diálogo intenso sobre como nos relacionamos coma paisagem e as projeções criadas com o auxílio da memória e da imaginação. A curadoria é de Josué Mattos.
 
 
MASC 6X3: “Eli Heil – Estou Voando”
Período: De 26/10/2017 a 28/01/2018
 
A artista plástica Eli Heil, falecida aos 88 anos em setembro deste ano, recebe a justa homenagem do MASC, instituição considerada a “casa” desta catarinense. Com essa, somam-se 15 exposições individuais de Eli no espaço. Nenhuma artista expôs tanto na história do Masc e nenhum outro espaço recebeu tantas individuais da pequena notável. Ocupando o projeto MASC 6X3 apresenta seis obras do acervo da instituição e uma emprestada da coleção de Marcelo Collaço Paulo. O título remete à marcante tela “Estou Voando”, que pertence ao MASC. A exposição ocupará o espaço 6X3, aberto neste ano. A curadoria é de Edina De Marco.
 
 
Clarabóia #3 apresenta: "Futuro do Pretérito", de Evandro Machado
Período: De 26/10/2017 a 28/10/2018
 
Natural de Blumenau e atualmente residindo no Rio de Janeiro, o artista visual Evandro Machado é o convidado da terceira edição da Clarabóia, projeto interdisciplinar de ocupação voltado para artistas e grupos de Santa Catarina de reconhecida representatividade no cenário nacional. Pelo espaço já passaram os artistas O Grivo, Roberto Freitas e Marcelo Camparini com a escultura sonora “Máquina Orquestra” e, recentemente, o Grupo Cena 11 com a ocupação/residência “Adesão ao Não Esquecimento”. Considerado um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira, Evandro apresenta uma série composta por vídeos de animação, desenhos em grande formato e uma instalação sonora para construir uma paisagem pós-apocalíptica tendo como cenário os grandes centros urbanos e a ausência do ser humano. A curadoria é de Josué Mattos.
 
 
Exposição “Os Jardins da Infância”, de Tercília dos Santos
Período: De 26/10/2017 a 28/01/2018
 
Natural de Piratuba, Tercília dos Santos começou a carreira na década de 1990 estimulada pelo súbito despertar de um sonho. Premiada em duas ocasiões na Bienal de Arte Naif de Piracicaba e com participações em exposições nacionais e no exterior, Tercília conquistou o mundo por meio do colorido intenso das imagens que remetem às reminiscências que lhes são muito caras, como as brincadeiras, as festas e as afetividades. A exposição “Os Jardins da Infância” reúne 81 obras em um retrospecto de 25 anos de carreira. A curadoria é da professora Célia Antonacci, titular da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC