A criação do primeiro índice estatístico na área cultural será anunciada pela Secretaria de Políticas Culturais, durante a participação do Ministério da Cultura no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, que será realizado em Brasília nos no início deste ano.
O novo índice traz um ranking dos municípios brasileiros em gestão cultural e contou com a colaboração do pesquisador Rogério Boueri, da Secretaria de Estudos Regionais e Urbanos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O estudo foi feito com base nos dados apurados na Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), de 2006.
Ao todo foram elencados 5.562 municípios no país inteiro. O trabalho é voltado para a quantificação dos instrumentos culturais utilizados pelas prefeituras e não mede a fruição cultural em si, mas o apoio que esta área recebe das respectivas prefeituras.
“Pontuamos melhor os municípios que possuem uma maior diversidade de ações culturais apoiadas pelas prefeituras”, comentou o gerente de Estudos e Pesquisas da SPC/MinC, Pablo Martins, ao explicar os critérios adotados pelos pesquisadores na criação do Índice de Gestão Municipal em Cultura (IGMC).
A pesquisa traz algumas curiosidades, como a classificação de grandes centros urbanos em posições inferiores a de pequenas cidades. O resultado do trabalho só será conhecido no mês de março, quando o novo índice será lançado oficialmente pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, com a presença do presidente do Ipea, Márcio Pochmann.
Os municípios pesquisados foram avaliados em três tópicos principais, que são: o Fortalecimento Institucional e a Gestão Democrática; a Infra-Estrutura e os Recursos Humanos; e as Ações Culturais. A idéia de elaboração de um índice sobre gestão cultural surgiu, segundo Pablo Martins, da grande base de dados formada na pesquisa Munic 2006 e da necessidade de sistematizar este material para a utilização em políticas públicas. Ele acredita que o índice vai servir de importante instrumento de trabalho para os prefeitos e também para a população, que poderá ter uma visão mais ampla da política cultural do seu município e compará-la com os demais.