Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Ipira, dá continuidade às atividades do Projeto Bandas SC com o Workshop de Reparo e Manutenção de Instrumentos Musicais de Sopro, com o luthier e professor Sérgio Silva. O curso será ministrado nos dias 30 e 31 de agosto na cidade do Meio-Oeste catarinense. Interessados podem se inscrever gratuitamente pela Internet.
Ipira foi a cidade escolhida para receber o Projeto Bandas por estar localizada em uma posição geográfica estratégica para o Projeto, entre as regiões Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina, as que têm a maior concentração de bandas no Estado, facilitando, assim, o afluxo de músicos destas duas regiões. O workshop tem por finalidade capacitar músicos para a manutenção adequada e a realização de pequenos reparos em seus instrumentos musicais de sopro (bocal e palheta), tornando-os multiplicadores destes conhecimentos entre as bandas catarinenses. Serão abordados temas como limpeza interna e externa e produtos apropriados para essa prática; lubrificação e lubrificantes apropriados para cada parte do instrumento; substituição de cortiças e calços; confecção e substituição de molas, inspeção e detecção de vazamentos; aprendizagem da solda e seus aspectos, entre outros.
Sobre o professor
Sergio Luiz da Silva, catarinense de Florianópolis, músico, sargento reformado da Polícia Militar, maestro, arranjador. Atuou em várias outras corporações de entidades públicas e privadas, sempre com o espírito de inclusão sociocultural, através das bandas de música. Iniciou na música aos 12 anos, com o trompete e depois passou para trombone, aos 14 anos iniciou como curioso a consertar instrumentos por necessidade da corporação que integrava.
Foi se aperfeiçoando e criando seus próprios métodos e recursos, hoje possui ateliê montado onde atende as corporações musicais de todo o Estado. Desde 2007, vem ministrando Cursos de Manutenção e reparos para a Funarte em vários estados Brasileiros, em 2011, 2012, 2013 e 2014 ministrou também workshop no encontro de bandas na cidade de Corupá (SC), além disso, seu trabalho faz parte da cartilha do curso de Gestão da Corporação, do Projeto Bandas SC da Fundação Catarinense de Cultura. Em dezembro de 2011 conseguiu o credenciamento na Yamaha Musical do Brasil, tornando-se Posto de Assistência Técnica Autorizada para Florianópolis (SC), região metropolitana e cidades do interior.
Serviço:
O quê: Workshop de Reparo e Manutenção de Instrumentos Musicais de Sopro
Quando: 30 e 31 de agosto. Sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h; domingo, das 8h às 12h.
Onde: Espaço Cultural de Ipira. Rua Edmundo Wolfart, 123, Centro, Ipira/SC.
Vagas: 15
Inscrições: pela Internet e pelos telefones (48) 3664-2652 e 3664-2650
Quanto: gratuito
Apoio: Prefeitura Municipal de Ipira e Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Indústria e Comércio.
Observação: cada aluno participante deverá levar até dois instrumentos de sopro (preferencialmente um de bocal e um de palheta), além de chave de fenda pequena; cola de contato ("cascola"); cola instantânea ("superbonder"); tesoura; régua; lápis; caneta e estilete.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Estão abertas as inscrições para oito vagas na oficina gratuita de Cultura e Linguagem, sendo quatro em cada uma das duas turmas disponíveis. A oficina é oferecida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Interessados podem se inscrever pela Internet para a turma de terça-feira (das 19h às 21h) - clicando aqui - ou de quinta-feira (das 9h30 às 11h30min) - clicando aqui. As inscrições também podem ser feitas pelo telefone (48) 3664-2638, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Ministrada pelo professor Luiz Mesquita a oficina tem como público-alvo estudantes, professores, artistas e o público em geral interessado por temas relacionados à cultura, à linguagem e à expressão artística, com idade superior a 12 anos. As aulas se estenderão até 27 de novembro com frequência de duas horas por semana.
A oficina introduz noções de cultura e linguagem no contexto da arte e do fazer artístico. De maneira lúdica e interativa, a partir do som e da fala; poesia, música e melodia; propõe-se um passeio pelos processos perceptivos e a expressão artística, ao mesmo tempo em que é oportunizada a aproximação das demais linguagens artísticas vivenciadas e sua expressão de forma integrada.
Serviço:
O quê: Oficina de Cultura e Linguagem
Onde: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Vagas: 4 para cada turma.
Pré-requisitos: oficina aberta ao público em geral, com idade a partir dos 12 anos.
Inscrições:
Para turma de terça-feira, das 19h às 21h, clique aqui
Para turma de quinta-feira, das 9h30min às 11h30min, clique aqui
Informações: (48) 3664-2638
Participação gratuita
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Matéria de: Luiza Martin
Publicada originalmente no site do jornal A Notícia (disponível neste link)
Caiuajara dobruskii. Esse é o nome da nova espécie de pterossauro descoberta em Cruzeiro do Oeste, no Paraná, apresentada nesta quinta-feira em coletiva de imprensa na Universidade do Contestado (UNC), de Mafra.
A nomenclatura é uma referência à pedra típica do local, o arenito caiuá, e uma homenagem aos desbravadores da região, pai e filho da família Dobruski, que moravam em um sítio na Estrada dos 600 alqueires quando descobriram os fósseis na década de 1970.
O sacrifício de uma égua da família levou às primeiras escavações no sítio onde moravam. O animal caiu na subida da estrada, quebrou os dentes, não tinha como se alimentar e teve que ser sacrificado. Munidos de picaretas, o pai Alexandre Gustavo e o filho João Gustavo queriam melhorar a estrada por onde animais puxavam as carroças.
Era 1971. Eles desejavam apenas tornar mais suave a travessia, que tinha uma pedra no meio da subida. A rocha ficava umedecida e escorregadia por causa da água que descia do morro. Pai e filho com as picaretas fizeram valetas nas laterais da "lombada" para drenar os fluídos. Às primeiras picaretadas, foram reveladas pedras diferentes, com ossos dentro.
— Meu pai nunca foi à escola, mas lia muito e logo percebeu que eram fósseis — contou João, que descreveu — Quando dava uma chuva forte, a pedra branqueava de osso.
Ninguém deu crédito à família, que vivia do plantio de hortaliças. Pai e filho chegaram a ouvir que eram ossos de galinhas devoradas por índios. Entre 1975 e 1980, eles procuraram respostas. Queriam saber "que bicho era aquele". Ninguém conseguiu responder e os fósseis foram levados para uma gaveta na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O pai Alexandre faleceu antes do mistério começar a ser desvendado. João temia que o mesmo acontecesse com ele e a história também morresse, sem que seu sobrenome fosse lembrado e latinizado com um "i" duplo da nomenclatura da nova espécie.
Em 2011, o pesquisador Paulo Manzig buscava materiais para o seu livro "Museus e fósseis da região Sul do Brasil". Foi ele quem abriu a gaveta e em segundos identificou:
—Tinha nas mãos um crânio de um filhote de pterossauro.
A abertura da gaveta escancarou as possibilidades de pesquisa sobre os répteis alados, extintos há, pelo menos, 65 milhões de anos. O Centro Paleontológico da UNC (Cenpaleo) passou a liderar os trabalhos, em parceria com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os pesquisador da UNC, Luiz Carlos Weinschütz, afirmou que a descoberta de exemplares fósseis de jovens e adultos "permitiu a compreensão do crescimento da espécie", que tinha "hábitos de grupo".
O especialista em pterossauros da UFRJ, Alexander Kellner, sonhava em encontrar uma aglomeração de fósseis como esta, do Paraná. Foi ele quem identificou que se tratava de uma espécie nova. O Caiuajara dobruskii, conforme o pesquisador destacou em seu estudo, tem uma "arcada inferior com depressão muito acentuada", o que o distingue dos demais.
Kellner considera o esquecimento da peça engavetada algo "recorrente" e fruto da "especialização da ciência". Tão logo um conhecedor de pterossauro viu a peça, descobriu o achado.
—Um dos melhores lugares para se pesquisar são as gavetas dos museus — garantiu.
Quarenta e sete exemplares foram encontrados primeiramente, depois mais dez. Kellner acredita que há muito mais para descobrir sobre esses répteis frugívoros - caracterizados por se alimentarem de frutas, diferentes das conhecidas hoje -, que sobreviviam em áreas desérticas.
Futuro da pesquisa
Da região de 400m², apenas 20m² foram explorados nas escavações. Há muito material já coletado e a ser encontrado. A quantidade que os pesquisadores têm em mãos permitirá que jovens como a formanda em Ciências Biológicas da UNC, Camila Cassiano de Moura, possam contar a história do animal extinto a partir dos fósseis.
Camila pretende se especializar em paleohistologia e a partir do estudo das células dos fósseis dizer quanto tempo e qual o tamanho tinham os Caiuajara dobruskii.
—É um procedimento destrutivo, por isso a grande quantidade é importante — ressaltou ela.
Para o estudo das células é preciso cortar lâminas finas do fóssil, causando danos à peça. Os melhores exemplares permanecerão expostos no Museu da Terra e da Vida, na UNC.
Cruzeiro do Oeste é o terceiro lugar do mundo, conforme explicou Kellner, onde se encontrou grande concentração de fósseis de pterossauros. Na década de 1970, pesquisadores descobriram pterossauros na província de San Luis, na Argentina. Em Junho de 2014 foi a vez dos chineses escavarem fósseis de grupos de répteis voadores, em Xin Jing.
Fonte: Jornal A Notícia