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O Museu de Arte de Blumenau está, desde o dia 4 de julho, com oito exposições abertas à visitação do público. As mostras Dentro da Mata, de Miguel Penha; Os seres que me habitam, de Camila Vieira; 8/80 Pixels, do Coletivo opiopticA; Trama, de José Fernandes; Do Urbano ao Íntimo, de Pámela Reis; Sr. Joaquim e Cabeleira, de Thais Valadares e Se os homens conservarem as águas, de Luisa Christ, ficam no espaço até 18 de agosto. Já a exposição Luminosidade, do grupo de estudos Arte Varia, fica aberta até 30 de julho. A visitação pode ser feita sempre de terça-feira a domingo, das 10h às 16h. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone (47) 3381-6176. A entrada é franca.

Dentro da Mata
A exposição Dentro da Mata, de Miguel Penha, conta com 12 telas pintadas exclusivamente para a exposição, com a predominância da natureza, do verde, das matas e da exuberância de nossas florestas. O artista da Chapada dos Guimarães (MT) pretende despertar no visitante a sensação ao entrar em uma floresta. As telas foram pintadas a partir de um conhecimento específico, um conhecimento indígena, pois o artista é indígena e tem uma vivência direta com tribos de diversas nações.

Os seres que me habitam
Com Os seres que me habitam, Camila Vieira parte da mancha como viés artístico para deixar vir à tona um universo infinito de figuras que nascem do acaso e da aleatoriedade. Assim, surgem seus seres imaginários - personagens que refletem a subjetividade e sua forma de interpretar a vida e as questões mundanas. À maneira dos surrealistas, ela procura libertar-se das exigências da lógica e da razão para ir além da consciência cotidiana, como em um sonho. Camila Vieira é graduada em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina e reside em Rolândia (PR).

8/80 Pixels
8/80 Pixels, do Coletivo opiópticA, contempla uma pequena mostra da parte de produção multimídia de Alexandre Venera sobre a menor partícula visual da tela do computador, os pixels. A obra é apresentada visualmente em duas formas: como arte digital (com protetores de tela e visualizadores DJ/VJ) e artes gráficas (ampliações impressas dos quadros, fine art, print screen e instalações). 8/80 Pixels comemora 10 anos desde o início de sua produção e foi concebida a partir da perda de arte, na tentativa de recuperar as imagens danificadas de seu HD.

Trama
Na série Trama, de José Fernandes, teias, enredos, escrituras e constelações preenchem o campo visual de seus trabalhos. José Fernandes é artista gráfico e visual, formado em arquitetura, vive e trabalha em Belém (PA). É Mestre em Comunicação, Linguagens e Cultura pela Universidade da Amazônia, onde, por dez anos, foi professor de artes visuais.

Do Urbano ao Íntimo
Do Urbano ao Íntimo, série da artista Pámela Reis, se utiliza do contraste entre a sensação de conforto e aconchego que as almofadas transmitem, e a impessoalidade de uma viagem de ônibus. A delicadeza do bordado à mão é entrecortada pelo tema agressivo das grandes cidades. Pámela possui licenciatura e especialização em arte e educação e reside na cidade de Serra, no Espírito Santo.

Sr. Joaquim e Cabeleira
Em Sr. Joaquim, a mineira Thais Valadares exprime sua inquietude em movimentos marcados pela trama entre fantasia, realidade e memórias pessoais. Cabeleira é um desenho-instalação de 45 camadas de impressão serigráfica com intervenção em desenho sobre papel Florpost, com 12 metros de comprimento. Aqui, numa alusão poética à passagem da vida, do tempo e das reminiscências, a artista enfatiza o contínuo crescimento dos cabelos, ao mesmo tempo em que os emaranha às cenas traçadas ao longo da série Sr. Joaquim, desenhos sobre papel de algodão. O conjunto é desdobramento de u m diálogo mantido ao longo dos últimos dois anos de seu bacharelado em Artes Plásticas, tanto em disciplinas isoladas na Escola de Belas Artes da UFMG, como na Escola Guignard, da UEMG.

Se os homens conservarem as águas
A exposição Se os homens conservarem as águas, de Luisa Christ, reúne duas obras desenvolvidas em 2009 e 2012, que abordam um tema atual como a água e sua falta. "Objeto Vazante" remete à conservação da água e é composto por uma caixa suspensa com cabos de aço, apresentando um gotejamento contínuo de água. Apresenta textura de trincas e fendas, algumas vezes revelando indícios de água, outras vezes simplesmente denunciando sua carência.

Sonha e serás livre de espírito
A instalação "Sonha e serás livre de espírito", também de Luisa, discute a inconformidade humana frente à constante destruição dos recursos naturais e sua impotência diante das mudanças climáticas do planeta e suas consequências. A artista trabalha com artes plásticas desde 2004, ano em que iniciou o curso de Bacharelado na Udesc. Entre as diversas linguagens visuais que utiliza, dedica-se especialmente à cerâmica artística.

Luminosidade
A exposição coletiva Luminosidade ressalta verdadeiras sinfonias de luz e sombra, contraste, ritmo, harmonia e variações tonais. O trabalho revela ou encobre meticulosamente detalhes e particularidades que só a aquarela sabe expressar. Por excelência, a técnica da pintura em aquarela é bastante minuciosa e de todas as técnicas, a mais delicada. Exemplo eminente da qualidade técnica, a mostra não contempla tema único, sendo, antes de tudo, a reunião de obras que objetiva a redescoberta da aquarela por sua leve e sutil manifestação e infinitas possibilidades.

Serviço:
O quê:
Exposições no Museu de Arte de Blumenau
Quando: de 4 de julho a 18 de agosto (exceto exposição Luminosidade, que se encerra no dia 30 de julho)
Onde: Museu de Arte de Blumenau - Rua XV de Novembro, 161, Centro - Blumenau/SC
Visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 16h.
Entrada gratuita
Informações: (47) 3381-6176

Fonte: Museu de Arte de Blumenau