A “gambiarra”, na linguagem popular, é entendida como sinônimo de algo improvisado, ou fabricado com materiais não convencionais. Muitas vezes, é a capacidade de resolver as coisas não pelo modo esperado, mas pelo possível. A nova exposição do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), Gambiarra Sonora, aborda esse tema, apresentando objetos musicais feitos na gambiarra, que tanto ressignificam a função original das coisas como dão ao instrumento um toque especial, uma sonoridade única, atribuindo-lhes mais importância afetiva e histórica, além de promover o reaproveitamento de materiais descartados. A abertura será no dia 13 de setembro, às 19h, e a visitação gratuita segue até 15 de outubro.
Muitos desses objetos presentes na mostra foram apresentados no I Festival Gambiarra Instrumental, realizado pelo MIS/SC em maio deste ano, e outros se somaram durante a pesquisa para a exposição. Fazem parte da exposição os seguintes criadores: Alexandre Venera (diversas pesquisas eletroacústicas); Bruno Solive (flauta de PVC); Clayton Balduíno (claricano); Douglas Costa Silveira (Violata!, Box Guitar 3 cordas, Box Guitar 6 cordas, Skate Guitar 6 cordas, e Suitcase Bass 4 cordas); Emanuel de Souza Pereira (washboard); Freitas (Trutruka); Lucas Sielski Kinceler (conecsom); Marcelo Santos Portela em parceria com o luthier Sidnei Vidal (enRabecador); Murilo Bento (MousEbow); Paulo Andrés de Matos Villalva (violatão, Blue Box, Violata); Polo (diversos instrumentos); Rodrigo Ramos (Espelho Sonoro); e Saulo Castilho (Bassoura).
Numa parceria com o Museu do Lixo da COMCAP, serão expostos, ainda, instrumentos tradicionais que foram descartados na Grande Florianópolis, sendo recolhidos pela Companhia e inseridos posteriormente como acervo do Museu. A dupla Neiciclagem e Reci Clayton realizará uma instalação com materiais descartados compondo o título da exposição no melhor design gambiarra.
Seja para baratear os custos ou pensando nas questões ambientais envolvidas, a Gambiarra deve ser valorizada como manifestação cultural. “O Brasil é um dos países que mais recicla, mas o sistema é muito mais voltado à reutilização da matéria bruta do que à inovação e reinvenção dos materiais”, diz Douglas Costa Silveira (Bagé/Bluesman), um dos participantes da exposição.
Na abertura da exposição alguns criadores dos instrumentos e objetos sonoros realizarão uma pequena jam session demonstrativa. Faz parte da agenda da exposição uma oficina de Construção de Gambiarras Sonoras, aberta ao público, que ocorrerá em data a definir; além de uma nova edição do Papo Museal, dessa vez sobre “Design da Gambiarra”, marcada para 20 de setembro, das 19h às 21h. “Papo Museal” são rodas de conversa informais que têm o propósito de discutir questões contemporâneas relacionadas aos museus e a espaços afins.
Serviços:
O quê: Exposição Gambiarra Sonora
Abertura: 13 de Setembro de 2017, às 19h
Visitação: de 14 de setembro a 15 de outubro, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)
Evento gratuito, com emissão de certificado de 2 horas.
O quê: Oficina de Construção de Gambiarras Sonoras
Quando: data a confirmar
Local: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)
Evento gratuito, com emissão de certificado de 2 horas.
Mais informações pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (48) 3664-2653.
Inaugura na próxima quarta feira (6), no Espaço Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), a exposição “Expressando arte através dos valores plásticos” de Lucio Carlos dos Santos. O artista é envolvido com as artes plásticas desde 2002, aos 14 anos de idade, momento em que Silvio Pléticos iniciou alguns cursos no município de São Pedro de Alcântara, onde ele morava.
Para Lucio, um dos papéis da arte é refletir o meio em que vivemos. As obras expressam o seu olhar sobre temas relacionados à cultura da cidade de São Pedro de Alcântara. Por meio delas, o artista deseja despertar o interesse do público pelas manifestações de arte.
Serviço:
O que: Exposição “Expressando arte através dos valores plásticos”, de Lucio Carlos dos Santos
Quando: a partir de 06/09/2017 até 24/09/2017
Visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada gratuita
Onde: Espaço Lindolf Bell – Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
A Casa dos Açores, a primeira a ser reconhecida como espaço público desta natureza no Brasil, e que abriga o Museu Etnográfico da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em Biguaçu, recebe uma doação de caráter inestimável. O Grupo Arcos Pró-Resgate da Memória Histórica, Artística e Cultural de Biguaçu, doou seu acervo composto por trajes folclóricos originais das Ilhas dos Açores e Litoral catarinense, artesanato de referência cultural, instrumentos musicais, documentos, material bibliográfico, fotografias e audiovisual. O novo destino deste conjunto será a exposição permanente no espaço localizado às margens da BR-101.
O Grupo Arcos surgiu em 1989 com o propósito de construir um processo de identificação e valorização do patrimônio material e imaterial da cultura de base açoriana do Litoral de Santa Catarina. A instituição é reconhecida internacionalmente pelos esforços na promoção da pesquisa histórica, tendo o folclore como uma ponte para a divulgação das suas ações. A presidente do grupo e historiadora Ana Lúcia Coutinho, reforça o valor histórico do acervo repassado à FCC: são pelo menos 40 trajes originais, vindos do Arquipélago dos Açores (das ilhas de São Miguel, Tercrira, Pico, Fayal, Santa Maria e São Jorge) e de residentes da região litorânea de Santa Catarina, entre peças típicas folclóricas, vestuários de camponeses, de trabalho, de festas e sociais de época. Há também utensílios de trabalho do século 19, como os tipitis (prensas ou espremedores de palha) e roca de fiar, carro-de-boi, e instrumentos de festas e musicais – pau-de-fita e violas de dois corações e da terra.
O acervo foi criado no início dos anos 1990, a partir da aquisição do próprio grupo e doações voluntárias da comunidade e também do Governo dos Açores em reconhecimento ao trabalho do grupo catarinense. Pelo termo de doação celebrado entre o Arcos e a FCC, o conjunto será destinado à exposição permanente na Casa dos Açores. “Não foi um passo fácil para nós, mas entendemos que o momento é importante e local é o mais apropriado para receber esse acervo. Trata-se da primeira Casa de Açores reconhecida no âmbito público no Brasil e também pela atenção que a nova gestão da FCC tem dado à valorização do patrimônio”, disse Ana Lúcia.
A Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da FCC deu início ao projeto expográfico para o acervo que será executado no prazo de 12 meses. Para o presidente da FCC, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, a chegada deste material representará um novo momento para os trabalhos no Museu Etnográfico e o reconhecimento dos esforços na preservação do patrimônio. “É uma responsabilidade, mas também é uma honra receber este acervo que terá o destino digno que é a sua exposição permanente. Ele será muito importante no trabalho que estamos desenvolvendo para tornar o nosso museu referência para o país”, celebra o presidente, destacando também que a Casa dos Açores passará por um processo de restauro emergencial.
Sobre A Casa dos Açores
A Casa dos Açores, construída no século XIX, abriga o Museu Etnográfico, no município de Biguaçu. Distante cerca de 20 quilômetros do centro de Florianópolis, é um dos mais esplêndidos registros do apogeu da colônia açoriana-madeirense da localidade de São Miguel. A Casa dos Açores é administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O imóvel foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979.
O museu forma, junto com a Igreja de São Miguel Arcanjo, a chácara e os arcos do antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico. Conta com acervo de móveis, roupas e outras peças que visam à preservação e ao estudo da cultura açoriana. O espaço serve também para divulgar obras de autores catarinenses e exposições, além de contar com a comercialização de artesanato local.
O projeto Yoga no Palácio definiu os horários de aula para o segundo semestre de 2017. Os encontros ocorrerão sempre às segundas e terças-feiras, no auditório do Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, centro de Florianópolis. A realização é uma parceria da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), administradora do espaço, e do Curso de Extensão Projeto Práticas Corporais do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC).
As aulas ocorrerão às segundas-feiras, das 19h às 20h30 (professor Tales Nunes) e às terças-feiras, das 9h às 10h30 (professora Ana Julia Lobo Feijó). As turmas são preenchidas de acordo com a ordem de chegada dos alunos, sem inscrições prévias, e limitadas pela capacidade máxima da sala, de 30 pessoas por aula.
Mais informações pelo telefone (48) 3665-6363.
Serviço:
O quê: Projeto Yoga no Palácio
Aulas:
segundas-feiras, das 19h às 20h30 (professor Tales Nunes);
terças-feiras, das 9h às 10h30 (professora Ana Julia Lobo Feijó);
Onde: Auditório do Museu Histórico de Santa Catarina - Localizado no Palácio Cruz e Sousa - Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis (SC)
Informações: (48) 3665-6363
Participação gratuita (por ordem de chegada - capacidade de 30 alunos por aula)
O Museu Victor Meirelles celebra mais um ano de nascimento do seu patrono no dia 18 de agosto, às 19 horas, com a abertura da exposição Victor em 4D – Segundo Módulo: A Dimensão Histórica.
Em prosseguimento ao projeto Victor em 4D a mostra tem como tema, neste segundo módulo expositivo, a infância de Victor, o aprendizado do Victor aluno, o professor da Escola de Bela Artes, o artista detalhista e o elogiado pintor de panoramas. Nesta abordagem da dimensão histórica a reflexão está justamente nas histórias de suas pinturas históricas. As histórias que contam as pinturas históricas de Victor Meirelles.
Neste sentido foi programada para as 16 horas, especialmente para a abertura da exposição, uma mesa-redonda com o professor Mário César Coelho, do curso de História da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, e com o curador Pedro Xexéo.
Mário César é graduado em Arquitetura e Urbanismo, com mestrado e doutorado em História Cultural pela UFSC, e falará sobre as coleções de Estudos de Embarcações de Victor Meirelles. Pedro Xexéo é museólogo e crítico de arte, tendo integrado o corpo técnico do Museu da Inconfidência de Ouro Preto, em Minas Gerais, e atuado como coordenador técnico do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O tema do seu painel será A Batalha dos Guararapes de Victor Meirelles na 25ª Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1879.
A Exposição
O Museu Victor Meirelles está recebendo em definitivo do Museu Nacional de Belas Artes-MNBA um conjunto de obras de arte que passará a integrar o seu acervo e todas estão nesta exposição, integrando o Módulo Dimensão Histórica. Num primeiro momento, serão apresentadas quatro biografias sobre o pintor, suas semelhanças e diferenças no trato de Victor como personagem - um misto de pinturas e desenhos. Em seguida, a mostra sugere uma análise das histórias de suas pinturas, identificando as estratégias de Victor enquanto narrador e contador de histórias, através das obras Naufrágio da Medusa e dos estudos, tanto para a Passagem do Humaitá como para a Batalha dos Guararapes.
Num terceiro momento serão apresentados ainda 12 estudos de embarcações, também transferidos do MNBA, e que serão expostos junto com os estudos de trajes italianos. A ideia é possibilitar uma leitura comparada desses dois momentos em que Victor observava diferentes objetos da realidade, em diferentes ambientes e com objetivos distintos.
Uma parceria especial com a Barca dos Livros vai propiciar a elaboração de dois textos sobre as histórias do Naufrágio da Medusa e da Passagem do Humaitá, ambos no formato de contação de histórias. Os textos produzidos serão gravados e disponibilizados para os visitantes com o auxílio de fones de ouvido.
Com mais de dez anos de atividades A Barca dos Livros foi eleita a melhor biblioteca do Brasil em 2014. Além de livros para adultos, a Barca tem o maior acervo de literatura infantil e juvenil de Santa Catarina. Mais do que uma biblioteca, a Barca é um ponto de cultura ininterrupto, oferendo cursos gratuitos ou a preços acessíveis e recebendo grupos de alunos para as sessões de leituras e narrações de histórias.
Outros três textos de apoio à exposição também estarão disponíveis ao público, cada um abordando uma característica da obra de Victor Meirelles. O primeiro, da professora Mara Rúbia, do curso de Moda da Universidade do Estado de Santa Catarina, versa sobre os Estudos de Trajes de Victor Meirelles, uma série de desenhos nos quais o panejamento era o objeto de estudo do artista. O segundo texto, de autoria do professor Mário César Coelho, cuida dos Estudos de Embarcações e o terceiro, do professor Pedro Xexéo, fala sobre a obra Batalha dos Guararapes e seus estudos.
Victor em 4D
O Projeto Victor em 4D é uma mostra de média duração sobre a vida e a produção artística de Victor Meirelles, dividida em quatro dimensões: estética, histórica, política e simbólica.
O objetivo da exposição é sugerir possíveis leituras sobre o acervo do artista, preservado pelo Museu Victor Meirelles, buscando identificar as características estéticas de suas obras, as diferentes fases de Victor como aluno, professor e artista, o ambiente em que sua produção estava inscrita na segunda metade do século XIX e o legado deixado pelo pintor como patrimônio artístico brasileiro.
O primeiro módulo, a Dimensão Estética, foi exposto no dia 17 de maio e apresentou algumas características da arte de Victor Meirelles, tais como o estudo permanente como processo de criação artística e a análise estética das suas obras. O próximo módulo, a Dimensão Política, vai ser exibido a partir de 16 de novembro e o Módulo 4 - Dimensão Simbólica foi dividido em duas partes: O Legado de Victor, a ser montado em 28 de fevereiro de 2018 e a seguir Victor e o Tempo Presente, que será exposto em 17 de maio.
A exposição Victor em 4D - A Dimensão Histórica fica em cartaz até o dia 11 de novembro de 2017. O Museu Victor Meirelles está funcionando em sua sede provisória, na Rua Rafael Bandeira, nº 41, Centro, em Florianópolis. A entrada é gratuita.
Serviço:
Victor em 4D – Módulo 2 – A Dimensão Histórica
Exposição
Abertura dia 18 de agosto de 2017, às 19 horas
Mesa-Redonda às 16 horas, com Mário César Coelho e
Pedro Xexéo
Museu Victor Meirelles
Rua Rafael Bandeira, nº 41 – Centro, Florianópolis/SC