Considerado o principal instrumento para a gestão de museus, o plano museológico tornou-se obrigatório pela Lei 11.904/2009, que estabelece como dever de todos os museus brasileiros sua elaboração e atualização. Com o objetivo de orientar os museus brasileiros na elaboração deste instrumento, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançou em 2016 a publicação “Subsídios para a elaboração de planos museológicos” – que agora pode ser encontrada também em versão online, para download gratuito.
O livro explica em detalhes as etapas necessárias à elaboração de um plano museológico, que deve trazer diagnóstico do museu e definição de seus objetivos estratégicos, expressos nos diversos programas que abarcam as funções de uma instituição museológica, assim como em seus projetos.
Resultado de um trabalho multidisciplinar que envolveu todos os departamentos do Ibram e também profissionais atuantes em museus vinculados à rede, a publicação traz ainda histórico dos museus no Brasil e reúne a legislação brasileira para o setor. Baixe aqui.
Papo Museal são rodas de conversa informais conduzidas pelos setores educativo e museológico do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), em parceria com outras casas administradas pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e com a participação de diferentes setores da sociedade, com o propósito de discutir questões contemporâneas relacionadas aos museus e espaços afins. Como primeiro evento, no dia 25 de agosto, às 19h, o Grupo Cena 11 Cia de Dança, que está em ocupação-residência no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), é o convidado para conversar sobre as possibilidades de conservação de obras contemporâneas no acervo de museus. O encontro será no MASC.
Como salvaguardar uma performance, uma peça de dança ou uma instalação? Fotografias e vídeos dão conta de preservar a essência de um trabalho artístico e sua possibilidade de reprodução/remontagem no futuro? Como fica o direito de autor e o direito de aquisição com relação a esses materiais do acervo, isto é, como expô-los ao público? O encontro irá analisar casos existentes em outros espaços para chegar a um panorama de como esse tipo de situação vem ocorrendo e quais foram as soluções encontradas.
O público-alvo dos encontros são profissionais das áreas relacionadas às artes visuais, museologia ou patrimônio material/imaterial. Para os que necessitarem, será emitido certificado de 3 horas de participação. As inscrições devem ser feitas no link: https://goo.gl/forms/Nwairs3I1qj48FJx2
Serviço:
O quê: Papo Museal #1: Arte contemporânea e sua conservação em acervos museais
Data: 25/08/2017, das 19h às 21h
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica - Florianópolis (SC)
Evento gratuito. Emissão de certificado de 3 horas.
Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / (48) 3664-2653.
Agosto terá uma nova edição do Museu Musical nos jardins do Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina. O projeto da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) faz um convite para uma pausa depois do trabalho ou da aula para curtir o show do trio Time Travelers no dia 31 de agosto, das 18h às 19h, com entrada gratuita.
O trio composto por Hasse Berggren (sax e voz), Horácio Quiroga (violão) e Ernesto Quiroga (bateria) tem um repertório que vai de Duke Ellinton e Fats Walker até Monk e Jobin, músicas de Cole Porter, Kurt Weill, Gerschwin tocadas na Era do Rádio e interpretadas por grandes cantores como Nat King Cole, Billie Holiday, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, constituem um tesouro musical que merece ser ouvido ainda hoje. Time Travelers busca resgatar “the golden age of jazz”, seus cantores, seu intimismo, o genuíno “cool jazz”. "Love me or leave me", "Sophisticated Lady@, "Honeysuckle Rose", My foolish heart", I thought about you" são algumas das pérolas que o trio interpreta.
Sobre os músicos
Hasse Berggren: nasceu em Uppsala, Suécia, viveu a maior parte de sua vida em Estocolmo e os últimos 25 anos entre Estocolmo e Florianópolis. Estudou música e começou a tocar sax tenor aos 16 anos, inspirado por músicos como Lester Young, Thelonius Monk, Miles Davis, John Coltrane, Lars Gullin e muitos outros que teve a oportunidade de ouvir ao vivo. Viveu um ano e meio na Índia e, de volta a Estocolmo, tocou em bandas como Levande Livet, Hästa Brothers, Mushroom Pickers e com Hassan Bah e Osman Abdertrahman, músicos africanos. A partir dos anos 80 trabalhou também com como tradutor. Vive agora em Florianópolis onde já tocou com muitos músicos locais e integrou diferentes bandas.
Horácio Quiroga: nasceu em Buenos Aires, Argentina, onde teve a oportunidade de estudar com Luís Salinas, Augustin Pereira Lucena e Oscar Alemán. Acompanhou músicos de jazz e de música brasileira antes de decidir mudar-se para Catalunha, na Espanha, onde viveu durante 25 anos e estudou com professores do Taller de Músicos de Barcelona e tocou com músicos de jazz e de tango. Atualmente mora em Florianópolis e, além de fazer parte do trio Time Tavelers, acompanha vários cantores de diferentes estilos.
Ernesto Quiroga: nascido em Buenos Aires, Argentina, e basicamente de formação autodidata, participou, ao longo de sua carreira, de grupos de jazz, música brasileira, música caribenha, grupos de música autoral como Arreio sem freio, que misturava vários estilos. Tem também uma vasta experiência no campo da percussão sinfônica, como percussionista e baterista da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina durante 9 anos. Paralelamente, lecionou bateria em diversos Institutos de música e como professor particular.
Serviço:
O quê: Museu Musical - Time Travelers
Onde: Jardins do Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis (SC)
A partir do dia 10 de agosto, a Sala Martinho de Haro do Museu Histórico de Santa Catarina recebe a exposição fotográfica Arquitetura da Madeira: um olhar sobre o patrimônio lageano. A mostra com trabalhos do estudante de Arquitetura e Urbanismo Rafael Krahl fica aberta à visitação até 10 de setembro, com entrada gratuita.
A exposição, selecionada em terceiro lugar no Edital de Exposições de Curta Duração do Museu, reúne registros fotográficos realizados por Rafael, que convidam o espectador a refletir sobre o que valorizamos como patrimônio arquitetônico. Através do olhar sensível e de observador do artista, aliado à experiência de coleta e troca de informações com a população local, o conteúdo exposto é uma ação inédita de registrar a arquitetura popular da cidade de Lages, caracterizada pelo sistema construtivo de madeira, sob o entendimento que esses exemplares de diversos períodos, - mas, principalmente, remanescentes do ciclo da madeira (1930-1960) - constituem patrimônio cultural da região.
Oficina
A mostra tem curadoria da Profa. Ma. Lilian Louise Fabre Santos, que também irá ministrar a oficina "A imaterialidade do patrimônio arquitetônico: definições e possibilidades de preservação" no dia 26 de agosto, das 9h às 12h, no auditório do Museu.
O oficina irá abordar conceitos de patrimônio material e imaterial; breve trajetória da preservação do Patrimônio no Brasil; interdisciplinaridade e expansão dos valores no campo do patrimônio; legislação de preservação do patrimônio: o Registro e o Tombamento; além de promover uma atividade prática em grupo: análise da imaterialidade de bens imóveis através de estudo de casos (como o exemplo das casas de madeira em Lages) e proposição de preservação.
A atividade proposta pretende ampliar o conceito da exposição de utilizar a fotografia como registro da Arquitetura de madeira em Santa Catarina, mas agora por meio da participação coletiva através das plataformas digitais Facebook e Instagram. A ideia é que os visitantes participem utilizando a hashtag #cadeacasa, postando fotos tanto de exemplares de Arquitetura da madeira, quanto fotos durante a visitação na Exposição.
Serviço:
O quê: Exposição fotográfica Arquitetura da Madeira: um olhar sobre o patrimônio lageano
Abertura: 10 de agosto de 2017, às 19h
Visitação: de 11 de agosto a 10 de setembro de 2017. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h;sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Onde: Sala Martinho de Haro do Museu Histórico de Santa Catarina - Com sede no Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis (SC)
O Museu Etnográfico Casa dos Açores, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Biguaçu, recebe até 18 de setembro a exposição Negras Memórias, que faz um resgate do período escravagista no município de São José. A mostra tem entrada gratuita com visitação de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Negras Memórias apresenta documentos de posse, recibos de venda, cartas de alforria, registro de nascimento, declaração de aluguel e de matrículas de escravos. A exposição pertence ao Arquivo Histórico de São José e é um projeto de pesquisa e com textos de Vilmar Peres Junior e Milton Knabben Fileti. Entre os aspectos abordados estão o papel da escravidão no município, em especial a contribuição dos cativos na evolução social, política, econômica e cultural da cidade.
Serviço:
O quê: Exposição Negras Memórias
Onde: Museu Etnográfico Casa dos Açores
BR-101, km 189, sentido sul - Balneário de São Miguel - Biguaçu
Quando: visitação até 18 de setembro de 2017 - de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada gratuita
Informações: (48) 3665-6195 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.