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Foram iniciadas em julho as atividades referentes ao projeto "Digitalizar para Preservar o passado de Brusque", proposto pela Casa de Brusque. O projeto recebeu patrocínio da Prefeitura Municipal de Brusque por meio da Fundação Cultural de Brusque  com os recursos do Fundo Municipal de Cultura. O projeto tem por objetivo digitalizar um acervo de 3 mil fotografias históricas e representa um importante passo para a preservação da memória fotográfica e da história da cidade.
 
Paulatinamente à execução do projeto, está sendo desenvolvido um banco de dados informativos de fácil acesso, onde os acervos são classificados por fundos conceituais. O banco de dados é um sistema digital com informações sobre cada fotografia, que possibilita o fácil e adequado acesso à pesquisa, e está sendo desenvolvido no próprio local pelos funcionários do museu.
 
Ao término do projeto, as informações poderão ser consultadas por pesquisadores. A base de dados alimentará também a Sala Brusque Virtual, da Fundação Cultural de Brusque. O trabalho de digitalização está sendo executado por dois estagiários da UNIFEBE e UFSC, sob a supervisão dos funcionários da Casa de Brusque.

Fonte: Casa de Brusque

De 14 a 28 de julho, estará aberta a consulta pública da minuta do projeto de lei que institui o Sistema Estadual de Cultura em Santa Catarina. Interessados em contribuir podem acessar o site da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), no ícone Consulta Pública, e preencher o formulário indicando sugestões de mudança no texto.

O Sistema Estadual de Cultura é um instrumento para fortalecer a gestão das políticas públicas de uma forma integrada e participativa. É constituído por elementos de articulação e gestão, como o Plano Estadual, já em tramitação na Assembleia, o Fundo e o Conselho de Cultura (CEC), já instituídos, mas que passarão por reestruturações. “Dessa forma, a proposta é que SC esteja alinhada ao Sistema Nacional, melhorando a gestão estadual para garantir a efetividade e a continuidade de suas políticas públicas”, salienta a diretora de Políticas Integradas do Lazer da SOL, Rosângela de Castro. Após o período da consulta, a minuta de projeto deve retornar ao CEC para validação e posterior tramitação nos poderes Executivo e Legislativo.

Fonte: Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte

Até 31 de agosto o Museu Thiago de Castro, em Lages (SC), recebe a exposição Guerra do Contestado: 100 Anos de Memórias e Narrativas, promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A mostra é uma versão modular da exposição que ficou aberta à visitação entre outubro de 2012 e junho de 2013 no Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis, e conta um pouco da história deste importante episódio da história catarinense. 
 
Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero,  a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de vários estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. 
 
A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto. Entre os colaboradores estão o Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado (Caçador), Museu Josette Dambroski (Matos Costa), Grupo Resgate (Calmon), Universidade do Contestado (Mafra), Museu Thiago de Castro (Lages), Prefeitura de Mafra, Instituto Histórico e Geográfico de Santa  Catarina e Fundação Hassis (Florianópolis), além do próprio Museu Histórico de Santa Catarina.
 
Sobre a Guerra do Contestado 
 
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
 
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
 
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
 
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

A quarta edição do Sarau Poético Musical será realizada no dia 7 de agosto nos jardins do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro de Florianópolis. O evento começa às 18h, com entrada gratuita. 
 
Poetas e amantes da poesia estão convidados a participar do evento e terão espaço para declamar suas criações. Além disso, o sarau conta com as participações dos poetas convidados Elisabete Ossig Andrade, Juçara de Souza, Albertina Mattos Chraim, Luca Mirra e O Menestrel Moacir Reis. A parte musical fica por conta de Gerson Bientinez, Emanuelle Regina e O Bando de Menestreis.
 
Serviço:
O quê: IV Sarau Poético Musical 
Onde: Jardins do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa (Praça XV de Novembro - Centro - Florianópolis/SC)
Quando: 07/08/2014, às 18h
Informações: (48) 3665-6363 (no museu) / 3269-6840 e 9623-6851 (com o organizador) / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Entrada gratuita 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

Nos últimos dias, esteve no Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom/Unochapecó) o arqueólogo do Instituto Nacional de Antropologia da Argentina, dr. Daniel Loponte. O arqueólogo é um dos coordenadores do projeto de pesquisa “Arqueologia da Floresta Atlântica Meridional Sul Americana” (ABAMS) realizada em parceria com o Instituto Nacional de Antropologia e Pensamento Latino-americano (INAPL/Ministério da Cultura Argentina) e Ceom/Unochapecó.
 
A parceria iniciou em 2011 durante o Congresso Internacional de Arqueologia da Bacia do Prata, em Buenos Aires, onde a arqueóloga do Ceom/Unochapecó, Mirian Carbonera apresentou as pesquisas arqueológicas desenvolvidas pelo Centro no Alto Uruguai. Loponte se interessou pelo trabalho e convidou a equipe do Centro para participar da pesquisa binacional.
 
Agora a equipe está fazendo as análises dos materiais, depois das escavações realizadas em 2013 na Gruta 3 de Mayo (Garuhapé/AR), no Sítio Corpus (Corpus/AR) e no Sítio Otto Aigner 2 (Itá/BR). “Através desse trabalho foi possível constatar as ocupações pré-coloniais da zona, que vão desde grupos pré-cerâmicos até os agricultores ceramistas Guarani e Itararé-Taquara”, assegura Mirian. Os objetos encontrados são ferramentas feitas em pedra, chamadas pelos arqueólogos de materiais líticos, objetos de cerâmica (partes de vasilhas de diferentes tamanhos usados pelos antigos homens para armazenar e cozinhar alimentos e bebidas), vestígios de sepultamentos humanos e animais utilizados na alimentação.
 
Descobertas
 
A arqueóloga do Ceom explica que foram realizadas análises a partir de ossos humanos de sítios tanto do Oeste catarinense quanto de Misiones. “Isso nos permitiu saber que a base da alimentação das sociedades Guarani e Itararé-Taquara era o milho, complementada com a caça, pesca e consumo de vegetais silvestres” comenta Mirian. A equipe aguarda ainda o resultado de uma amostra de osso enviada aos Estados Unidos para datar a ocupação mais profunda da Gruta 3 de Mayo. A expectativa da equipe de pesquisadores é grande já que esse material pode ser o mais antigo dos sítios escavados até o momento, datando mais de 2.000 anos.
 
Conforme comenta Loponte, a parceria entre as duas instituições tem permitido aumentar o conhecimento arqueológico, assim como a troca de experiências, métodos de trabalho, referências e ideias sobre a antigo povoamento da região. “Esse contato permite ainda estimular a formação de pesquisadores em áreas deficitárias de conhecimento de forma muito eficaz. Trabalhar em conjunto é insubstituível para a transmissão dessas práticas”.
 
Ainda segundo Loponte, “aproveitamos esse período de permanência no Ceom para documentar novos artefatos que têm ampliado a coleção e que são importantes ao nosso projeto. Além disso, avançar na produção das publicações científicas que mostram os resultados da primeira e segunda saída a campo”. Eles estudaram nesta etapa duas pontas de projétil muito especiais, que são conhecidas pelos arqueólogos como 'rabo de peixe'. Elas representam um período muito antigo da ocupação que remonta há cerca de 10.000 anos. “A identificação desses projéteis, somadas às do acervo do Ceom, abrirá uma nova perspectiva para discutir o povoamento inicial do sul do Brasil”, afirma o pesquisador.
 
Entre dois países
 
O ABAMS é um projeto de cooperação binacional que objetiva identificar e escavar sítios arqueológicos na província de Misiones (Argentina) e no Oeste catarinense (na área de em Itá), a fim de ampliar o conhecimento sobre o processo de povoamento e colonização pré-colonial da área. São realizados tanto estudos arqueológicos como paleoambientais, a transição do período Pleistoceno-Holoceno, o desenvolvimento da agricultura, o surgimento da complexidade social e a expansão Guarani e Itararé-Taquara.
 
A pesquisa é realizada com o apoio das prefeituras municipais onde são identificados os sítios arqueológicos de interesse para o projeto. Até o momento, foram escavados sítios em Itá (SC), Garuhapé e Corpus em Misiones.
 

Fonte: Ceom/Unochapecó

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