O Ateliê de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor), da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), acaba de publicar uma videoaula sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A atividade é direcionada a profissionais que lidam diretamente com acervos em instituições públicas ou privadas.
O material está dividido em cinco partes. O objetivo é contribuir para a capacitação dos profissionais de museus, arquivos, memoriais e bibliotecas, a fim de melhorar os processos de conservação dos acervos catarinenses.
Em diversos momentos o Atecor desenvolveu atividades educativas para contribuir com a capacitação de profissionais conservadores-restauradores ao longo dos anos. Como nesse momento não foi possível realizar aulas presenciais (o Estágio Supervisionado Atecor, com duração de 140 horas de duração, e as oficinas de curta duração, já realizadas em diversas cidades do estado), a solução encontrada foi a criação de videoaulas. Portanto, com o isolamento social devido ao coronavírus, o meio virtual foi entendido como o mais adequado para continuar contribuindo para a qualificação profissional. “Sabemos que nada substitui a aula presencial, especialmente envolvendo a prática, mas por outro lado esperamos atingir um número muito maior de instituições, principalmente aquelas de cidades menores e mais distantes que dificilmente teriam acesso às aulas presencias”, explica a conservadora-restauradora do Atecor, Karen Kremer, autora do texto da videoaula.
O intuito da primeira aula é conhecer, selecionar e saber utilizar os EPIs adequados a cada procedimento de conservação-restauração. Em breve, o Atecor pretende dar continuidade às atividades, abordando outros assuntos relacionados à área.
Os técnicos do Atecor estão trabalhando remotamente e, em caso de dúvida, é possível buscar esclarecimentos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) participou, nesta quinta-feira (7), da reunião convocada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM/BR) e pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para tratar da construção de um documento com protocolos para a reabertura dos museus no Brasil após a pandemia de Covid-19. O encontro virtual contou com a colaboração de profissionais de instituições como a Fiocruz e Museu do Amanhã (RJ). A instituição catarinense teve como representante o gerente de Museus, Renilton Assis.
O documento, cujo teor foi discutido durante a reunião virtual, apresentará recomendações para o atendimento ao público, como deve ser feita a higienização dos espaços, entre outras questões direcionadas à gestão dos museus em um momento de cuidado com a saúde das pessoas. A abertura de museus, neste momento, ainda não é cogitada, devido à dificuldade de se cumprir um protocolo mínimo de saúde nestes espaços. Promover a limpeza dos ambientes e a higiene das mãos com álcool gel, o uso de máscaras e luvas pode ser um problema neste momento de pandemia, por concorrer com as secretarias de Saúde na compra dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), podendo, inclusive, prejudicar hospitais na busca por esses materiais.
Foi debatida, ainda, a importância de os museus, neste momento, priorizarem atividades internas, remotas e virtuais, podendo, no caso de instituições que possuam jardins, utilizar esses espaços como alternativas aos espaços internos.
Na próxima semana, ocorrerá uma nova reunião com o objetivo de discutir a versão final do documento, após as contribuições de profissionais e museus. “Neste sentido, a Gerência de Museus da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC recomenda que seja feita a inclusão dos museus nos espaços que devem ficar fechados ao público, funcionado apenas de forma interna, remota, e virtual, sem atedimento ao publico”, adiantou Assis.
O Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina (SBPSC) lançou o Guia de Bibliotecas Públicas Municipais de Santa Catarina. A publicação, disponível on-line no link ao final desta matéria, tem o objetivo de mapear instituições e fornecer ao público informações sobre acessibilidade, horário de funcionamento, contatos e redes sociais.
Para a melhor visualização, as bibliotecas cadastradas junto ao SBPSC e registradas no Guia foram divididas conforme as mesorregiões do estado de Santa Catarina e listadas em ordem alfabética por município.
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A imagem de Nossa Senhora das Dores da Igreja de São Joaquim, de Garopaba, vai voltar para casa depois de mais de seis anos passando por restauração no Ateliê de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor), da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Considerada patrimônio móvel e inventariada em 1998 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a peça será recebida com missa especial na paróquia onde integra o acervo sacro, no dia 8 de agosto, às 16h.
A escultura em madeira dourada policromada com quase um metro de altura chegou ao Atecor em março de 2013, em avançado estado de degradação, com sujidades e manchas, além do desprendimento da camada de tinta (camada pictórica). A partir da análise da situação da peça, que incluiu um exame de radiografia, os técnicos do Ateliê realizaram a fixação da camada pictórica para frear a perda do material, e procederam a reintegração da tinta em alguns pontos. Essa etapa foi finalizada em 2018, restando, ainda, a restauração do resplendor em prata, que estava quebrado, e foi finalizado somente em 2019.
A imagem de Nossa Senhora das Dores faz parte do acervo sacro da Igreja de São Joaquim, bem tombado pelo Estado, e foi produzida por um santeiro baiano. De acordo com o livro São Joaquim de Garopaba: recordações da freguesia - 1830-1980, de José Artulino Besen, ela foi comprada pela paróquia em 1876. Resquícios de uma etiqueta encontrada na base da imagem indicam que ela foi provavelmente adquirida na loja A Minerva, localizada no Rio de Janeiro, que vendia artigos para igrejas, entre outras peças variadas no fim do século XIX.
Nesta sexta-feira (19) foi realizado o Seminário Internacional sobre Armações Baleeiras de Santa Catarina. A segunda edição do evento, que aconteceu no cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) na capital, teve a parceria da Fundação Franklin Cascaes, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IGHSC). A atividade faz parte das comemorações dos 40 anos da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
A conferência de abertura teve a participação do antropólogo chileno Daniel Quiroz que relatou as experiências no país vizinho. Ele falou sobre o processo de encerramento da caça às baleias - mais recente que o Brasil - e como foi a reação da população que dependia dessa fonte de renda.
Na parte da tarde a FCC recebeu uma minuta de proposta para tombamento das estruturas baleeiras remanescentes no município de Garopaba. Na ocasião, o gerente de Patrimônio Imaterial da FCC, Rodrigo Rosa, falou sobre os procedimentos para instauração de processos de tombamento, com o intuito de orientar os presentes que tenham intenção de solicitar tal reconhecimento em âmbito estadual.
O evento contou, ainda, com a dramatização "No tempo da Armação" que abordou a atividade baleeira, além da exibição de um vídeo, por parte do Instituto Australis, mostrando a passagem das baleias franca pelo litoral catarinense, berçario natural dos cetáceos.