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O Museu Victor Meirelles abre na próxima quarta-feira, dia 19 de abril, a exposição “in Útil Paisagem”, de Carlos Asp. O evento se inicia às 18 horas, com o tradicional Encontro com o Artista, onde o expositor conversa com o público sobre a sua trajetória artística e suas obras.
 
Gaúcho de Porto Alegre, Carlos Asp tinha apenas 17 anos quando expôs suas primeiras gravuras naquela cidade. Hoje, aos 67, está completando 50 de carreira artística, ao mesmo tempo em que celebra os 40 anos em Santa Catarina, a maior parte deles em Florianópolis.
 
O ponto de partida da exposição “in Útil Paisagem”, composta por desenhos, fragmentos de canções, poemas e palavras que vão surgindo no seu ateliê on the road, como ele mesmo define, é a música. Entremeadas pela canção Inútil Paisagem, de autoria de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, que dá nome à mostra, Carlos Asp nos convida a visitar a sua própria memória, através das diversas paisagens pela ilha de Florianópolis, por Porto Alegre, pela Suécia de seus antepassados e pelo mundo afora, perpassando a física quântica e os campos relacionais, um conceito que sugere o movimento, a sincronia com o pensamento, como um radar ativado todo o tempo.
 
Asp conta que, “após um acidente vascular no encéfalo, conhecido como AVE, um incidente geográfico no interior da cabeça, percebi que a minha audição estava melhor e as canções passaram a se sobressair, assim as letras e o som foram pensados como paisagens emocionais, os textos desenhados como paisagens, paisagens sintéticas”.
 
Seus trabalhos se caracterizam por desenhos que se tornam pinturas, quase esculturas, pela saturação de camadas de grafite aplicadas sobre os papéis que, por sua vez, são caixas de chá, de remédios, de alimentos, embalagens desmontadas variadas e bulas que, em suas mãos, tornam-se o suporte para as suas anotações visuais, as palavras e, daí, os campos relacionais. A explicação do artista para isso sugere uma comunicação potente e total entre as paisagens, as músicas e as memórias. Diz o artista: “Parto do princípio da física quântica que diz que, quando campos de energia se aproximam, muitas informações migram de uma parte para a outra”.
 
A intenção da exposição “in Útil Paisagem” é, portanto, mostrar algumas séries distintas de trabalhos que são sempre fruto do mesmo indivíduo. Ao concretizar a construção de um painel com informações de múltiplas obras, numa combinação de situações ou conceitos que podem se relacionar entre si, o artista retoma a física quântica e, novamente, o conceito do campo relacional, com a constante migração de informações entre si.
 
“Doutor honoris causa em causa própria, frequento a Academia da rua, guiado sempre pelos campos de energia que, quando se aproximam, fazem migrar informações de um lado para outro e que acabam por resultar em interferências e intervenções nos impressos encontrados pelo caminho, a mim permitidas pela liberdade poética que a ninguém cabe tirar. Apesar de dizer que menos é mais, me considero um barroco que mistura uma coisa com outra, numa série de influências e questões que me chegam pela cabeça e pelos olhos. Nas composições, busco perturbar o olhar daquele que olha, numa aproximação e circularidade que interagem. Palavras, imagens e campos relacionais se fundem num sarapatel visual. Tudo é randômico, flutuante. A confusão proposital dá a possibilidade do olhar abrangente do todo para as pessoas verem o que elas têm pela frente. Por vezes, se complementa com o que está ao lado, como referenciado pela perspectiva topológica - a perspectiva do olhar incidente sobre as coisas, sobre as superfícies, um olhar não hierárquico, como o da perspectiva euclidiana, que vem desde o Renascimento”, provoca Carlos Asp.
 
Acreditando que cada exposição tem algum elemento dos campos relacionais, o artista observa ainda que a obra Superfície Saturada, de 2000, que faz parte do acervo do Museu Victor Meirelles, é um dos primeiros desenhos em torno desse assunto. Essa obra se relaciona diretamente com os painéis apresentados na exposição “in Útil Paisagem” e, por isso, foi escolhida para estar nesta mostra, concebida dentro do Projeto Memória em Trânsito, que está em sua 5ª edição, e cujo objetivo é propor uma reflexão sobre os artistas catarinenses dos quais o Museu possui obras em seu acervo, numa tentativa de ampliar o entendimento da poética que envolve a produção desses artistas.
 
Sobre Carlos Asp, o crítico de arte Rafael Vogt Maia Rosa escreve que “desde a década de 70, a produção de Carlos Asp promove aproximações alternativas para as relações convencionais entre forma e suporte. A disposição pacificada das peças atuais pode levar a pensar em uma mudança de estratégia num percurso no qual a adesão ao precário e ao processual chegou a representar dificuldades palpáveis em termos de registro e amostragem da obra. Mas o artista afirma que são “desenhos que queriam ser pinturas”. O suporte utilizado, por outro lado, é obtido por apropriação e recondicionamento de determinados componentes que poderiam parecer ainda mais ligados ao lugar de onde foram subtraídos do que àquele em que estão emoldurados. Essa rede plana - caixas de medicamentos desmontadas, embalagens de papelão, bulas - projeta-se como uma operação cifrada que acaba por perturbar a coesão desses quadros. As retículas padronizadas na superfície se adequaram às propriedades idiossincráticas de um campo distante da tela, exposto ao reverso ou do modo como possibilita ser o espaço para uma ação que é padronizada na medida para que não se desvincule da atividade manual da qual resulta.
 
“Dessa maneira, a vocação declarada dos trabalhos retoma um sentido ambíguo, já que afirmar que esses Planos são desenhos ou relacioná-los à pintura é dissolver essas duas categorias e requalificar a experiência plástica diante de uma condição dúbia na qual as formas não gozam de autonomia porque continuam sempre retomando um processo que é reiterado como mais significativo do que seus resultados parciais.”
 
Desenhista. Carlos Asp foi aluno, em cursos livres, de artistas como Paulo Porcella, Danúbio Gonçalves, Carlos Vergara, Paulo Roberto Leal, Tomoshigue Kusuno, entre outros. Começou sua trajetória nos anos 70, quando participou do JAC – Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, do Arte Agora I: Brasil 70-75, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro como artista convidado. Em Porto Alegre, fez parte do Nervo Óptico, pelos idos de 1975. Entre 1987 e 1988, participou do 10º Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte/MinC. Foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc. Em 2015, num diálogo com o autorretrato geométrico de Flávio de Carvalho, expôs os campos relacionais na 10ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Participou da 3ª Mostra do Programa de Exposições 2016, realizada pelo Centro Cultural São Paulo, em homenagem aos 40 anos do Nervo Óptico. Atualmente, está participando da mostra Nervo Óptico: 40 Anos, na Fundação Vera Chaves Barcellos, na Sala dos Pomares, em Viamão/RS.
 
A exposição “in Útil Paisagem”, de Carlos Asp, fica no Museu Victor Meirelles até 24 de junho de 2017. A entrada é gratuita. Ao som do piano de Antônio Carlos Jobim e na voz de Elis Regina, Inútil Paisagem, claro, não poderia estar ausente desta mostra. Abaixo, a letra de Aloysio de Oliveira.
 
Serviço:
 
O quê: Exposição “in Útil Paisagem”, de Carlos Asp 
Abertura: Dia 19 de abril, quarta-feira, às 19 horas
Encontro com o Artista: às 18 horas
Local: Museu Victor Meirelles
Rua Rafael Bandeira, 41 – Centro – Florianópolis
Telefone: (48)  3222-0692

Fonte: Museu Victor Meirelles

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove de 6  a 22 de abril a exposição fotográfica Claro Gustavo Jansson: o fotógrafo do Contestado, da escritora e pesquisadora Rosa Maria Tesser, no Armazém 1 anexo à Estação União em Porto União, na região Norte catarinense. A visitação é gratuita.
 
O projeto, que teve início em 2016 com uma exposição no Espaço Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, conta agora com um circuito expositivo por diversas cidades do Estado. As cidades de Piçarras e Canoinhas já receberam a exposição. No roteiro está confirmada também a cidade de Matos Costa.
 
A autora pesquisou por quase dois anos e meio a vida do fotógrafo Claro Gustavo Jasson e seu acervo de 2,5 mil fotografias, das quais 150 participam desta exposição, que retratam diversos momentos da história do Brasil, com destaque à Guerra do Contestado. Hoje, tem exclusividade na divulgação dessas fotos, autorizada pela filha do fotógrafo, Doroty Jansson. A exposição conta com 148 fotos divididas em 11 blocos distintos: O Contestado: o fotógrafo no front; A Grande Empresa Lumber no Brasil; Lumber em Sengés estado do Paraná; Construção da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande do Sul; História da Construção da Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba; História da Linha de São Francisco do Sul; A Revolução de 1924; A Revolução de 1930; A Revolução de 1932; União da Vitória x Porto União; e Erva-mate uma árvore de tradição. 
 
A iniciativa relembra a passagem do centenário do conflito, que ocorreu entre os anos de 1912 e 1916. Na noite da abertura, a escritora Rosa Maria Tesser lança o livro também intitulado Claro Gustavo Jansson: o fotógrafo do Contestado, sobre o sueco que fotografou boa parte deste sangrento episódio da história catarinense. O livro é uma parceria entre a FCC e Rosa, que imprimiu 500 exemplares e que foram distribuídos a bibliotecas públicas de todo o Estado.
 
Sobre a autora
 
Rosa Maria Tesser é formada em Pedagogia com a habilitação em Administração Escolar, pós-graduada em Recursos Humanos pelo Instituto Nacional de  Pós-Graduação de São Paulo, possui especialização em Pré-Escola pela UNICEF - Secretaria de Educação de Santa Catarina e é autodidata em História. Foi professora atuante na área do Bem-Estar Social; gerente na Fundação Catarinense de Cultura (FCC) entre os anos de 1999 e 2002; e membro do Conselho Estadual de Cultura entre 2005 e 2006. Em 2008, exerceu o cargo de Diretora de Cultura no Município de Irani (SC).
 
A pesquisadora, historiadora e literária da Guerra do Contestado nasceu em Irani, município do Meio-Oeste catarinense chamado de "Berço do Contestado". É autora dos livros direcionados ao Ensino Fundamental e Médio O Espirito Catarinense do Homem do Contestado, O Contestado - A história que o Brasil não conhece e A Guerra do Contestado  - Um século de vidas e histórias. Pertence à Academia Brasileira de Letras - Seccional de Balneário Piçarras, onde ocupa a cadeira de número quatro.
 
Sobre Claro Jansson
 
Claro Gustavo Jansson (foto) nasceu em 5 de Abril de 1877, em Hedemora, província de Dalarma, na Suécia, com o nome de Klas Gustav. Viveu na cidade natal até os 12 anos de idade, mudando-se com a família para Estocolmo. Pouco depois, os Jansson imigraram para o Brasil, onde se dedicaram à agricultura de minifúndio.
 
Em 1893, já com o nome abrasileirado para Claro Gustavo Jansson, o futuro fotógrafo residiu na cidade da Lapa, estado do Paraná, quando ocorreu a Revolução Federalista. Algum tempo depois, já estava em União da Victória Paraná / Porto União Santa Catarina atuando em serrarias e olarias, onde foi capataz de turma na extração da erva-mate no Brasil, Argentina e Paraguai. 
 
Durante todo ano de 1912 residiu em Barracon (hoje Bernardo de Irigoyen), retornando a União da Victória e Porto União na véspera do início da Guerra do Contestado. Depois disso, adquiriu aparelhos fotográficos para se dedicar ao ramo. Entre suas fotos famosas está a do Coronel Gualberto de Sá Filho junto com a força pública do Paraná, rumo aos campos de Irani, onde morreria em combate.
 
Com a instalação da Lumber - madeireira e colonizadora fundada nos Estados Unidos, subsidiária da empresa construtora da ferrovia São Paulo / Rio Grande e cerne dos conflitos -, Claro foi contratado para fotografar a rotina da empresa, quando acaba registrando imagens da Guerra do Contestado. Muito da memória visual do conflito se deve ao fotógrafo, que teve suas imagens publicadas e seu nome citado. Ele também cobriu as Revoluções de 1924, 1930 e 1932.
 
Jansson faleceu no dia 10 de março de 1954, com 77 anos de idade, sendo sepultado em Curitiba (PR), onde residia a maioria de seus filhos. Pela sua trajetória de vida, também lhe foi auferido o título de "O fotógrafo Viajante".
 
Sobre a Guerra do Contestado 
 
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
 
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais que iam de encontro à ordem republicana vigente. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
 
Serviço:
 
O quê: Exposição fotográfica Claro Gustavo Jansson: o fotógrafo do Contestado
Onde: Armazém 1 - Anexo à Estação União
Praça Hercílio Luz, s/nº  Centro - Porto União (SC)
Visitação: de 6 a 22 de abril de 2017
Entrada gratuita
 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) acaba de ganhar uma nova administração, formada pelos curadores Josué Mattos e Édina de Marco, ambos com ampla experiência na área cultural em instituições do Brasil e do exterior. Como primeira ação da dupla, o Museu terá a elaboração de um programa curatorial próprio, com interdependência entre todos os departamentos e foco na profissionalização do setor, pensando na estrutura da instituição, sobre quais bases ele se mantém e se comporta, e na relação com o público. 
 
Dentro deste programa, a ideia é que o setor educativo seja uma espécie de núcleo duro do Museu. "O pensamento central dentro das atividades do MASC é entender que nós temos uma preocupação muito forte com a profissionalização do setor. Então esta será uma atividade fundamental. Não se trata de educativo que irá apenas recepcionar escolares, mas que irá pensar a profissionalização do setor. Muitas das atividades desse núcleo de arte- educação vão extrapolar o domínio da arte para pensar a profissionalização", explica Josué. 
 
Ainda como parte integrante deste projeto curatorial, o Museu deverá ter um programa público que chamará a comunidade ao Museu, com atividades como conferências, cursos e debates, trazendo exemplos e experiências de outras instituições do Brasil e do mundo com boas práticas na área. "Existe, já, um Museu com uma história. A gente não vai esquecer essa história, mas vai trazer a nossa experiência a partir de agora. A experiência internacional que o Josué tem, e eu trago muito essa experiência local de lidar com a questão institucional. Pensar o museu vivo, em processo. O museu que só existe, não porque o acervo existe, porque ele está guardado, mas porque ele se mostra. E mostrar o acervo, mostrar a produção, a produção cultural", projeta Edina.
 
A partir do processo de profissionalização proposto pelo projeto curatorial que será elaborado pela equipe, o Museu terá bases mais sólidas para dar início a um novo edital de exposições temporárias, com a participação de artistas emergentes. A ideia é que, quando o projeto for aprovado, os participantes já tenham profissionais capacitados pelas iniciativas do próprio Museu para execução de trabalhos, por exemplo, de marcenaria, iluminação, produção, entre outros. "O edital é extremamente importante, contanto que haja programa público de profissionalização do setor que vá gerar empregos, que vá gerar expansão do setor de arte e cultura no Estado todo", pontua Josué.
 
Valor histórico
 
Aos 68 anos, o MASC é o segundo museu de arte mais antigo do Brasil. Seu acervo, com quase 2 mil obras, é o maior do Estado e um dos mais importantes do país. A formação dessa valiosa coleção remonta a um período histórico de efervescência no país, durante o pós-guerra e com o início do desenvolvimento industrial. Esta combinação possibilitou a criação de algumas das primeiras coleções de arte do país, com figuras como Chateaubriand e Pietro Bo Bardi adquirindo a preços acessíveis obras de grandes artistas europeus. Dessa época, por exemplo, o MASC conta com obras de Iberê Camargo, Djanira Motta e Silva, Alfredo Volpi e Roberto Burle Marx. 
 
"A gente precisa resgatar a importância desse espaço para a história da arte brasileira", pontua Josué. Para o curador/administrador, o Museu deve deixar de ser apenas mais um espaço a ser visitado dentro do Centro Integrado de Cultura (CIC), onde está localizado, e tomar seu lugar como uma instituição com importância e um quadro singular não só na Região Sul, mas em todo o país. 
 
Currículo
 
Josué Mattos é historiador da arte e curador. Graduou-se em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X Nanterre, onde obteve o título de Master 1 e 2 em História da Arte Contemporânea. Em 2009, concluiu o mestrado em Práticas Curatoriais, na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. A convite do Sesc-SP, concebeu e assumiu a curadoria geral da primeira edição de Frestas – Trienal de Artes / O que seria do mundo sem as coisas que não existem? e Nossa proposição é o diálogo, em Sorocaba (2014-2015). 
 
Entre os projetos realizados, destaca-se o programa de ações e performances É crédito ou débito? (Sesc SP, 2010-2013), que circulou para 90 cidades do Estado de São Paulo. Entre as exposições realizadas, estão: Porque somos elas e eles (Blau Projects, 2016), 45ª Coletiva de Artistas de Joinville (MAJ, 2016), Albano Afonso: Amor Fati (Museu de Arte de Ribeirão Preto, 2014), XIIº e XIIIº Salão Nacional de Artes de Itajaí (Fundação Cultural de Itajaí, 2010-2013), Eu fui o que tu és e tu serás o que eu sou (Paço das Artes, 2012), Pazé: Uma realidade pode esconder outras (Sesc São Carlos, 2012), Tânia Mouraud: La Fabrique (Sesc Bom Retiro, 2012), Como o tempo passa quando a gente se diverte (Casa Triângulo 2011), Boîte Invaliden (Invaliden Gallery/Fidalga, 2012), Por aqui, formas tornaram-se atitudes (Sesc Vila Mariana, 2010), À la limite (Galerie Michel Journiac / Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, 2009), Brígida Baltar e Sandra Cinto – Terres et Cieux (Mairie VIIIème, 2009) e Festival Inter- cambio (Espace Beaujon e Station Europe/3, RATP Paris, 2007-2009-2010). Desde 2010 realiza ateliês de acompanhamento de projetos de arte, debates e júris de salão de artes, em cidades como Fortaleza (Porto Iracema das Artes), Piracicaba (Pinacoteca Municipal), Salvador (Secult e MAM-BA), Brasília (Caixa Cultural e CCBB), Recife (IAC-UFPE), Ribeirão Preto (MARP e Sesc), São Paulo (ProAC e Sesc), Joinville (MAJ) e Florianópolis (FCC).  
 
É editor da Revista Binômios, projeto contemplado pelo Prêmio Redes Nacional Funarte Artes Visuais e  trabalhou no desenvolvimento do Centro Cultural Veras, em Florianópolis (SC).
 
Édina de Marco é graduada em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Mestre em Educação e Cultura pela mesma instituição, e concluiu em fevereiro de 2016 o doutoramento em Bellas Artes na Universidade do País Basco, na Espanha. Foi professora colaboradora no curso de Artes Visuais da UDESC, e exerceu a Coordenação Cultural do Museu Histórico de Santa Catarina onde, entre outras ações, concebeu e coordenou o projeto educativo Escolas no Museu, exposições temporárias e curadorias. 
 
Entre 2010 e 2017 trabalhou na gerência de Políticas de Cultura da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina. Tem realizado, também, trabalhos como artista, pesquisadora e produtora independente. 
 
Além da qualificação tem profunda identificação e envolvimento com as artes visuais e o campo museal. Participou da criação do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC), e é membro titular de seu Comitê Gestor, representando a SOL.

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apresenta a segunda edição da exposição Making Of, composta por objetos de cenas, figurinos, fotografias, materiais de pesquisa, roteiros, cartazes e outros elementos de sete filmes catarinenses, que também estão em exibição nesta mostra.  A abertura ocorre no dia 13 de abril, às 19h, e a visitação gratuita segue até 11 de junho, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
 
No dia da abertura da exposição, haverá o pré-lançamento do filme Flecha Dourada, Cíntia Domit Bittar, com a presença dos lutadores Mercury e Flecha Dourada, com exibição do curta no Cinema do CIC, às 18h30min.
Os filmes que participam da exposição estão, também, no acervo do MIS-SC e foram produzidos com recursos do Funcultural e do Edital Prêmio Catarinense de Cinema. Logo, o objetivo da exposição é divulgar o acervo do Museu e o cinema produzido em Santa Catarina. 
 
Mais do que exibir os filmes a ideia é criar uma ambientação que remeta ao que é visto na tela e também ao que não se pode ver nela: o processo de feitura de cada filme. Os materiais expostos na mostra foram cedidos por produtores, diretores - incluindo os de arte e de fotografia - figurinistas e atores.

Além disso, a exposição conta, ainda, com a participação especial do artista plástico Bruno Barbi que pintou uma das cenas do filme A Velha que Colecionava Xícaras. A obra faz parte da mostra. 
 
Filmes que fazem parte da exposição:

A Pandorga e o Peixe 
De Kátia Klock e Ivan de Sá - 17 min.
Sinopse: O vento é terral. O pescador joga o espinhel e ele não passa na arrebentação. Mas é preciso levar o peixe para casa. Este documentário registra uma incrível alternativa para a pesca revelando a criatividade do homem do mar, que diante das dificuldades impostas pela natureza utiliza uma brincadeira de criança para passar a arrebentação e fisgar o peixe na praia do Campeche, em Florianópolis.
 
A Velha que Colecionava Xícaras*  
De Daniela Geisler e João Mamedes  - 20 min.
Sinopse: Dona Aurora é uma extrovertida senhora da terceira idade que vive solitária em seu pequeno apartamento de classe média. Sozinha, ela teve que procurar uma forma para se relacionar e se fazer notar pelos indivíduos que a cercam. Assim, diariamente ela bate na porta de alguém para pedir uma xícara de açúcar emprestado. Porém, o que os vizinhos não esperam é que o verdadeiro motivo do pedido são as xícaras, pois é nelas que ela guardará a memória de cada um daqueles indivíduos, diminuindo o seu sentimento de solidão.
 
Desencanto
De Marco Stroisch - 15 min.
Sinopse: Numa freguesia de pescadores, diz-se à boca pequena que Dona Olívia é bruxa. Joaquim, o marido, enlouquece ao achar que ela transformou sua amante numa perereca. Enquanto não consegue reverter a situação, ele passa a tratar o pequeno anfíbio como um homem apaixonado é capaz. Desencanto traz amor, ódio, traição, vingança e o non sense da paixão misturado num borbulhante caldeirão. Um feitiço.
 
Flecha Dourada*  
De Cíntia Domit Bittar - 15 min.
Sinopse: Entre socos e paneladas, os lutadores do grupo Golden Flecha voltam ao ringue depois de 50 anos para reviver a era gloriosa do catch catarinense.
 
Laços
De Karine Joulie - 16 min.
Sinopse: Bruna quer conhecer o mar: tão grande que está em vários lugares ao mesmo tempo. A vida da menina de seis anos está situada entre o que de fato foi e a lembrança – a que houve e o que não houve. Depois de uma festa improvável, e devido à saúde frágil da filha, Mônica e Douglas resolvem se mudar para outra cidade, próxima do mar. Ao retornar, porém, devem apagar os desenhos que Bruna deixou arcados nas paredes da casa e da memória.
 
Maciço 
De Pedro MC - 77 min.
Sinopse: A relação entre o olhar e a escuta na conversa com moradores do Maciço do Morro da Cruz, conjunto de morros que forma o coração da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis. Total de 77 minutos de 120 horas de gravação entre a primavera e verão de 2007 nos morros que compõem o maciço central, região com mais de 30 mil moradores, que geralmente só tem visibilidade nas páginas policiais ou no período de carnaval, apesar da relação intrínseca com a formação cultural e histórica da cidade.
 
Se Eu Morresse Amanhã
De Ricardo Weschenfelder - 22 min.
Sinopse: O Homem é um pacato bibliotecário que possui uma estranha obsessão: ele visita enterros e se faz passar por conhecido dos mortos. Até que conhece Marta, uma pesquisadora de literatura, com os mesmos interesses mórbidos. A atração entre os dois muda o rumo de suas vidas.
 
* Durante a visitação à exposição, os filmes Flecha Dourada e A Velha que Colecionava Xícaras não serão exibidos na íntegra, pois ainda estão participando dos circuitos competitivos pelo Brasil. Desta forma, serão exibidos apenas teasers e imagens de bastidores destes filmes.
 
Serviço
O quê: Exposição Making Of 
Início: 13 de abril de 2017, às 18h30 (exibição do filme Flecha Dourada) e 19h (abertura da exposição).
Visitação: até 11 de junho de 2017 (de terça-feira a domingo e feriados, das 10h às 21h).
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) – Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600 – Agronômica - Florianópolis/SC.
Entrada Gratuita
Informações: (48) 3664-2650

Fonte: Assessoria de Comunicação da FCC

Até o próximo dia 28 de abril, todos os museus brasileiros deverão preencher o Formulário de Visitação Anual (FVA) com os dados de 2016. O FVA é um instrumento exclusivamente online e está disponível para preenchimento no site do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
 
Desenvolvido pelo Ibram, o procedimento atende à Resolução Normativa N° 3, de 19 de novembro de 2014, que dispõe sobre a regulamentação de dispositivos do Decreto nº 8.124/2013 quanto à obrigatoriedade do envio do quantitativo anual de visitação dos museus.
 
Dados estratégicos
 
A coleta e o envio ao Ibram de dados anuais sobre visitação são considerados estratégicos para o desenvolvimento do setor de museus. Além de aferir o fluxo de visitação, a contagem de público pode indicar a necessidade de adequação dos serviços oferecidos e a ampliação da ação educativa.
 
É também essencial para o acompanhamento e o monitoramento de diretrizes, estratégias, ações e metas estabelecidas em políticas públicas, como as que constam no Plano Nacional de Cultura, Estatuto dos Museus e Plano Nacional Setorial de Museus. Saiba mais sobre Formulário de Visitação Anual.
 
 
 
 
 

Fonte: Boletim eletrônico Ibram