O presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Rodolfo Pinto da Luz, assinou hoje o Termo de Transferência Temporária da Coletânea Garibaldina ao Departamento de Arquitetura de Urbanismo do Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Laguna, representado pelo Prof. Carlos André Veiga Lima Rosa. A coleção, composta por cerca de 16 mil objetos, é a mais completo acervo sobre Anita Garibaldi, que lutou durante a Revolução Farroupilha ao lado do marido Giuseppe. Todos os itens estão sendo catalogados para que possa ser feito o Termo Definitivo de Transferência.
"A coletânea é bastante relevante pois conta a história de uma das personagens femininas mais lembradas da história catarinense e também porque foi organizada por Wolfgang Ludwig Rau, um nome importante para a arquitetura do estado", explica a Diretora de Patrimônio da FCC, Vanessa Pereira.
O arquiteto, escritor e pesquisador Rau foi um dos principais estudiosos da vida da heroína e publicou uma série de livros sobre Anita. Em 2001, sua coleção foi adquirida pelo governo do Estado e mantido na Casa Pinto D"Ulysséa pela Fundação Lagunense de Cultura, em regime de comodato. No ano passado, os bens foram transferidos para a UDESC, onde as obras passam por manutenção, com supervisão do Ateliê de Conversação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor) da FCC. A intenção é que a Udesc cuide, pesquise e possibilite o acesso e a utilização do acervo. O comodato tem prazo de 10 anos, podendo ser prorrogado por igual período.
O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) acaba de ganhar uma nova administração, formada pelos curadores Josué Mattos e édina de Marco, ambos com ampla experiência na área cultural em instituições do Brasil e do exterior. Como primeira ação da dupla, o Museu terá a elaboração de um programa curatorial próprio, com interdependência entre todos os departamentos e foco na profissionalização do setor, pensando na estrutura da instituição, sobre quais bases ele se mantém e se comporta, e na relação com o público.
Dentro deste programa, a ideia é que o setor educativo seja uma espécie de núcleo duro do Museu. "O pensamento central dentro das atividades do MASC é entender que nós temos uma preocupação muito forte com a profissionalização do setor. Então esta será uma atividade fundamental. Não se trata de educativo que irá apenas recepcionar escolares, mas que irá pensar a profissionalização do setor. Muitas das atividades desse núcleo de arte-educação vão extrapolar o domínio da arte para pensar a profissionalização", explica Josué.
Ainda como parte integrante deste projeto curatorial, o Museu deverá ter um programa público que chamará a comunidade ao Museu, com atividades como conferências, cursos e debates, trazendo exemplos e experiências de outras instituições do Brasil e do mundo com boas práticas na área. "Existe, já, um Museu com uma história. A gente não vai esquecer essa história, mas vai trazer a nossa experiência a partir de agora. A experiência internacional que o Josué tem, e eu trago muito essa experiência local de lidar com a questão institucional. Pensar o museu vivo, em processo. O museu que só existe, não porque o acervo existe, porque ele está guardado, mas porque ele se mostra. E mostrar o acervo, mostrar a produção, a produção cultural", projeta Edina.
A partir do processo de profissionalização proposto pelo projeto curatorial que será elaborado pela equipe, o Museu terá bases mais sólidas para dar início a um novo edital de exposições temporárias, com a participação de artistas emergentes. A ideia é que, quando o projeto for aprovado, os participantes já tenham profissionais capacitados pelas iniciativas do próprio Museu para execução de trabalhos, por exemplo, de marcenaria, iluminação, produção, entre outros. "O edital é extremamente importante, contanto que haja programa público de profissionalização do setor que vá gerar empregos, que vá gerar expansão do setor de arte e cultura no Estado todo", pontua Josué.
Valor histórico
Aos 68 anos, o MASC é o segundo museu de arte mais antigo do Brasil. Seu acervo, com quase 2 mil obras, é o maior do Estado e um dos mais importantes do país. A formação dessa valiosa coleção remonta a um período histórico de efervescência no país, durante o pós-guerra e com o início do desenvolvimento industrial. Esta combinação possibilitou a criação de algumas das primeiras coleções de arte do país, com figuras como Chateaubriand e Pietro Bo Bardi adquirindo a preços acessíveis obras de grandes artistas europeus. Dessa época, por exemplo, o MASC conta com obras de Iberê Camargo, Djanira Motta e Silva, Alfredo Volpi e Roberto Burle Marx.
"A gente precisa resgatar a importância desse espaço para a história da arte brasileira", pontua Josué. Para o curador/administrador, o Museu deve deixar de ser apenas mais um espaço a ser visitado dentro do Centro Integrado de Cultura (CIC), onde está localizado, e tomar seu lugar como uma instituição com importância e um quadro singular não só na Região Sul, mas em todo o país.
Currículo
Josué Mattos é historiador da arte e curador. Graduou-se em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X Nanterre, onde obteve o título de Master 1 e 2 em História da Arte Contemporânea. Em 2009, concluiu o mestrado em Práticas Curatoriais, na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. A convite do Sesc-SP, concebeu e assumiu a curadoria geral da primeira edição de Frestas - Trienal de Artes / O que seria do mundo sem as coisas que não existem? e Nossa proposição é o diálogo, em Sorocaba (2014-2015).
Entre os projetos realizados, destaca-se o programa de ações e performances é crédito ou débito? (Sesc SP, 2010-2013), que circulou para 90 cidades do Estado de São Paulo. Entre as exposições realizadas, estão: Porque somos elas e eles (Blau Projects, 2016), 45ª Coletiva de Artistas de Joinville (MAJ, 2016), Albano Afonso: Amor Fati (Museu de Arte de Ribeirão Preto, 2014), XIIº e XIIIº Salão Nacional de Artes de Itajaí (Fundação Cultural de Itajaí, 2010-2013), Eu fui o que tu és e tu serás o que eu sou (Paço das Artes, 2012), Pazé: Uma realidade pode esconder outras (Sesc São Carlos, 2012), Tânia Mouraud: La Fabrique (Sesc Bom Retiro, 2012), Como o tempo passa quando a gente se diverte (Casa Triângulo 2011), Boîte Invaliden (Invaliden Gallery/Fidalga, 2012), Por aqui, formas tornaram-se atitudes (Sesc Vila Mariana, 2010), à la limite (Galerie Michel Journiac / Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, 2009), Brígida Baltar e Sandra Cinto - Terres et Cieux (Mairie VIIIème, 2009) e Festival Inter-cambio (Espace Beaujon e Station Europe/3, RATP Paris, 2007-2009-2010). Desde 2010 realiza ateliês de acompanhamento de projetos de arte, debates e júris de salão de artes, em cidades como Fortaleza (Porto Iracema das Artes), Piracicaba (Pinacoteca Municipal), Salvador (Secult e MAM-BA), Brasília (Caixa Cultural e CCBB), Recife (IAC-UFPE), Ribeirão Preto (MARP e Sesc), São Paulo (ProAC e Sesc), Joinville (MAJ) e Florianópolis (FCC).
é editor da Revista Binômios, projeto contemplado pelo Prêmio Redes Nacional Funarte Artes Visuais e trabalhou no desenvolvimento do Centro Cultural Veras, em Florianópolis (SC).
édina de Marco é graduada em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Mestre em Educação e Cultura pela mesma instituição, e concluiu em fevereiro de 2016 o doutoramento em Bellas Artes na Universidade do País Basco, na Espanha. Foi professora colaboradora no curso de Artes Visuais da UDESC, e exerceu a Coordenação Cultural do Museu Histórico de Santa Catarina onde, entre outras ações, concebeu e coordenou o projeto educativo Escolas no Museu, exposições temporárias e curadorias.
Entre 2010 e 2017 trabalhou na gerência de Políticas de Cultura da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina. Tem realizado, também, trabalhos como artista, pesquisadora e produtora independente.
Além da qualificação tem profunda identificação e envolvimento com as artes visuais e o campo museal. Participou da criação do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC), e é membro titular de seu Comitê Gestor, representando a SOL.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Comissão de Seleção (CoSe) do Chamamento Público de Projetos Culturais de 2016 realiza nesta semana a análise do mérito das propostas. O colegiado, formado por membros indicados pelo Conselho Estadual de Cultura, está reunido desde o dia 3 de abril e encerra os trabalhos na sexta-feira (7). O programa selecionará 50 projetos, no valor de R$ 25 mil para cada um, visando atender propostas de ações sociais, culturais, artísticas e educacionais. Os recursos são provenientes da parceria entre a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e o Ministério da Cultura.
Após a apreciação de mérito, a etapa seguinte consistirá no exame da habilitação pela Comissão de Análise Documental, conforme previsto no calendário do edital. A divulgação do resultado do julgamento e ordenação dos planos de trabalho e habilitação e inabilitação dos proponentes está prevista para o dia 14 de abril, em sessão pública, na sede da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em Florianópolis. As etapas seguintes consistirão na abertura de prazo para recursos e consequente publicação dos resultados finais e assinatura dos contratos. Ao todo 134 projetos foram inscritos ao edital.
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Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
O Museu Etnográfico Casa dos Açores, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Biguaçu, na Grande Florianópolis, segue até o fim de setembro com a exposição Sistema Defensivo da Ilha de Santa Catarina. A mostra é realizada pela coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina da Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instituição responsável pela gestão e manutenção das fortalezas da Baía Norte.
A exposição é composta por fotografias e maquetes das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones e São José da Ponta Grossa. Réplicas de canhão e trajes militares e civis do século XVIII, além de sete painéis com textos, mapas e imagens sobre o tema completam o acervo.
Serviço:
O quê: Exposição itinerante Sistema Defensivo da Ilha de Santa Catarina
Onde: Museu Etnográfico Casa dos Açores
BR-101, km 189, sentido sul - Balneário de São Miguel - Biguaçu
Quando: visitação até 30 de setembro de 2017 - de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada gratuita
Mais Informações: (48) 3665-6195 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC