A relação do homem com o meio ambiente e os desastres naturais de grandes proporções são os motes da mostra audiovisual 7,7º Memorial de alteração do eixo da Terra, que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apresenta de 6 a 24 de julho. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, no espaço expositivo do Museu localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.
A mostra é fruto da dissertação de mestrado realizada por Gustavo Antoniuk Presta (Guto Presta), no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Ceart/Udesc). Serão exibidos ao público três audiovisuais: O Mar de Omar, Material? e Tapa no OlhO.
Mais sobre os filmes:
O Mar de Omar: parte da pesquisa de mestrado de Guto Presta, o documentário fala sobre a relação do ser humano com a natureza a partir da história de Omar, um pescador chileno que durante 14 anos viveu em uma casa construída com as próprias mãos, sobre as pedras do canto esquerdo de uma praia no Pacífico Sul, utilizando madeiras trazidas pelo mar e materiais recicláveis.
No dia 27 de fevereiro de 2010, o sul do Chile foi sacudido por um dos terremotos mais fortes da história do país, que alterou o eixo da terra em cerca de 7,7º. Minutos depois, um tsunami com ondas de até dez metros devastou a costa chilena. Três anos depois da catástrofe, Guto Presta retornou ao Chile para ver como Omar estaria reconstruindo sua vida após a traumática experiência de perder tudo. A partir das memórias do desastre natural, Omar fala sobre sua vida e sua conexão com o mar e com a natureza.
Material?: o filme relembra o tsunami de 2010 nas ilhas localizadas no encontro do rio Maule com o mar. Em 27 de fevereiro daquele ano, havia mais de 300 pessoas acampadas nas ilhas que foram encobertas por três ondas com mais de 10 metros de altura cada. Passadas as três maiores ondas do tsunami, restavam menos de 10 pessoas nas ilhas para serem resgatadas. Qual é o tamanho e a posição do homem nas escalas das relações naturais? Material? é uma homenagem e uma memória de um desastre que talvez pudesse ter sido evitado.
Tapa no OlhO: ensaio fotográfico apresentado em formato audiovisual. Concentra-se na impossibilidade da fruição visual contemplativa da natureza como paisagem utópica. Através dos lixos registrados em praias desertas, a presença humana negativa se faz visível. É uma reflexão sobre o destino dos dejetos e carcaças que consumimos e conservamos durante a vida. Para onde vai o lixo depois de jogado 'fora'?
Serviço:
O quê: Mostra audiovisual 7,70 Memorial de alteração do eixo da Terra
Quando: de 6 a 24 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Revistas de Cinema é a exposição que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apresenta a partir do dia 23 de junho, com abertura às 19h, e visitação gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
A mostra, que segue até o dia 28 de agosto, é uma parceria com o Curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e vai contar a história do Cinema por meio de revistas brasileiras dedicadas à sétima arte.
Serão expostos exemplares de publicações das primeiras décadas do século passado até meados dos anos 1970, com compilações anuais dos periódicos Scena Muda, Filmelândia, Cinelândia, e outras publicações que compõem o acervo do MIS/SC.
Para montar a exposição, o Curso de Cinema da UFSC contou com a pesquisa e colaboração de jovens cineastas em formação, fazendo um convite ao diálogo entre diferentes gerações de artistas e público.
Serviço:
O quê: Exposição Revistas de Cinema
Inauguração: 23 de junho, às 19h
Quando: até 28 de agosto, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h
Onde: Museu da Imagem e do Som (CIC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Gov. Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica, Florianópolis (SC)
Entrada gratuita.
Informações e agendamento de visitas: (48) 3664-2651.
De hoje até a próxima quinta-feira (9) o Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), espaço que a Fundação Catarinense de Cultura administra no Centro Integrado de Cultura (CIC), recebe a mostra Melhores Minutos de 2015 do Festival do Minuto. Uma vez por ano, o Festival seleciona os melhores vídeos – dentre os milhares recebidos – para exibição em todo o Brasil. Durante uma semana, os melhores minutos do ano anterior são exibidos em centros culturais de cidades de todo país.
Entre os dias 6 e 12 de junho, acontece a Rede de Exibição 2016. Como todos os anos, centenas de pontos de cultura, escolas e cineclubes exibem mostras do Festival do Minuto ao redor do Brasil. Nesse ano, além dos Melhores Minutos de 2015, os pontos puderam selecionar mostras especiais dos 25 anos do Festival. No CIC, os filmes serão exibidos no espaço expositivo do MIS/SC, nos seguintes horários:
Dia 6 de junho (segunda-feira): das 19h às 20h30min;
De 7 a 9 de junho (terça a quinta-feira): das 10h às 20h30min.
Em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a diretora Giovana Zimermann lança o filme branCURA, no dia 8 de junho, às 20h, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com entrada gratuita.
O curta-metragem, contemplado pelo Edital Prêmio Catarinense de Cinema - edição 2012/2013, concedido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) e da FCC, aborda o trauma de uma jovem que sofreu abusos sexuais na infância e adolescência e traz em sua narrativa poesias de Cruz e Sousa e Charles Baudelaire.
Logo após a exibição será realizada uma conversa para debater o tema “Trauma pós Violência Sexual”, com a presença da equipe do filme e da psicóloga policial Maíra Marchi Gomes, que atua na Delegacia da Mulher de São José.
Livro estuda a juventude nas periferias francesa e brasileira
Na ocasião, Giovana Zimmermann também lançará o livro "Rio de Janeiro e Paris: A Juventude Apache do Cinema na Periferia", que acaba de ser publicado pela editora Autografia, do Rio de Janeiro.
A obra trata de um estudo crítico sobre as mudanças nas cidades e o que elas têm em comum, por meio de uma filmografia que inclui La Haine (O Ódio), 1995, de Mathieu Kassovitz, e Cidade de Deus, 2002, de Fernando Meirelles e Kátia Lund. A autora propõe a realização de uma discussão sobre os dois países a partir de suas características semelhantes – mesmo que possuam diferenças entre si –, como o comportamento dos jovens em uma sociedade do espetáculo e do consumo.
Sinopse do filme
Após violências sofridas na infância e na adolescência, Aimèe (Angélica Mahfuz), embora bonita, toma cuidados para não ser percebida, sublima a sensualidade, entendendo-a como uma ameaça. Ambígua, pensa em tirar a própria vida, mas é interrompida por Louis (Johny Bruckhoff). Usa a arte na luta contra uma neurose obsessiva. Vê em seu processo criativo uma possibilidade de suprir a lacuna deixada pelo trauma.
Sobre a diretora:
Giovana Zimermann é artista visual e cineasta. Cursou mestrado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2009, e concluiu doutorado em Literatura, em 2015, na mesma universidade. Pós-doutoranda na Universidade Federal do Rio de Janeiro –IPPUR/UFRJ (2016), utiliza o cinema como dispositivo do discurso sobre os conflitos urbanos. Dedicada a pesquisar e produzir arte urbana desde 2000, Giovana possui obras em acervos nacionais e internacionais.
Ficha Técnica:
Direção: Giovana Zimermann
Roteiro: Giovana Zimermann
Direção de Fotografia: Roberto Santos (Tuta)
Música: Kamma No - Terra Sonora
Edição de Som: Daniel Téo e Marcelo Téo
Montagem: Alan Porciuncula
Produção Executiva: Marina Teixeira
Direção de Arte: Giovana Zimermann e Policarpo Graciano Pinto