A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) e Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), leva a Abelardo Luz, na região Oeste, a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas, que retrata o importante episódio da história catarinense. A exposição fica aberta à visitação no hall de entrada da Câmara de Vereadores do município até 14 de dezembro, às segundas-feiras, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30; e de terça a sexta-feira, no período matutino. A visitação é aberta à comunidade, mas grandes grupos devem agendar pelo telefone (49) 3445-4198, com Raquel Ferreira.
A mostra itinerante é uma versão modular e para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de diversos estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis.
O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.
Capacitação aos professores
Como parte da programação da mostra também será realizada a oficina "Possibilidades de ações educativas: Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas" em data ainda a ser definida. Serão capacitados professores da rede escolar municipal, que participarão da atividade ministrada pelo professor Delmir José Valentini. Os professores conhecerão o material educativo da exposição, contendo propostas de atividades educativas transdisciplinares como mais um recurso para potencializar a visita à exposição e seus desdobramentos na escola.
Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisar com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
Serviço:
O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas
Quando: de 14/9 a 14/12/2017
Visitação: às segundas-feiras, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30; e de terça a sexta-feira, no período matutino.
Onde: Hall de entrada da Câmara de Vereadores de Abelardo Luz
Entre os dias 15 de setembro e 30 de outubro, o Conselho Estadual de Cultura (CEC) receberá da sociedade civil organizada sugestões de nomes de personalidades que poderão ser homenageadas com a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa de 2017. Poderão ser indicadas pessoas físicas ou jurídicas que tenham contribuído para o enriquecimento ou defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado.
Todas as sugestões serão analisadas pelo CEC, mas no máximo oito personalidades receberão a comenda, dentre as quais poderá constar um agraciado in memoriam e uma pessoa jurídica. A indicação deve ser feita exclusivamente por meio do preenchimento do formulário eletrônico disponível neste link.
A metodologia de escolha com a participação da sociedade foi utilizada pela primeira vez em 2016. Foram registradas 572 participações, que resultaram em 88 nomes. Desses, foram validados 79, sendo então definidos os oito homenageados. Outro dado interessante foi a participação de 52 municípios do estado.
A Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa – criada pelo Decreto 4.892/1994 – é um prêmio simbólico concedido desde 1997 aos autores de obras literárias, artísticas, educacionais ou científicas relativas ao Estado de Santa Catarina. A relação dos agraciados das últimas edições pode ser conferida no site do CEC.
A cerimônia de outorga da medalha de 2017 será realizada no dia 24 de novembro, data de aniversário do patrono. Local e horário ainda serão definidos.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abrirá concurso público para o preenchimento de 45 vagas para a carreira técnico-administrativo em educação. As vagas contemplarão os vários Campus da UFSC e, entre elas, há uma vaga para profissionais formados em Museologia.
As inscrições ocorrerão de 10/10/2017 a 13/11/2017. Mais informações podem ser obtidas no site do edital (http://051ddp2017.concursos.ufsc.br/).
A UFSC não realizará análise dos documentos dos candidatos para comprovação de requisitos para posse no cargo, neste momento. A análise ocorrerá somente após nomeação do candidato aprovado.
Está aberto o credenciamento de profissionais que comporão a Comissão Especial de Avaliação de Projetos (CEAP), para analisar os projetos culturais inscritos no Edital do Fundo Municipal de Cultura do município de Bombinhas de 2017. A documentação referente à inscrição deve ser enviada para a Prefeitura Municipal de Bombinhas até o dia 20 de outubro de 2017. Serão selecionados três pareceristas especialistas em cultura, atuantes e residentes fora do município.
Sorrisos, brincadeiras e apresentações culturais marcaram a comemoração dos 15 anos do Museu de Zoologia da Unesc Morgana Cirimbelli Gaidzinski. Durante o encontro, que ocorreu no dia 26/9, o Museu lançou o seu primeiro livro infantil. “Pintado, o Mascote do Museu”, é uma obra da Editora Unesc, resultado da parceria entre o Museu e a Polícia Militar Ambiental, escrito pela professora Morgana, com ilustração de Vamber Cabral e que será distribuído gratuitamente para a comunidade.
A obra visa estimular o interesse das crianças pelo conhecimento sobre a fauna da mata atlântica e sensibilizar para a preservação deste importante bioma por meio da leitura. “Ela apresenta os principais impactos ambientais responsáveis pela perda de nossa biodiversidade, motivo pelo qual as espécies animais vem sendo depositadas no acervo do Museu”, comentou a coordenadora do Museu, Morgana Cirimbelli Gaidzinski.
O livro narra a vida de Pintado – um gato-maracajá, animal símbolo do Museu da Unesc – em seu habitat natural, a Mata Atlântica e a sua chegada ao Museu de Zoologia, local onde passa a viver desempenhando um importante papel na educação ambiental, estabelecendo uma relação de interação com os visitantes na construção do conhecimento, levando de forma lúdica e divertida a mensagem do Museu de preservação e respeito à vida.
O vice-reitor da Unesc, Daniel Preve, parabenizou a equipe do Museu pelo desenvolvimento do trabalho. “Há 15 anos eu tive o prazer de participar da inauguração do espaço do Museu em nossa Universidade. E naquele momento, não se haviam dúvidas de onde o museu poderia chegar. Mas nenhum de nós imaginaríamos toda essa grandeza que pode ser observada nos dias de hoje. E que nós possamos ter daqui a 15 anos uma comemoração ainda maior, com um Museu para além dos muros da nossa Universidade”, comentou.
História
O Museu de Zoologia da Unesc foi fundado em parceria com o 2º Pelotão da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, com o objetivo de promover por meio de seus programas educativos o conhecimento sobre o mundo natural, e sensibilizar o público visitante por meio do acervo em exposição para as questões ambientais. Ao longo de 15 anos, as exposições e programas educativos receberam um público superior a 120 mil alunos e professores de 575 instituições de ensino, provenientes de 45 municípios.
O local desenvolve programas educativos com escolas públicas e privadas promovendo reflexões sobre os desafios para que a sustentabilidade seja possível no planeta. Utiliza para isso diferentes recursos pedagógicos que despertam e estimulam os mecanismos sensoriais, fazendo com que os estudantes desenvolvam a criatividade tornando-se participantes no processo de aprendizagem.
O Museu possui três núcleos expositivos: Ecossistema Marinho, Mata Atlântica e Vida Selvagem. Todos estão abertos à visitação pública e gratuita. O agendamento de visitas orientadas pode ser feito pelo telefone (48) 3431-2573.
Participações
Também participaram do encontro a Secretária de Educação de Criciúma, Roseli Deluca, o Tenente da Polícia Militar Ambiental, João Hélio Schneider de Siqueira, o editor chefe da Editora Unesc, André Cechinel, o presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Sergio Zappeline e o artista plástico João Batista Cerafim.