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O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) promoveu um total de 181 eventos somente no ano de 2018, o que corresponde a um evento realizado a cada dois dias, aproximadamente. O Museu, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), também é responsável, junto com a Assessoria de Comunicação do órgão, pelo programa de Rádio MISCUTA, veiculado pela Rádio Udesc FM de Florianópolis, que teve 48 edições ao longo do ano.

Toda essa produtividade atraiu um total de 21,9 mil pessoas, pelo menos, às atividades promovidas pelo MIS/SC. A programação incluiu 19 shows e performances audiovisuais; oito exposições (sendo uma itinerante); 142 sessões de filmes, com um total de 391 curtas ou longas exibidos; 12 oficinas e bate-papos; além da coordenação do Prêmio Catarinense de Cinema, registro e edição dos shows dos projetos TAC 8 Em Ponto e CIC 8:30 e todo trabalho de conservação e higienização do acervo. Com exceção do show MIS Verão, em janeiro, todos os eventos tiveram entrada gratuita e aberta à participação da comunidade.

"Acreditamos que o número de visitantes nas nossas oito exposições é, pelo menos, 70% maior do que o registrado. Isso se deve ao fato de que muitas pessoas vêm às mostras, mas não assinam o livro destinado ao controle do público", avalia Ana Lígia Becker, administradora do MIS/SC. "Para 2019, nosso apelo ao público é que não deixe de registrar sua presença, para que possamos ter uma ideia mais real de quantas pessoas atingimos com nossas ações", completa. O Museu estuda, ainda, a possibilidade de implantar algum sistema eletrônico para contagem de visitantes.

O MIS/SC está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, e tem exposições abertas ao público de terça-feira a domingo, sempre das 10h às 21h.

Espaço de expressão de designers, fotógrafos e artistas visuais, as capas de discos que fizeram história na música nacional e internacional são o destaque da nova exposição que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) abrirá no dia 20 de dezembro de 2018, às 20h, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. "Escolhidos pela Capa" tem a curadoria dos DJs Marcelo Pimenta, Grazi Meyer, Jean Mafra, Felipe Martins e Gustavo Monteiro, que selecionaram o material entre os cerca de 5 mil discos do acervo do Museu. Na abertura, haverá uma discotecagem, com a participação dos curadores. A visitação segue até 17 de fevereiro, com entrada gratuita.

Os DJs convidados pelo Museu para participar desta exposição também já foram parceiros em outra iniciativa: o projeto Discotecando no MIS, que divulga o conteúdo musical desses álbuns em festas realizadas no espaço expositivo do MIS/SC periodicamente. Desta vez, o propósito é enfatizar o conteúdo das capas. Cada DJ/curador apresenta um painel com 84 capas, divido em sete eixos temáticos de seleção, independentes ou não do conteúdo musical dos "bolachões".

Escolhidos pela capa traz à tona tendências estéticas, conceituais e narrativas de época e, ainda, questões atuais que perpassam a construção da cultura de massa. Cada DJ propõe, por meio de sua curadoria, um revisitar crítico sobre essas questões, sendo a antítese mesma ao título e proposta dessa exposição.

A expoição terá, ainda, duas TVs exibindo capas e músicas de discos em exposição, projeções de fotos das edições do Discotecando no MIS, pista de dança com musica ambiente e exposição de vitrolas do acervo do Museu. A produção catarinense também terá espaço com a exibição dos melhores álbuns, EPs e singles de 2018, lançados pelo portal Rifferama (rifferama.com), especializado em música catarinense, parceiro e apoiador do MIS-SC.

As capas

A produção dos primeiros discos, em goma-laca 78 RPM (rotações por minuto), era feita como qualquer outro produto e suas capas tinham a função básica de identificar o nome do artista e servir como embalagem/proteção para o material, que era extremamente frágil. No fim da década de 1930, o designer nova iorquino Alex Steinweiss, da gravadora Columbia Records, entendeu algo que hoje nos parece óbvio: a embalagem é uma ótima maneira de encantar o consumidor.

Ao longo do tempo, as capas tornaram-se tão importantes quanto o disco em si, atingindo seu auge nos anos 1960 e 1970, quando artistas consagrados passaram a ser contratados para criar artes exclusivas e inovadoras para os discos de vinil. Hoje, mesmo na era digital, as capas dos discos já estão de tal maneira presentes no nosso imaginário que até os novos formatos com arquivos e aplicativos que facilitam o acesso à música ainda destinam um espaço a elas, ao mesmo tempo em que vemos ressurgir lançamentos de álbuns atuais em LP.


DJs e suas escolhas


DJ Marcelo Pimenta
Morador de Florianópolis há 16 anos, o mineiro Marcelo Pimenta, é o criador do projeto Nação Balanço, em 2005, que circulou por várias casas durantes muitos anos na Ilha. Desde então, muitos foram os desdobramentos desse projeto e as viradas em sua carreira que também incluem a participação em vários shows locais, nacionais e internacionais.

Para a exposição não poderia ser diferente: Pimenta dará ênfase à música brasileira, traduzindo-a também em cores e imagens. "Viajar pelo universo musical como 'pesquisador' é algo viciante e maravilhoso. A imersão é tamanha, que são necessários dispositivos de resgate para o mundo 'real'", explica. "O Brasil, nesse ano de 2018, foi cenário de tantos desafios, frustrações e desilusões. De modo que eu não poderia deixar de retratá-los aqui, mesmo que minimamente, com um pingo de humor, política, sexualidade, fake news, gente, amores e futuro. Nesse Brasil de tantas caras, cores e sons: Quem somos? E o que seremos em 2019?", complementa o DJ.

DJ Grazi Meyer 

Além de DJ, é atriz, performer, professora de pole e dança, sócia proprietária do Maravilhosas Pole-Dança e criadora do Maravilhosas Corpo de Baile - um coletivo ARtivista Feminista que por meio da dança e do encontro promove o resgate e a ampliação da autoestima feminina.  E é justamente o universo da produção musical protagonizada por mulheres que Grazi traz para a exposição.

"Nascer, ser lida como, tornar-se mulher... é existir num estado eterno de inadequação. Somos consideradas fracas, inaptas, incapazes, menores, menos importantes. Somos objetificadas e tiradas da condição de sujeito das nossas próprias vivências. A participação da mulher na sociedade, comumente é vista como acessório, somos vistas como musas que inspiram, não como artistas criadoras; como as que apoiam e estão sempre ao lado de um grande homem, criando os meios necessários para que as obras primas sejam possíveis e não como seres pensantes, pulsantes, com histórias para contar e talentos a explorar", diz Grazi. A DJ explica que buscou mulheres que representassem o feminino e encontrou alguns homens que se permitiram estar ao lado do feminino, a experimentar, mesmo que brevemente, a não masculinidade. "E afinal de contas: O que é uma mulher? Uma mulher é sempre uma mulher?", questiona.

DJ Jean Mafra

DJ, músico e pesquisador. Trabalha na área musical desde 2005. Compõe, produz, pesquisa e discoteca. Criador da Samambaia Sound Club, banda na qual foi vocalista e compositor, gravando 2 CDs e realizando mais de duas centenas de shows por todos os estados do sul e sudeste. Foi um dos responsáveis pelo coletivo de bandas Clube da Luta, gravou diversos trabalhos solo e em parceria com outros artistas, atua como produtor e discoteca regularmente mixando música brasileira, eletro, pop, entre outros ritmos.

"O Brazil não conhece o Brasil", a partir da citação de Querelas do Brasil, gravada por Elis Regina, Jean apresenta seu conceito para esta exposição. "Sou dos que pesquisa canções e discos, procura novos e velhos artistas e tenta organizá-los, amalgamá-los em momentos em que o DJ, tipo eu, é o Xamã que sente a pista como um corpo com febre e o incendeia rumo ao êxtase. A pista é uma metáfora também. Assim como o Brasil, com z ou com s", pontua. "O Brasil é caipira-pira-pora para enfeitar a noite do meu bem. É um país que olha pra si através de um espelho que lhe tenta transformar em outro: ora mais branco e menos 'latino', ora mais francês ou norte-americano e menos afrodescendente ou Tupi-guarani", diz Jean.

DJ Felipe Martins

Dono de um repertório quente e altamente dançante, traz no seu trabalho a versatilidade reconhecida no meio profissional, assim como sua ideologia de trabalho que valoriza a cultura brasileira e os ritmos nacionais. Com base na música negra, seu estilo abrange o universo da música brasileira e ritmos latinos em geral. Possui um vasto repertório, que vai de raridades ao que há de mais novo, sempre interessado pelas mais novas tecnologias e tendências musicais. Ao longo de seus quase 10 anos de pista já dividiu espaço com artistas como Emicida, Marcelo D2, B. Negão, Tropkillaz, DJ CIA (RZO), Kl Jay (Racionais MCs), Black Alien, Karol Conka, Tahira, Donavon Frankenreiter, As Bahias e a Cozinha Mineira, Criolo, DJ Nuts, Di Melo, entre outros. Atualmente, Felipe é residente na festa BAILA, em Florianópolis, e participa das principais festas do Lagoa-Caraíva, Bahia.

O DJ aborda, em sua contribuição para a mostra, questões da atualidade. “O que já foi tabu? O que não é mais? O que ainda é? E o que voltou a ser? Minhas escolhas refletem questões mais atuais do que nunca, embora sempre estivessem aí: corpo, sexualidade, objetificação, o lugar da mulher na sociedade, a construção e desconstrução da masculinidade e o conceito de família. Como construímos essas imagens? Como olhamos para elas? Como elas nos olham? Essas imagens nos constroem ou somos construídos por elas?", questiona.

DJ Gustavo Monteiro

Gustavo Monteiro era o DJ que comandava as festas do Clube da Luta, um dos principais movimentos/coletivos de música autoral catarinense. Usando o codinome Zé Pereira, embalava o intervalo entre as bandas e finalizava as festas com o tradicional "bailinho do Zé Pereira". Hoje, a presença de Gustavo Monteiro é constante nas principais festas do cenário musical alternativo de Florianópolis.

Gustavo Monteiro cresceu em meio à coleção de discos dos pais. Os LPs foram sua "babá". "Eles trabalhavam fora o dia inteiro e eu ficava ‘sozinho’ com os discos", relembra.

Para a exposição, Gustavo reviveu as lembranças das tardes que passou na companhia dos discos daquilo que sempre o atraiu nas capas: o design dos letreiros dos discos e das bandas. "As fotografias em preto e branco me lembram muito do cinema mais antigo, de que também gosto bastante. Também me chamavam a atenção as paisagens e a psicodelia, referências à música e a outras culturas e etnias que fugiam do contexto de Estados Unidos e Inglaterra”, completa.


Serviço:

O quê: Exposição Escolhidos pela Capa
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Abertura: 20 de dezembro de 2018, às 20h
Visitação: de 21 de dezembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada gratuita
Mais informações: (48) 3664-2650

Estreia essa sexta às 22h na TV UFSC a série musical Antropofonia, uma coprodução Cinema e TV UFSC, apresentando no primeiro episódio o Grupo Livre de Percussão (GLIP). Ainda na sexta acontece uma exibição a partir das 18h30, na Sala de Cinema do CIC. 

Antropofonia é mistura, compasso composto com ritmos diversos, uma série em 10 episódios sobre música que se propõe a dar relevância às inúmeras vertentes do cenário musical independente de Santa Catarina, inaugurando a parceria entre o Cinema UFSC e a TV UFSC e que será exibido também no canal de Youtube do curso.

O GLIP é um grupo instrumental percussivo formado em Florianópolis em 2014 por André FM, Diogo Costa, Marcio Bicaco e Osvaldo Pomar.

Antropofonia conta com o apoio da Secarte-UFSC em sua realização, com apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) e do Cinema Unisul.


Serviço:

Quando: Sexta, 14/12

O que: exibição do episódio de estreia do Antropofonia, GLIP (25m, pb, livre)

Horários:

18h30, no Cinema do CIC (gratuito e aberto ao público).

22h na TV UFSC, canal 15 no cabo e 63.1 no sinal aberto na grande Florianópolis.

Mais informações:

Evento no FB: https://www.facebook.com/events/370164550408985/

Teaser 01 https://youtu.be/XfjnQQ9fRh4

Teaser 02 https://youtu.be/NLXjojKjAKA

GLIP: http://www.soundcloud.com/grupolivredepercussao

Na segunda-feira, 17, às 19h, o Espaço Embarcação ocupará o Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) para receber o escritor e curador independente Leo Felipe com a conversa A História Universal do After: Anti-tese sobre Depois do Fim da Festa*.A conversaé parte do conjunto de ações do projeto Preterível, contemplado no Prêmio Elisabete Anderle 2017, na categoria Artes Visuais.

Natural de Porto Alegre, Leo Felipe é escritor, curador e mestre em Artes Visuais (UFRGS), com pesquisa que investiga a contracultura e outros fenômenos localizados entre as artes, a política e a cultura pop. Na ocasião, Leo Felipe falará do seu mais recente projeto e da sua trajetória como escritor e curador independente, além de compartilhar elementos da pesquisa realizada durante a sua estadia na cidade de Florianópolis.

Preterível é uma iniciativa do artista Jorge Bucksdricker e contempla uma série de ações que visam promover no âmbito da criação artística proposições que dizem respeito à memória, à difusão e à reflexão sobre a produção artística recente e o seu contexto sociopolítico. Além dos encontros públicos, o projeto prevê a realização de três obras concebidas por três diferentes artistas a partir das suas experiências e investigações junto ao acervo do Arquivo Abreviado. O Arquivo Abreviado é um projetodo artista Jorge Bucksdricker e reúne mais de 500 itens vinculados às práticas artísticas dos últimos 50 anos.

O Projeto Preterível é realizado com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Funcultural e Edital Elisabete Anderle/2017.

SERVIÇO
Conversa com Leo Felipe.
Data: 17/12/2018 – segunda-feira – às 19h.
Local: MIS [Museu da Imagem e do Som]- Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica, Florianópolis –SC.

Evento gratuito.

A apresentação do filme 'O Circo' (1928), de Charlie Chaplin, com trilha sonora executada ao vivo pela Banda da Lapa, terá uma edição especial no dia 1º de dezembro, às 20h, no Conselho Comunitário na Freguesia do Ribeirão da Ilha. Com entrada gratuita, a ação é uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), a Sociedade Musical e Recreativa Lapa (Banda da Lapa) e o Conselho Comunitário do Ribeirão da Ilha.

A comédia de Chaplin é um clássico do cinema mudo e terá trilha sonora feita pela banda, que nasceu em 1896, praticamente junto com o cinema: a primeira sessão de cinema no mundo foi realizada em 28 de dezembro de 1895. O projeto Cinema ao Vivo resgata a experiência de assistir a um filme com som executado ao vivo por uma banda, como acontecia antes do surgimento do cinema falado.

Para o regente da Banda da Lapa, Wellinton Correa, a apresentação é um presente para a comunidade do Ribeirão da Ilha. “Já executamos a trilha sonora do filme no Centro Integrado de Cultura e em outras cidades de Santa Catarina, neste fim de ano, queremos dar este presente para a nossa comunidade do Ribeirão e sul da ilha.” A primeira vez que a Banda da Lapa fez a trilha sonora do filme 'O Circo' foi em 2015, com duas sessões lotadas no cinema do Centro Integrado de Cultura. Desde então, o espetáculo já percorreu diversas cidades catarinenses.

A sessão no Ribeirão da Ilha faz parte do Projeto 'Um sopro de esperança: Formação Musical na Banda da Lapa – Temporada 2017-2018', realizado com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Funcultural e Prêmio Elisabete Anderle/2017. O local de exibição tem capacidade para 120 pessoas sentadas.

Serviço:
O que: Cinema ao vivo com a Banda da Lapa - filme O Circo
Quando: 1º/12/18, às 20h
Local: Conselho Comunitário do Ribeirão da Ilha - Rodovia Baldicero Filomeno, 7792, Freguesia do Ribeirão (em frente à E.E.B. Dom Jaime)
Entrada gratuita.