A palhocense Eli Heil completa 85 anos de vida e o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Florianópolis, presenteia o público com uma exposição que perpassa toda a trajetória da artista nos seus 53 anos de carreira. A mostra será aberta no dia 10 de dezembro de 2014, às 19h30min; antecedida de conversa com a artista, às 18h30min, no Museu localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A entrada é gratuita.
Está é a 14ª vez que Eli Heil apresenta uma exposição individual no Masc. A trajetória da artista e da instituição se cruzaram muitas vezes, fazendo dele o museu onde a artista mais expôs e dela a artista com maior número de individuais no museu, desde as suas primeiras exposições no então Museu de Arte Moderna de Florianópolis (MAMF) na década de 1960.
A retrospectiva incluirá pinturas e desenhos de cada década da produção da artista, além de três séries (12 desenhos em branco e preto, 50 desenhos coloridos e 40 pequenas pinturas) e três grandes painéis inéditos (dois com cerca de 20 metros de extensão e um com 32 metros de extensão), perfazendo cerca de 160 obras. Além de várias obras pertencentes ao acervo do Masc, o ateliê da artista e duas coleções particulares emprestarão a maioria das peças.
O catálogo da exposição contará com reprodução de todas as 54 obras do acervo do Masc, incluindo as não selecionadas para a exposição, permitindo a documentação da maior coleção pública da artista fora da Fundação Mundo Ovo de Eli Heil. Outras 36 obras selecionadas entre as expostas serão incluídas permitindo a necessária documentação da evolução da obra da artista nos seus 53 anos de carreira. Uma cronologia da vida e obra de Eli, com ênfase na relação da artista com o museu, acompanhará as 90 reproduções coloridas.
Sobre Eli Heil*
Eli Malvina Heil nasceu em 1929, na cidade de Palhoça, Santa Catarina. Viveu sua infância e juventude no município vizinho de Santo Amaro da Imperatriz, tornando-se professora de educação física. Oportunamente, mudou-se para Florianópolis, onde lecionou em um colégio da capital, antes de dedicar-se integralmente à atividade artística.
Pintora, desenhista, escultora e ceramista autodidata, participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Realizou um trabalho único, de difícil classificação, que na XVI Bienal Internacional de São Paulo foi catalogado como “Arte Incomum” (Art Brut). “A arte para mim é a expulsão dos seres contidos, doloridos, em grandes quantidades, num parto colorido”.
Em seu processo de criação utilizou os mais diversos materiais (saltos de sapato, tubos de tinta, canos de PVC, etc.) e inventou inúmeras técnicas.
(* Fonte: site da artista - www.eliheil.org.br)
Serviço:
O quê: Exposição Eli Heil - 85 anos
Abertura: 10/12/2014, às 19h30min
Visitação: até 22 de março de 2015. De terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domnigos e feriados, das 10h às 19h30min.
Conversa com a artista: 10/12/2014, às 18h30min
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Informações: (48) 3664-2630 / 3664-2631
Visitas mediadas devem ser agendadas com antecedência pelo telefone (48) 3664-2633 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Prefeitura de Blumenau e a Fundação Cultural promovem a abertura da 5ª Temporada de Exposições no Museu de Arte de Blumenau, que ocorre nesta quinta-feira, 4 de dezembro, com a abertura da exposições Cultura x Natura, de Cássio Leitão; Tempo e Deslocamento, de Fernanda Figueiredo e Eduardo Mattos; Ponto de Fuga, de Alexandre Silveira; Um pedaço desapareceu, de Pakawon T. Martin; Cidades Perdidas, de Valentina Fernandes; Imagens Urbanas, de Júlia Mota e Urbanidade, de Roberto Müller. Ainda nessa noite será realizada, no Mausoléu Dr. Blumenau, a abertura da exposição Presépios Artesanais e Memórias Natalinas, de Marlene da Silveira (Imamaiah).
O Espaço Kan e o Coral Santa Cecília, abrilhantam a abertura das exposições com apresentação no Mausoléu Dr. Blumenau. Ana Carolina Peres Batista participa do evento com o lançamento de seu livro "Lar, Doce Barata". A promoção tem inicio às 18h.
Às 19h, a tradicional conversa com artistas traz uma novidade, uma interprete em LiBRAS e áudioguia na exposição Tempo e Deslocamento. Professores, arte-educadores, coordenadores pedagógicos, artistas, alunos de arte e comunidade em geral estão convidados a participar dessa conversa. A entrada é franca.
Saiba mais:
Em Cultura x Natura do paulistano Cássio Leitão, os desastres naturais funcionam m como motivo, como subterfúgio para pintar essas formas um tanto disformes e essas cores enevoadas, senão soturnas de tudo. O artista parte de fotografias de catástrofes para compor as telas, mas elege predominantemente ângulos fechados, que fazem o olhar patinar pela superfície da pintura, sem saber qual a escala dos destroços. Contribui para a sensação "deslizante" o fato de que o artista carrega nas tintas e não se sente, em momento algum, preso ao assunto, apegado a verossimilhanças.
A mostra ‘Tempo e deslocamento’ da dupla de artistas paulistas Fernanda Figueiredo e Eduardo Mattos reúne 11 fotografias e 71 desenhos de grafite sobre papel organizados na forma de 6 trabalhos. Conta com a edição de um catálogo com imagens e texto de Bruno Mendonça, com tiragem de 1000 exemplares que posteriormente serão distribuídos em território nacional.
As fotografias são de caráter documental e os desenhos, apesar do seu realismo, propõem outros sentidos para o espaço retratado construindo ideologicamente o conceito dos trabalhos. As seis obras que integram a exposição foram desenvolvidas durante uma residência artística na Irlanda em 2013 (Fire Station Artists’ Studios, Dublin) e teve sua inspiração neste cenário de natureza poderosa em contraste com o horizonte urbano das cidades de Dublin e Belfast. seus grandes portos e suas estruturas industriais. Apesar de criadas na Irlanda, essas obras juntas expõem um conjunto de ideias .
O projeto Tempo e Deslocamento foi aprovado pela FUNARTE e contempla acessibilidade com textos e etiquetas em Braille, áudio-guias e intérprete em LIBRAS na conversa com os artistas na noite de abertura.
Na sala Elke Hering o paulista Alexandre da Silveira traz a exposição Ponto de Fuga. Nela, artista visual investiga, através de objetos, instalações e vídeos as variadas formas de construção, seja de um pensamento, de um objeto, ou de um espaço, a partir da destruição e da desmontagem dos seus elementos, tencionando seus limites e suas impossibilidades de concretização.
Na Galeria Alberto Luz, Pakawon T. Martin, artista Tailandesa residente em Blumenau apresenta a mostra “Um pedaço desapareceu !” Segundo Pakawon, seu trabalho simboliza a luta do ser humano para realizar seus desejos.” As coisas são mais doces quando estão perdidas, ironicamente, quando são encontradas nada mais são que pó. Apresenta esta exposição em duas linhas de trabalho: o primeiro conjunto é de colagem de fotografias e objetos – mistura passado e presente, realidade e ilusão, em três dimensões, exibidas em caixas de madeira e vidro. O objetivo é transmitir a ideia de experiências físicas na vida. Na segunda etapa apresenta o desenvolvimento de trabalhos de colagem utilizando pintura a óleo em telas, representando idéias e sentimentos em ondas abstratas e de emoções inesplicáveis. A série foi expressa de forma narrativa , numa seqüência, como uma viagem. "
Ainda na Galeria Alberto Luz, a paulistana Valentina Fernandes traz a exposição Cidades Perdidas. Arqueologia da Memória, série Aquário na qual ela trabalha desde 2010, é uma emblemática da reflexão sobre o status da fotografia como fator mnésico. Em primeiro lugar, a matéria de base dessas obras remete à função da fotografia como suporte de memória afetiva e familiar. Efetivamente, a série foi concebida à partir de clichês antigos, anônimos e familiares, ou paisagens e retratos realizados pela artista. A partir dessa matéria de base, as diferentes partes de composição das imagens são recortadas, de maneira que seus diferentes planos se destaquem. As fotografias são então recompostas, mas a cada novo fragmento um vidro é entreposto, criando assim um objeto em camadas. Portanto, não só o tema e o valor afetivo das fotografias de base evocam a memória, mas o dispositivo escolhido pela artista também lembra a sua estratificação e estrutrura fragmentária. O resultado final é a representação de um espaço em três dimensões a partir da tecnologia fotográfica analógica e bidimensional. Mais uma vez, um paralelo pode ser traçado entre o trabalho da artista e a rememoração. De fato, a memória não somente armazena eventos como também aviva lembranças. Assim, esses Aquários materializam, com uma carga poética e nostálgica, memórias queadquirem vida e corpo. Dessa forma Valentina Pacheco Fernandes, tal como uma arqueóloga, traz à superficie artefatos do passado.
Na Galeria do Papel, Júlia Mota, que reside e trabalha em São Paulo, traz a exposição Imagens Urbanas, estudos sobre o vazio. O tema central de sua obra é a cidade contemporânea. Na busca por uma essência, por uma estrutura fundamental na paisagem fragmentada da metrópole, a artista cria pinturas e gravuras a partir de registros de situações cotidianas encontradas nos grandes centros urbanos. O que a move é o desejo de transformar a realidade desses ambientes e, para isso, sintetiza aquilo que vê em volumes e planos sobrepostos e entrecruzados, transparentes e abertos. Não pensadas em sua totalidade, as cidades contemporâneas parecem ser estruturadas pelo somatório de ações individuais, onde cada um constrói da forma que bem entende. A rua, lugar do exercício da cidadania, torna-se plateia para o espetáculo do privado. O resultado disso é uma paisagem caótica, mesmo que bela em sua agressividade. Assim, é na constante justaposição de estilos, tempos e diferentes usos dos espaços que a artista encontra a sua questão.
Roberto Müller vive e trabalha no Rio de Janeiro, de lá nos traz a mostra Urbanidade, onde os trabalhos através de objetos abordam observações e críticas aos indivíduos nos centros urbanos. Na busca incessante pela felicidade, consciente ou inconsciente, engatamos uma marcha frenética contra o tempo, preocupados com o amanhã, com a falta de tempo ou dinheiro; neste sentido as pessoas ficam cada vez mais vazias.este conjunto de obras narra, uma visão crítica do viver nos grandes centros urbanos: a correria do dia-a-dia, a ganância, o desprezo pelo próximo, as castas e classes sociais, a falta de segurança, o confinamento nas habitações atuais, a procura pela companhia, a competitividade e por fim a morte.todas estas questões são abordadas nesta série de objetos, expostas na sala 30, onde cada um deles retrata uma destas situações citadas anteriormente.
No Mausoléu Dr. Blumenau, Marlene da Silveira a Imamaiah apresenta a exposição Presépios Artesanais e Memórias Natalinas. Através dos presépios elaborados artesanalmente e de pinturas sobre painéis, Marlene nos faz refletir sobre os valores do Natal.
Serviço:
Abertura da 5ª Temporada de Exposições no MAB
Data: 4 de dezembro – quinta-feira
Horários:
. 18 horas: abertura da exposição Presépios Artesanais e Memórias Natalinas no Mausoléu Dr. Blumenau, com a apresentação musical pelo Espaço Kan e Coral Santa Cecília.
. 19 horas: conversa com os artistas expositores
Local: Fundação Cultural de Blumenau – Salas do MAB
. 20 horas: abertura da 5ª; Temporada de Exposições do MAB e lançamento do livro Lar Doce Barata de Ana Carolina Peres Batista
Visitação: até 13 de fevereiro. De terça-feira a domingo, das 10 às 16 horas.
Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone (47) 3381 6176
Entrada franca.
Fonte: Fundação Cultural de Blumenau
Fonte: Museu de Arte de Blumenau
Fonte: Museu da Música de Timbó