Neste sábado (25) tem sessão gratuita do Cineclube Infantil no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), às 16h. Esta edição terá o longa brasileiro O que queremos para o mundo?, do diretor Igor Amin.
A realização ocorre sempre no último sábado do mês e é uma parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), e a organização da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
O que queremos para o mundo?
Direção: Igor Amin
Gênero: Ficção
País: Brasil
Ano: 2016
Duração: 70 min
Sinopse: Um filme infantojuvenil que conta a história de Luzia, uma menina introvertida, mas dona de um mundo interno movimentado, fértil e criativo. Quando o seu professor de música pede para a turma criar uma apresentação em grupo, Luz se vê obrigada a transmitir toda a sua criatividade e a tirar suas ideias do mental para o real. Com a ajuda das amigas Sol, Bela e Lua, o trabalho escolar se transforma em uma experiência única.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Nos últimos 40 anos, o pesquisador, folclorista e músico catarinense Vicente Telles, 85, tem dedicado a vida à missão de tirar das sombras parte ainda sepulcra do legado da Guerra do Contestado (1912-1914), mais precisamente do povo caboclo: os "vencidos" daquele que foi o maior conflito bélico ocorrido no Brasil. Na colheita de relatos e histórias de remanescentes e descendentes construiu um peculiar e rico cabedal memorial que se traduziu em textos, palestras e na música. Sua mais recente obra, Aquarela do Contestado, sai do papel para virar um espetáculo com estréia marcada para os dias 4 (20h30) e 5 (20h) de março, em duas sessões com entrada gratuita (veja o serviço), no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis.
Aquarela do Contestado foi composta por Vicente em parceria com filho, músico, produtor musical e pianista Vicente de Paula Telles e traz nas vozes a cantora e nora Nancy Lima. O projeto ganhou forma ainda em 2016, pelo estímulo do jornalista e pesquisador Moacir Pereira, autor do livro Vicente Telles: O Mensageiro do Contestado (Editora Insular, 2016). A adaptação para os palcos ganhou o reforço do instrumentista e compositor Guinha Ramires na direção musical, da Hedra Rockenbach na direção de palco e som, do ator e diretor Nazareno Silva no roteiro, e do músico e produtor Nani Lobo na produção musical. A produção geral ficou a cargo da Orth Produções e tem o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes.
Nascido em Irani e neto de um caboclo que combateu ao lado do Exército Encantado liderado pelo monge José Maria, Vicente compôs a sua aquarela tendo como cenário a batalha que desencadeou a guerra, em 22 de setembro de 1912. Ocasião em que os caboclos impuseram uma sangrenta derrota aos soldados comandados pelo coronel João Gualberto.
O palco da Batalha do Irani se avizinha a menos de um quilômetro da residência de Vicente Telles e lá ainda repousam os restos mortais dos caboclos e do monge José Maria. Foi o estopim de um conflito marcado pela sua complexidade: da discussão dos novos limites geográficos entre Santa Catarina e Paraná, a sanha por poder dos coronéis e líderes políticos locais e a chegada da Estrada de Ferro Brasil-Rio Grande e a companhia norte-americana Southern Brazil Lumber Southern Brazil Lumber & Colonization Company, ambas controladas pelo magnata nova-iorquino Percival Farquhar. A população cabocla, até então dedicada à cultura de subsistência e à exploração da erva mate, se viu à margem do processo, ou melhor, expulsa de suas terras, marginalizada e perseguida.
A voz do sangue
Em sua missão histórica, Vicente Telles percorreu toda a região do conflito que, em seus quatro anos deixou um saldo de aproximadamente oito mil mortos. Munido do seu acordeão, ele venceu o silêncio daqueles que ainda temiam, décadas depois, de falar sobre os episódios. Em suas canções, traz a tragédia humana da guerra, mas exalta o espírito solidário dos caboclos, seu modo de vida simples e denuncia as injustiças sofridas por eles.
Em suas palavras, o Contestado foi maior que a Guerra de Canudos, porém, só não teve a sua dimensão literária e histórica reconhecida porque à época "não havia um Euclides da Cunha". "Uma guerra pressupõe equiparação de forças e no Contestado não foi o que aconteceu. Foi o potencial bélico da República contra maltrapilhos, homens e mulheres famintos. Rigorosamente não foi guerra. Foi um genocídio!", diz o folclorista.
Com o mesmo acordeão que desbravou memórias, Vicente decanta uma trova poderosa, calçada no seu magnetismo e na dramaticidade das histórias que já lhe renderam a alcunha de "o Quarto Monge do Contestado". é o que o próprio chama de "a voz do sangue" e que dá vida a sua aquarela musical, carregada de lirismo e que se funde aos ritmos da época e aos costumes da gente cabocla: o chamamé, o vanerão, o xote e o bugio.
Personagens fictícios e históricos se fundem em jogos de sombras, projeções e luz em Aquarela do Contestado. à frente do trio familiar e acompanhado por um conjunto de sopros, percussão e cordas, Vicente Telles narra a história de uma família cabocla (mãe, pai e filho) tragada para a tragédia da guerra. Drama esse que ainda ecoa nos tempos atuais no Brasil e no mundo: dos conflitos sociais e pela terra, das guerras, do êxodo de refugiados.
Se em uma guerra a primeira vítima é a verdade, o tempo se encarrega de conferir a Vicente Telles e a sua Aquarela do Contestado o poder de fazer justiça histórica. "Minha música é movida pela dor. Em minhas composições, trabalho artesanalmente com palavras e notas musicais que nascem do sentimento histórico de nossa aldeia contestada", define o mensageiro Vicente Telles.
Serviço:
O quê: Aquarela do Contestado (de Vicente Telles)
Quando: Dias 4 (sábado, às 20h30) e 5 (domingo, às 20h) de março
Local: Teatro Governador Pedro Ivo (Rodovia SC 401, Km 15, nº 4600, Saco Grande - Saco Grande, Florianópolis)
Ingressos: Entrada gratuita, sendo dois ingressos por pessoas, mediante retirada nas bilheterias dos Teatros Pedro Ivo, álvaro de Carvalho (TAC) e do Centro Integrado de Cultura (CIC).
Informações: (48) 3665-1630
FICHA TéCNICA
Narrações, acordeon, gaita ponto - Vicente Telles
Cantora - Nancy Lima
Arranjos, piano, teclados - Vicente de Paulo
Direção Musical - Guinha Ramires
Produção Musical - Nani Lobo
Confecção de silhuetas e sombras - César Rossi
Roteiro - Hedra Rockenbach e Nazareno Pereira
Direção de Cena - Hedra Rockenbach e Nazareno Pereira
Iluminação - Hedra Rockenbach
Direção de palco - Hedra Rockenbach
Direção de produção - Eveline Orth
Nas casas da Fundação Catarinense de Cultura, o livro de registro é a única forma de saber quantas pessoas passam pelos espaços expositivos. No espaço, o público pode expressar sua opinião e, em alguns casos, o faz de formas bastante criativas, com desenhos e textos bem humorados.
:: GALERIA: mais fotos dos livros de registro
Ana Ligia Becker, administradora do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, explica que, anualmente, os Museus da FCC fazem relatórios nos quais utilizam a contagem de visitantes dos livros. A dificuldade, porém, é obter números precisos. "A gente estima que menos de um terço dos visitantes assine", avalia. Para os espaços, as assinaturas são fundamentais. "é importante saber quantas pessoas passam pelo Museu, afinal, se não há público, ele não tem motivo para existir", complementa a administradora.
Ficou com vontade de visitar os espaços expositivos da FCC? Então confira as exposições em cartaz - e não se esqueça de anotar sua presença nos respectivos livros de registro:
CIC:
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
MASC - Atualmente, a sala Harry Laus recebe a mostra Guerra do Contestado - Arte e História com obras do artista Hassis. Já o espaço expositivo do museu apresenta os trabalhos de cinco artistas plásticas selecionadas para o 4º Ciclo de Exposições do MASC: Desenhos, de Flávia Duzzo; The Final Cut, de Karina Zen; Linha 3, de Sonia Beltrame; Tempo, de Neide Pelaez de Campos; e Híbrido, de Roberta Tassinari. Todas as mostras ficam abertas à visitação gratuita, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
MIS - Até 5 de março, o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) apresenta a exposição #PorAí, do fotógrafo Bruno Ropelato. As imagens que apresentam recortes, fachadas, texturas e fragmentos da cidade por meio de fotos. A mostra é inclusiva, com acessibilidade para cegos e a visitação pode ser feita de de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Museu Histórico de Santa Catarina:
Praça XV de novembro - Centro - Florianópolis (SC)
A sala Martinho de Haro do Museu Histórico de Santa Catarina recebe a mostra Sobrevoos do artista Ricardo Ramos até 5 de março. A exposição apresenta pinturas de cenas que se passam na praia e com a linha do horizonte eliminada de maneira que o público que as observa tenha a impressão de estar sobrevoando o local. A visitação é aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Museu Etnográfico Casa dos Açores:
Rod. BR-101, km 189 - Balneário São Miguel - Biguaçu (SC)
Após itinerar por Garopaba, está de volta ao Museu Etnográfico Casa dos Açores a exposição Sistema Defensivo da Ilha de Santa Catarina. A mostra, que ficará no local até 31 de março, é realizada pela coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina da Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instituição responsável pela gestão e manutenção das fortalezas da Baía Norte. Visitação de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, sábados e domingos, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 18h.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
O TAC 7:30 está de volta em março, mas agora em novo horário e com novo nome: o projeto semanal da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) passa a se chamar TAC 8 em Ponto, com apresentações sempre às terças-feiras, às 20h. A alteração atende a um pedido do próprio público, que participou de uma pesquisa de satisfação realizada pela FCC em 2016. Desde sua criação, em 2012, mais de 32,6 mil pessoas já assistiram aos espetáculos que reúnem a variedade da produção artística catarinense no palco do TAC.
Para abrir o ano em grande estilo, a programação do TAC 8 em Ponto começa no dia 7 de março com uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher no show Mulheres que Dançam; segue com o lançamento dos CDS "O Dia do Despertar", do grupo Música Orgânica (14/3), e "Suave" de Vicente Piacentini & Banda CAMBAL (21/3); e encerra com o Chiqs Rock Trio (28/3). Os ingressos custam R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada.
Programação:
07/03/2017 - Mulheres que Dançam - Náiade Scharkey & Waris Danças árabes
Comemorar o Dia da Mulher (8 de março) é também celebrar as transformações do feminino. O público é convidado a viajar em múltiplas culturas e expressões do feminino bailado. Para isso, a bailarina e coreografa Náiade Scharkey convida o Grupo Waris danças árabes e diversos bailarinas, bailarinos e grupos da Grande Florianópolis para, juntos, apresentarem celebrarem o Dia da Mulher.
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/611597255698645/
14/03/2017 - Música Orgânica - Lançamento do CD "O dia do despertar"
Música Orgânica é um grupo que mescla diversas influências para compor um som próprio, novo. André de Miranda, Carlinhos Ribeiro e Cezinha Silva são músicos experientes que participaram juntos de diversos outros projetos. A poesia das canções, ponto marcante do trabalho, propõe reflexões sobre as nuances da vida, evocam a necessidade de uma tomada de consciência, defendem a preservação do patrimônio natural e histórico. "O dia do despertar" tem a produção musical assinada pelo músico e produtor argentino Marcos Archetti.
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1652032865099728/
21/03/2017 - Vicente Piacentini & Banda CAMBAL - Lançamento do CD "Suave"
Os temas trazem a beleza da Ilha, do amor, da amizade, e os ritmos vão do balanço do rock à suavidade do reggae e do soul, a fim de trazer leveza e bem-estar ao ouvinte. A sigla CAMBAL significa CAMpeche BALance. A banda vem tocando com Vicente desde 2016 e é formada por seus irmãos Felipe Piacentini (bateria) e Marcelo Colin (baixo). Neste show, participação especial de Leo Vieira (violão aço).
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/265102887259806/
28/03/2017 - Fabiano Chiqueti - Chiqs Rock Trio
Atuando na cena musical catarinense como contrabaixista, o lageano Fabiano apresenta o show Chiqs Rock Trio em que comanda, também, os vocais e toca suas canções autorais entre releituras em formato power trio com Leonardo Romeu (guitarra e vocais de apoio) e Rafael Gonçalves (bateria e vocais de apoio).
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1746348185679370/
Serviço:
O quê: TAC 8 em Ponto
Quando: sempre às terças-feiras, às 20h
Onde: Teatro álvaro de Carvalho (TAC) - Rua Marechal Guilherme, 26 - Centro - Florianópolis (SC)
Ingresso: R$ 20 inteira; R$ 10 meia-entrada.
Informações: (48) 3665-6401 / www.fcc.sc.gov.br/tac8emponto
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC