A pesquisa “Campo Gravitacional Arquivo e Ficção” reúne artistas e arquivistas baianos para desenvolver produção de conteúdos sobre práticas artísticas e procedimentos arquivísticos, como parte da “3ª Bienal da Bahia: É Tudo Nordeste?”. Com coordenação da curadora Ana Pato, o projeto promove série de encontros, que ocorrem até 07 de setembro, entre artistas, estudantes, professores, além de técnicos municipais, estaduais e federais das áreas arquivologia, biblioteconomia e museologia.
Participam do programa o Arquivo Histórico Municipal da Fundação Gregório de Mattos da Prefeitura do Salvador, o Arquivo Público do Estado, o Centro de Memória da Bahia, o Instituto de Ciência da Informação, o curso de Museologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, o Museu Afro-brasileiro – UFBA e as bibliotecas públicas estaduais, administradas pela Fundação Pedro Calmon. A 3ª Bienal ocorre em memória aos 46 anos depois da segunda edição, ocorrida em 1968, no Convento da Lapa em Salvador, e interrompida pela ditadura militar com artistas presos e obras confiscadas.
Fonte: Newsletter Mapa das Artes
A Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) abriu edital para a seleção de projetos que estimulem a cooperação transnacional, inovação, cultura, criatividade e o empreendedorismo. A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento de estratégias para a transmissão de conhecimentos, competências, metodologias e experiências sobre empreendedorismo na ciência e áreas de tecnologia. E analisar seu impacto sobre o desenvolvimento do mundo de hoje para aplicação em diferentes contextos e realidades.
Serão financiadas a criação e aceleração de projetos de novos negócios através do empreendedorismo de base tecnológica nas indústrias culturais e criativas. O concurso oferece vários prêmios de subvenção para os melhores projetos: para a ideia mais inovadora; o projeto mais inovador com menos de três anos de vida; projeto mais inovador com mais de três anos; projeto mais social; jovem Empreendedor do projeto; projeto sênior empresarial; e prêmio ao projeto eleito pelos próprios finalistas.
O Latin American Campus Etopía oferecerá aos vencedores também a oportunidade de formação por meio de workshops e a orientação de profissionais experientes. Os selecionados terão despesas de viagem, alojamento e refeições subsidiados pela organização do evento.
As inscrições seguem abertas até 30 de setembro. O resultado será publicado em 15 de novembro.
Fonte: Informe Cultural - Rede Marketing Cultural
O Ministério da Educação, em parceria com a Unesco e a Fundação Joaquim Nabuco, disponibiliza para download a Coleção Educadores, uma série com 62 livros sobre personalidades da educação. A coleção traz ensaios biográficos sobre 30 pensadores brasileiros, 30 estrangeiros, e dois manifestos: “Pioneiros da Educação Nova”, de 1932, e “Educadores”, de 1959. A escolha dos nomes para compor a coleção foi feita por representantes de instituições educacionais, universidades e Unesco.
O critério para a escolha foi reconhecimento histórico e o alcance de suas reflexões e contribuições para o avanço da educação no mundo. No Brasil, o trabalho de pesquisa foi feito por profissionais do Instituto Paulo Freire. No plano internacional, foi traduzida a coleção Penseurs de l’éducation, organizada pelo International Bureau of Education (IBE) da Unesco, em Genebra, que reúne alguns dos maiores pensadores da educação de todos os tempos e culturas.
Integram a coleção os seguintes educadores/pensadores: Alceu Amoroso Lima, Alfred Binet, Almeida Júnior, Andrés Bello, Anton Makarenko, Antonio Gramsci, Anísio Teixeira, Aparecida Joly Gouveia, Armanda Álvaro Alberto, Azeredo Coutinho, Bertha Lutz, Bogdan Suchodolski, Carl Rogers, Cecília Meireles, Celso Sucow da Fonseca, Célestin Freinet, Darcy Ribeiro, Domingo Sarmiento, Durmeval Trigueiro, Edgard Roquette-Pinto, Fernando de Azevedo, Florestan Fernandes, Frederic Skinner, Friedrich Fröbel, Friedrich Hegel, Frota Pessoa, Georg Kerschensteiner, Gilberto Freyre, Gustavo Capanema, Heitor Villa-Lobos, Helena Antipoff, Henri Wallon, Humberto Mauro, Ivan Illich, Jan Amos Comênio, Jean Piaget, Jean-Jacques Rousseau, Jean-Ovide Decroly, Johann Herbart, Johann Pestalozzi, John Dewey, José Martí, José Mário Pires Azanha, José Pedro Varela, Júlio de Mesquita Filho, Liev Semionovich Vygotsky, Lourenço Filho, Manoel Bomfim, Manuel da Nóbrega, Maria Montessori, Nísia Floresta, Ortega y Gasset, Paschoal Lemme, Paulo Freire, Roger Cousinet, Rui Barbosa, Sampaio Dória, Sigmund Freud,Valnir Chagas, Édouard Claparède e Émile Durkheim.
Clique para acessar: 62 obras sobre os principais pensadores da educação para download
Fonte: Revista Fórum
O Museu Victor Meirelles, em Florianópolis se junta a outros museus catarinenses nas celebrações pelos 50 anos de carreira da artista catarinense Eli Heil com a exposição Eli Heil em Branco e Preto. A mostra fica aberta à visitação gratuita até 8 de maio.
As festividades em torno da artista começaram em novembro do ano passado e várias outras instituições têm eventos programados para todo este ano de 2014, ano em que Eli completa 85 anos de idade. No Museu Victor Meirelles a data foi escolhida como uma deferência ao falecimento de Victor Meirelles, ocorrido em 1903.
Quase um descompasso na sua trajetória artística, as obras em preto e branco de Eli são bem pouco conhecidas. Na verdade é a própria artista que explica estas fases sem cor, provocadas pela surpresa de um diagnóstico de anemia. “Quando o médico me disse, uma vez, que eu estava com anemia, perdi a cor, e as obras também. Qualquer coisa que acontece comigo eu perco a cor.” Por estas razões, e também pela curiosidade contida nessas produções, esta mostra foi idealizada.
Uma das suas principais características é que, como artista, Eli Heil utiliza mais de 200 técnicas de produção. Além disso, as suas atividades artísticas transitam com facilidade entre a pintura, o desenho, a cerâmica, a tapeçaria, e escultura e ainda a poesia. No seu museu e ateliê, O Mundo Ovo, que fica em sua residência em Florianópolis, estão mais de três mil obras, de vários tamanhos, formatos e materiais, inclusive muitas delas na área externa da casa, como que protegendo, guardando mesmo a propriedade.
Eli Heil em Banco e Preto reúne desenhos realizados pela artista entre os anos 1960 e 90. Todos eles possuem suporte em papel, em várias gramaturas e tamanhos e, em sua maioria, os materiais utilizados são o grafite, o nanquim e a caneta esferográfica. O traço de Eli, entretanto, se revela além do preto e do branco na medida em que alguns desenhos são invadidos por azuis e amarelos, que transbordam pela escala de cinzas, desorganizando o jogo da cor predominante em sua poética.
Quando nos perguntamos sobre as referências de Eli, as respostas não ficam dentro do campo da arte, mas sim na natureza interior da artista. Por Florianópolis se localizar fora da rota dos grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde se concentrava a maior parte das produções artísticas da década de 60, a obra de Eli foi adquirindo, como aliás desde o início de sua carreira artística, um fazer especial e diferente. Livre dos cânones que a academia por vezes impõe e delimita, Eli traçou um caminho todo próprio, sempre buscando dentro de si e de seu mundo particular – O Mundo Ovo – as inspirações para suas obras. Neste sentido seus trabalhos parecem memórias sentimentais das primeiras impressões daqueles que chegaram a esta Ilha. Um misto de primitivo com inocência, característica encontrada também na arte Naif, compõem uma flora e fauna vivas que viram emaranhados de formas e que nos lembram os perfumes encorpados e voluptuosos das florestas nativas de Florianópolis. É uma arte dos sentidos e dos sentimentos, e também um registro da Ilha. Tanto em suas obras coloridas como nas em preto e branco, Eli mantém uma vivacidade nervosa que preenche o espaço vazio da folha com texturas – padrões e repetições – e linhas, sempre curvas.
Inspirada e inspiradora, Eli sempre se destacou por seu dinamismo no fazer arte. Sua obra nos fala do mesmo modo como ela própria diria, verbalmente. No site do Itaú Cultural consta o comentário crítico que “a espontaneidade constitui o vigor e o limite de seus trabalhos. Ao mesmo tempo em que propicia articulações formais e simbólicas imprevisíveis, a atitude da artista se restringe ao conceito de arte como sinônimo de auto expressão”.
Serviço:
O quê: Exposição Eli Heil em Branco e Preto
Visitação: até 8 de maio de 2014
Onde: Museu Victor Meirelles - Rua Victor Meirelles, 59 – Centro - Florianópolis – SC
Telefone: (48) 3222-0692
Fonte: Museu Victor Meirelles
A Arquiteta e Urbanista, Virginia Gomes de Luca da Divisão Técnica Instituto de Patrimônio Histórico Artístico e Nacional em Santa Catarina (IPHAN-SC) realizou no último dia 14 de abril, no Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, em Orleans (SC), o lançamento do Guia do Patrimônio Cultural de Santa Catarina. A publicação retrata os principais monumentos da região sul do estado de Santa Catarina quanto à colonização, locais turísticos, comerciais e residenciais. Foram distribuídos 7 mil exemplares entre as prefeituras participantes e outras instituições que marcaram presença.
Na publicação há menções às cidades de Cocal do Sul, Forquilhinha, Nova Veneza, Orleans, Pedras Grandes, Treviso, Treze de Maio e Urussanga. São casas, comércios, igrejas, bens produzidos no campo que fazem parte do dia a dia dos moradores destes municípios, com ênfase nas casas, ranchos, engenhos e a paisagem local. São 60 imóveis que registram o patrimônio material e tradições que eternizam o patrimônio imaterial. Todo patrimônio deixado pela riqueza da cultura italiana, açoriana, germânica, polonesa, ucraniana e austríaca estará no guia. Onde também pode ser encontrado parte do legado da imigração presente nas edificações do sul do.
Segundo a arquiteta, este é um trabalho de muitos anos que começa a ser compartilhado com a população.“Desde a década de 1980 que o Iphan realiza um inventário do patrimônio na região sul do estado e esta é primeira publicação com estes registros. O material pode servir como pesquisa e também para o turismo”, ressaltou Virgínia.
Fonte: Unibave